Blog do José Cruz

Arquivo : julho 2015

O jeitinho brasileiro adapta-se ao novo modelo olímpico para ganhar pódios
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José Cruz

Para tentar chegar ao top 10 dos países olímpicos, nos Jogos Rio 2016,  o Comitê Olímpico do Brasil (COB) adotou duas medidas discutíveis: mudaram o critério de contagem das medalhas e passaram a naturalizar  atletas estrangeiros, reforçando o time nacional 

O COB sempre seguiu a norma internacional de dar mais peso às medalhas de ouro no quadro das conquistas. Porém, para 2016, passou a valorizar o total das medalhas. Com a nova estratégia matemática, o Brasil terá mais garantia para se colocar entre os dez mais do mundo.

Ratko polo aquático  Já a naturalização de estrangeiros ganhou destaque com quatro jogadores da equipe de polo aquático, num investimento de R$ 2,5 milhões, da Confederação de Desportos Aquáticos, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Agora, somos “potência” na modalidade, mas com a importação de sérvios, croatas, cubanos, espanhois… além do técnico Ratko Rudic (foto), dono de quatro medalhas de ouro olímpicas.

A prática não é novidade. Nos Jogos de Londres, cerca de dez por cento da equipe do Reino Unido eram estrangeiros. O Brasil copiou a receita e deveremos ter competidores importados no hóquei sobre grama, no rúgbi e outras modalidades com menos tradição por aqui.

Desculpas

Para cada “importação” há uma desculpa, como ser casado com uma brasileira, por exemplo. Mas, é um jogo de ilusões. O resultado positivo que se conquistar onde não se tem força nacional será pelo desempenho do “enxerto”, de quem ficará calado na hora do Hino Nacional. Não teremos, de fato, a dimensão do nosso potencial esportivo, pois os pódios estarão maquiados.

Esse drible, comum em outros países – como o doping – mostra como os Jogos Olímpicos tornaram-se, antes, atrativo negócio financeiro, perdendo o charme histórico de disputas entre países e continentes.

Por aqui, evidencia-se o fracasso de política esportiva – ou a falta dela -, mesmo com bilhões de verbas públicas investidos pelo governo federal. Falhamos na formação de técnicos, apesar de termos 1.500 escolas de educação física. E precisamos importar mais de 40 técnicos para atender nossas equipes olímpicas. Agora, está claro que fracassamos na formação de atletas, na formação da base, na definição de prioridades, de metas. Mas queremos estar entre os 10 mais olímpicos do mundo… O dinheiro é capaz desses milagres.

Memória

Nos Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio, saímos de um 31º lugar nos Jogos de 2007, na Índia, com apenas três medalhas, nenhuma de ouro, para o primeiro lugar no mundo, com 114 pódios.

O resultado foi possível graças à contratação de 200 atletas olímpicos para vestirem a farda militar e se apresentarem como competidores de peso. Foi o “jogo do faz de conta”. Tudo financiado com verba pública…

Foto: Portal Brasil


Gol contra: MP do futebol colocará mais dinheiro nas mãos dos mesmos – 8×1
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José Cruz

Coincidindo com um ano do “Jogo dos Sete”, os deputados aprovaram ontem uma proposta para beneficiar caloteiros do futebol

Com decisiva participação da CBF  – sabe-se lá com que recursos -,  a Câmara dos Deputados aprovou um emendão à Medida Provisória 671, que trata do pagamento da dívida fiscal ao INSS, FGTS e Receita Federal.

Absurdo I

No texto, criaram duas loterias, além de manterem a Timemania. Parte dos recursos das apostas irá para clubes de futebol feminino, inclusive. ralo

Além da Caixa, os clubes, de outros esportes poderão atuar como agentes lotéricos.  Ressuscita-se, assim, o flagelo dos “bingos”, que levaram clubes, federações e gestores à falência, justamente porque não recolhiam ao fisco o faturamento das apostas.

É mais um convite à fraude, à sonegação, incentivo ao crime fiscal.

Absurdo II

As excelências também criaram a “Autoridade Pública de Governança do Futebol”, no âmbito do Ministério do Esporte.

O governo será o órgão fiscalizador do futebol, como se isso fosse da sua competência! Como se não existissem leis para punir quem não paga contas em dia. E, principalmente, como se o próprio governo – atolado em grossa corrupção –   fosse exemplo de gestão e honestidade. Mas será fiscalizador dos atos dos cartolas! Combinação explosiva é isso aí.

Enquanto isso…

… o Ministério do Esporte, que será o “fiscalizador” do futebol, é aquele de corrupção intensa na gestão dos ex-ministros Agnelo Queiroz e Orlando Silva, esse último demitido por fechar os olhos à corrupção em sua volta.

Hoje, o Ministério Fiscalizador do Futebol é o mais novo templo de cabides de empregos da Igreja Universal, sugerindo que os fiéis serão os fiscais. Combinação explosiva II…

Senado

O texto aprovado ontem vai à apreciação do Senado Federal, e terá que ser votado até 17 de julho, quando a MP 671 deixará de vigorar.

Para saber mais:

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ESPORTES/491871-CAMARA-APROVA-MP-SOBRE-RENEGOCIACAO-DE-DIVIDAS-DOS-CLUBES-DE-FUTEBOL.html


Esporte tem incremento de R$ 52 milhões das loterias, este ano
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José Cruz

Ao sancionar a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a presidente Dilma Rousseff autorizou, por extensão, o aumento dos repasses das loterias federais para os comitês Olímpico e Paraolímpico, previstos na Lei Piva, passando de 2% para 2,7%.

Tomando por base que em 2014 a Caixa arrecadou R$ 13,5 bilhões com apostas, pode-se projetar uma injeção mínima de R$ 52 milhões aos ganhos do esporte, nestes últimos seis meses do ano.

Até então, o dinheiro da Lei Piva era distribuído na proporção de 85% para os olímpicos e 15% para os paraolímpicos. No ano passado, isso representou em torno de R$ 220 milhões para o COB e R$ 38 milhões para o CPB. Os recursos para o esporte saem da parte do prêmio oferecido aos ganhadores dos diferentes sorteios, não onerando em nada os cofres públicos. Dilma Atleta

A partir de agora, o COB cairá dos atuais 85% para 62,96%, e o esporte paraolímpico crescerá de 15% para 37,04% das arrecadações lotéricas. Esta é a primeira mudança na Lei Piva, desde que foi criada, em 2001, quando não havia outras fontes de recursos públicos para o esporte.

Análise

Depois de esperar por 12 anos, a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência é, enfim, aprovada. Autoria do senador Paulo Paim e relatoria do senador Romário, a Lei faz, também, indispensável correção nos percentuais das loterias repassados aos comitês Olímpico e Paraolímpico. A diferença, pró COB, de 70%, foi corrigida para apenas 32%.

Há várias fontes que financiam os comitês Olímpico e Paraolímpico, confederações e clubes: orçamento da União, Lei de Incentivo, patrocínio das estatais e a própria Lei Piva. Mas o governo não tem a dimensão do que todas essas milionárias liberações significam no contexto dos recursos distribuídos em comparação com os resultados obtidos.

Essa falta de controle – e de fiscalização nos projetos da Lei de Incentivo e dos convênios, por exemplo – são propícias para aumentar a corrupção, o desvio de verbas, as licitações dirigidas e fraudulentas, entre outros desmandos, como já se demonstrou.

Nunca o esporte recebeu tanto dinheiro público como nos últimos anos, na mesma proporção em que crescem os protestos de atletas da base, principalmente, reclamanto “falta de apoio”, evidenciando faltas de metas de longo prazo, mas que o governo, estranhamente, não tem o mínimo interesse em investigar, limitando-se às auditorias de praxe e aleatórias dos órgãos de fiscalização.

Foto: www.ande.org.br


Um ano depois do Jogo dos 7, “renovação” do futebol estaciona no Congresso
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José Cruz

Um ano depois da Copa das Copas – ou do Jogo dos 7 – o debate sobre  “renovação” do futebol brasileiro emperra no Congresso Nacional, como interessa à CBF

Na Câmara dos Deputados negocia-se o pagamento da dívida fiscal dos clubes, cujo valor real ninguém conhece. Quem deve o quanto ao INSS, Imposto de Renda e Fundo de Garantia? Não pergunte nem ao relator, deputado Otávio Leite (PSDB/RJ)! A bancada dos cartolas domina os rumos do projeto de lei sobre o tema, e será aprovada como eles querem.

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Já a Medida Provisória nº 671, sobre a dívida fiscal, que fixou regras e impôs compromissos aos clubes, está caducando; e sepultará, também, o debate de “moralização do futebol”, liderado pela presidente Dilma.

No Senado…

… com liderança de Renan Calheiros, do PMDB, a CBF segura a instalação da CPI, aprovada pelo senador Romário (PSB/RJ), para investigar os trambiques do futebol e, principalmente, conhecer quem enriquece com a publicidade e imagem faturadas pela Seleção Brasileira.

Para isso, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, instalou-se no Senado, e, lá, manobra com as excelências que vestem a camisa da ética, da transparência e da moralidade… E, em caso de a CPI ser mesmo instalada, Feldman quer garantir uma comissão de inquérito inchada de senadores obedientes. A que custo?

Enquanto isso…

O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, continua preso e investigado pelo FBI, acusado de corrupção;

O presidente Marco Polo del Nero não sai do Brasil. Tem medo de ser preso em aeroporto estrangeiro e ir fazer companhia a Marin;

Novidades?

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  Dunga, a imagem das renovações 

E a alegria do brasileiro torcer para o Chile. Chile!!!

Baita evolução!

Foto: Reprodução/SporTV


Paraolímpicos podem triplicar ganhos da Lei Piva. Dilma Rousseff vetará?
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José Cruz

Está na mesa da presidente Dilma Rousseff para ser sancionado o “Estatuto da Pessoa Com Deficiência – Lei Brasileira de Inclusão”, autoria do senador Paulo Pain (PT/RS) com relatoria do senador Romário (PSB/RJ).  A lei também prevê correções na distribuição da verba da Lei Piva, triplicando o percentual repassado aos Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), saindo dos atuais 15% para 37,04%

Dilma Paralimpica

Como é:

Atualmente, a Caixa destina 2% do que arrecada nas loterias para o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e CPB. O dinheiro é distribuído na proporção de 85% para os olímpicos e 15% para os paraolímpicos. No ano passado, isso representou em torno de R$ 220 milhões para o COB e R$ 37 milhões para o CPB.

Como fica:

Se o Estatuto for sancionado sem vetos, o COB sairá dos atuais 85% para 62,96%. O CPB, por sua vez, crescerá de 15% para 37,04% das arrecadações lotéricas.

Na prática, essa redução no percentual do COB não significará perda, pois o Estatuto prevê correções no repasse geral das loterias da Lei Piva, dos atuais 2% para 2,7%. Essa diferença de 0,7% significará arrecadação geral a mais para o esporte, corrigindo a diferença ocorrida nos repasses aos olímpicos.

Mas…

… a dúvida é se a presidente Dilma aceitará essa nova matemática, pois a direção da Caixa reluta mudanças na Lei Piva.

Porque…

… o valor repassado ao COB e ao CPB sai dos prêmios das loterias. Ou seja, os ganhadores das várias apostas contribuem com 2% de seus prêmios para o esporte. E isso poderá crescer para 2,7%.

Análise

Mexer nos prêmios das loterias é uma temeridade. Tanto COB quanto CPB já são generosamente beneficiados por verbas públicas de várias fontes. Reduzir os ganhos dos vencedores das loterias é mais uma “garfada” nos apostadores. O que o esporte de alto rendimento precisa é de uma profissional, rigorosa e isenta análise das verbas oficiais que operam, suas reais destinações e resultados. A propósito, porque o ministro do Esporte, George Hilton, não divulga o “diagnóstico das verbas para o esporte”?

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


Bebeto de Freitas entra para o Hall da Fama do Vôlei
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José Cruz

Esquecido pela vaidosa cúpula do esporte brasileiro, Bebeto de Freitas ganha reconhecimento internacional, o segundo em menos de um ano. Crítico e irônico na análise do momento político-esportivo, ele pede a “atuação do FBI no combate à corrupção no Brasil”

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Em outubro, o ex-jogador e técnico da “geração de prata” entrará para o seleto grupo do Hall da Fama do Vôlei. Será a oitava personalidade brasileira condecorada, em Holyoke, Massachusetts (EUA), onde o vôlei foi criado, em 1895. Em 2014, Bebeto teve seu nome incluído no livro que homenageia as trinta mais importantes personalidades do vôlei na Itália.

Após conquistar cinco títulos dirigindo o clube italiano Maxicono Parma (1990-1995), Bebeto treinou a Seleção da Itália, sagrando-se campeão da Liga Mundial, em 1997, e Campeão Mundial em 1998. Esse feito o colocou como o único técnico brasileiro a ter título por outro país em todas as modalidades do esporte. No Brasil, já havia se consagrado, quando dirigiu as Seleções Olímpicas de 1984 e 1988, conhecida como “geração de prata”.

Emoção

Quando o seu trabalho é reconhecido por adversários dentro das quadras, no bom sentido, tem realmente um valor diferente. É um prêmio muito importante, pois o reconhecimento vem lá de fora e isso me enche de orgulho. Estou muito contente,uma vida dedicando tudo para o crescimento do esporte me sinto muito feliz”.

Crítica

Crítico com boa argumentação, cultura herdada do tio, João Saldanha, o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos, Bebeto lamenta o momento político-esportivo. Ele não silenciou diante do escândalo de corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei e ainda cobra: “Continuamos sem saber o que aconteceu e vamos ficar assim, sem saber nada daquele episódio na CBV”.

Diante das denúncias de corrupção, em geral, ele fala sério, mesmo na ironia, referindo-se às prisões de cartolas, diante do escândalo na Fifa. “A nossa salvação é pedir um FBI no Brasil. A Polícia Federal já não dá conta de investigar tanta denúncia por aqui. Por isso, estou mudando de time de coração. Sempre fui um botafoguense apaixonado. Agora, visto a camisa do FBI”.

Para saber mais sobre a carreira desse ex-jogador, técnico e gestor do esporte leia a reportagem que Bebeto de Freitas concedeu ao “Esporte Essencial. Aqui.

Foto: www.lancenet.com.br


PT manobra e aumenta para 11 os membros da CPI,na tentativa de salvar a CBF
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José Cruz

“Esse negócio de político preparado é relativo, porque creolina também é preparado e serve para limpar  latrinas” – Millôr Fernandes

Desmoralizada em campo e fora dele, a cartolagem da CBF continua com domínio sobre o desprestigiado Congresso Nacional. Os políticos, em geral, se curvam ao poder da bola.

Uma manobra do senador Humberto Costa (PT/PE) aumentou de sete para 11 o número de integrantes da CPI da CBF.  Com o apoio de 27 senadores, ele apresentou requerimento alterando a composição da CPI que, em tese, dará à CBF chance de contar com mais parlamentares a ela alinhados, tentativa para barrar as investigações na suspeitíssima casa do futebol.

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Os cartolas continuam com estreitas relações com vários parlamentares, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, íntimo amigo e ex-patrão do lobista da CBF, Vandemberg Machado. E, José Sarney (na foto com Humberto Costa). Mesmo aposentado, ele ainda é influente entre políticos. Seu filho, Fernando Sarney, é vice-presidente da CBF no Nordeste.

Mas, o placar real desse jogo de nova composição da CPI só se saberá quando todos os partidos tiverem indicado os seus representantes, decisivos para que se conheça, também, quem será o presidente e o relator da CPI.

 Extremos

Essa estranha pernada do PT é para tentar barrar as pretensões do autor da CPI, senador Romário, de mergulhar nos bastidores das finanças da CBF. A manobra de Humberto Costa, alinhado ao Planalto, surgiu enquanto o governo que ele defende tenta enquadrar os clubes no cumprimento de seus compromissos fiscais.

De um lado temos a proposta de “moralização” – como se isso fosse possível no futebol… –  e, no Congresso, representantes do próprio governo aliviam para esconder mais e mais os suspeitíssimos bastidores da CBF, cujo ex-presidente, José Maria Marin, continua preso, e o atual, Del Nero, não se anima deixar o país…

Mesmo diante das indefinições, as articulações são para que a relatoria fique com Romero Jucá (PMDB/RR), da base do governo. Como disse um experiente consultor do Senado, “Jucá tem boas referências, é um político preparado”.

Mas, lembrando Millôr Fernandes, “esse negócio de político preparado é relativo, porque creolina também é preparado e serve para limpar  latrinas”.

Inigualável Millôr!

 

Para saber mais: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/07/02/cpi-do-futebol-e-adiada-e-sofre-inchaco-em-nova-derrota-para-romario.htm 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr


Ministério do Esporte esvazia cargos técnicos para contemplar amigos de fé
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José Cruz

André Arantes e Ricardo Avellar são as novas baixas no que resta de qualidade técnica no Ministério do Esporte. Funcionários há mais de dez anos, eles deixaram a pasta do ministro George Hilton. As vagas irão para o PRB, partido do ministro, e fiéis da Igreja Universal, que o acolhe. As nomeações são frequentes, conforme registros no Diário Oficial da União. Repete-se, neste início de novo governo, a antiga prática nas relações entre os governos e os partidos políticos, que seguem os princípios de São Francisco de Assis: “É dando que se recebe” … tome o ministério e me dê os votos de sua bancada. Como George Hilton sabe rezar muito bem, leva vantagem, claro.  

atleta-na-escola   André Arantes, ex-triatleta, formado em educação física, fazia doutorado em “desporto escolar”, na Universidade do Porto, Portugal. Mesmo com  conhecimentos para oferecer aos projetos do esporte, como “Atleta na Escola”, ele foi detonado. Vinculado ao PCdoB, Arantes era remanescente da época em que esse partido dirigiu o Ministério, entre 2003 e 2014. Ricardo Avellar era ‎Diretor de Esporte de Alto Rendimento. Deverá ir para a Confederação Brasileira de Clubes.

Com o esvaziamento que promove, George Hilton lota as secretarias de Alto Rendimento e a de Esporte, Lazer e Inclusão Social, principalmente, com coordenadores leigos, sem condições de diálogo com o quadro técnico, que carrega o piano. A gestão pública do esporte continua amadora e retrocedendo de forma triste e caótica.

Repeteco

Hilton repete Orlando Silva, quando ministro do Esporte. Ele dispensava os petistas que estavam no Ministério para abrigar filiados do seu partido, o PCdoB.  O atual ministro manda embora os comunistas e chama os amigos de fé e de oração.

Esse desequilíbrio funcional ocorre no momento em que o Ministério apresenta o “Diagnóstico do Esporte”, uma das bússolas para o novo “Sistema Nacional do Esporte”, em discussão numa comissão especial.

Ironicamente, “Diagnóstico” e “Sistema” envolvem servidores vinculados ao PCdoB, inatingíveis nas demissões. Esses, ainda são indispensáveis aos objetivos de George Hilton, que é o de ter algo de efetivo para apresentar, para dizer, pois é um leigo no setor. Sem esses especialistas na gestão do esporte o ministério se tornaria um grande centro de orações.