Basquete, pelas tabelas, é premiado pelo Ministério do Esporte
José Cruz
A Confederação Brasileira de Basquete está perto de receber doação de R$ 58 milhões do Ministério do Esporte para vários projetos. Quem conta essa história de arrepiar é o companheiro Fábio Balassiano, aqui
No total da conta “Convênios”, o Ministério do Esporte deverá liberar perto de R$ 150 milhões para diversas confederações. O dinheiro destina-se à preparação de equipes olímpicas e paraolímpicas aos Jogos Rio 2016. Em outra mensagem comentarei sobre isso. É o projeto “Brasil rumo ao pódio olímpico”. Agora, vai?
Risco
Há poucos dias, Fábio Balassiano demostrou, com análise de um especialista em contabilidade, como a Confederação Brasileira de Basquete está pelas tabelas, literalmente.
A gestão do presidente, Carlos Nunes, o Carlinhos, é arriscadíssima, principalmente, porque a CBB sobrevive de verbas públicas: da Lei Piva, da Eletrobras, patrocinadora, e do Ministério do Esporte, por convênios para projetos específicos.
A análise dos balanços contábeis de 2012 e o de 2013 revelaram que a CBB é uma instituição com péssima gestão, falida, fosse ela entidade privada. Mas a grana pública sai pelo ladrão e socorre o gestor privado que já se mostrou incompetente.
E, agora, como é que as excelências do Ministério do Esporte – ministro Aldo Rebelo à frente – aprovam projetos de R$ 58 milhões para quem tem esse tipo de perfil administrativo?
Alertas
Auditores do Tribunal de Contas da União se arrepiaram com a forma temerária da gestão do nosso esporte olímpico, o basquete em particular. O secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, sabe sobre isso, mas dá uma banana para o TCU.
Leyser sabe que não será chamado às falas para explicar essas liberações temerárias. Ele e outros gestores públicos e privados escaparam de vários processos do Pan 2007, com auditorias que constataram pagamentos de serviços em dobro, pagamentos por serviços não prestados, por material não entregue, superfaturamentos, enfim.
E como ele escapou de numa operação de R$ 3,6 bilhões, o custo da festa no Rio 2007, porque Ricardo Leyser Gonçalves vai se preocupar agora com a mixaria de R$ 58 milhões para o basquete?
Tá explicado!