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Roubo e vergonha: a Copa dos herdeiros de RT e Havelange
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José Cruz

joana

 

Não poderiam vir de melhor fonte as manifestações que provam a grande farsa – ou furada –  em que se meteu o governo com a realização da Copa do Mundo.

Ronaldo, o tal “fenômeno”, e Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira, disseram, claramente, sobre a realidade que há anos aqui se comenta: Copa da falcatrua e do superfaturamento. Copa da falta de comando governamental, como mostraram, sem essas palavras, claro, relatórios do Tribunal de Contas da União. Copa da ilusão.

Vergonha

Ronaldo se “envergonha da burocracia e atrasos” nas obras. Por cinco anos, ele viajou pelo Brasil “fiscalizando” obras, mas só agora, a duas semanas de a bola rolar, constata a realidade. Estranho, né?

Além de oportunismo político-eleitoreiro, a crítica contrasta com a euforia que ele demonstrava, quando contestava os opositores desse suspeito megaevento bilionário do qual, ele, como empresário do esporte, é um dos beneficiados.

Roubo

Agora foi a vez de Joana Havelange, que endossou manifestação de jornalista pernambucano: “O que tinha que ser gasto, roubado já foi”.

Joana, diretora do Comitê Organizador da Copa, é neta de João, o ex-poderoso “Senhor Fifa”. Foi de lá que ele se demitiu para não enfrentar processo que o acusava de corrupção. E filha de Ricardo Teixeira, RT, que deixou a presidência da CBF sob suspeitas de grande corrupção.

Ironicamente, pai e avô estão no ostracismo do esporte, justamente quando a Copa é no Brasil.

Porém, a filha e neta herdou o perfil esportivo da família, e sobrou para  ela, Joana, revelar que o futebol é, de fato, uma grande falcatrua, uma manobra de espertos, na qual o governo também está profundamente envolvido.


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