Blog do José Cruz

Arquivo : fevereiro 2014

Calote do futebol ao fisco avança com apoio oficial
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José Cruz

O PT quer sancionar até maio o projeto de lei do Proforte, que anistia, entre outras medidas, a dívida fiscal de R$ 2,8 bilhões de 100 clubes de futebol. A sanção está sendo articulada para o momento em que a população em geral estiver envolvida com as emoções da fase preparatória da Copa do Mundo, a partir de 14 de junho.

Há poucos dias escrevi que o projeto de Lei do Profote havia fracassado e novo texto deveria ser apresentado.

Deveria! Porque, acredite, leitor e contribuinte, não vai mudar nada.

Esta semana, o deputado inspirador do projeto, Vicente Cândido, do PT/SP, também vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, anunciou que em dois ou três meses a presidente Dilma deverá sancionar “esta importante lei para o esporte brasileiro”!

Cândido usa o cargo de parlamentar para defender interesses de instituição na qual ele tem interesse direto, o futebol, modalidade onde é farta a corrupção. 

Esquema

Para aprovar o projeto em dois meses é sinal que o esquema já está armado também no Senado, onde o governo tem maioria e atropela o que bem entende.

E apoiando  esse trambique fiscal está o Ministério do Esporte, cujo ministro, Aldo Rebelo, já se manifestou favorável ao projeto e liberou seu secretário de Futebol, Toninho Nascimento, para também agir no Congresso Nacional. Porém, entre os membros da Comissão há descontentamentos com essas manobras, assunto para um outro artigo que preparo.

Perda de tempo

Não valeu para nada os alertas feitos por especialistas que estiveram na Comissão Especial do Proforte. O “diálogo” foi perda de tempo. Ainda bem que nem apareci lá quando me convidaram para debater o projeto, porque conheço bem as intenções dessa gente.

A expectativa, agora, é para o relatório final do deputado Otávio Leite, do PSDB/RJ. Ele poderá mudar a redação do projeto e determinar que os devedores paguem seus débitos, como ocorre com todos os demais contribuintes brasileiros.

Repare, eu disse que o deputado “poderá”! … Alguém acredita?


Quem será o “Arruda” da Portuguesa?
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José Cruz

A decisão do conselho deliberativo da Portuguesa de ir à Justiça comum, devido ao seu rebaixamento no Brasileirão 2013, beneficiando o Fluminense, tem dois diferenciais importantes do “caso Gama”, em 1999.

A decisão dos dirigentes do clube paulista foi depois que Flávio Raupp, o ex-dirigente que levou o Gama também à Justiça Comum, mostrou o “caminho das pedras” para que a Portuguesa tenha sucesso na difícil empreitada.

Diferenças

1. O Gama tinha um “porta voz”, o então senador pelo PFL, José Roberto Arruda  – que, depois, se envolveu em corrupção e perdeu o cargo de governador do DF. Mas quando era influente no Senado, Arruda mobilizou políticos e fez barulho que repercutiu mundo afora, numa derrota que humilhou a CBF.

2. Quem foi à Justiça foi o PFL e o Sindicato dos Técnicos do DF, e não o Gama. Isso preservou o clube de possíveis punições por extrapolar a Justiça desportiva.

E agora?

Quem faria o papel de Arruda e do PFL?

O único político de expressão capaz de fazer barulho e enfrentar a CBF seria o deputado Romário.

Ocorre, que o “Baixinho” é deputado pelo Rio de Janeiro,  e se viesse a defender a Portuguesa se voltaria contra seu ex-clube, o Tricolor carioca (jogou também pelo Flamengo, Vasco e América), em favor de um paulista. Com certeza, colocaria em risco bom número de votos na próxima eleição.

Essa falta de parceiro político, influenciará a ponto de prejudicar a Portuguesa, numa briga em que o direito do torcedor – previstos na Lei Pelé, Estatuto do Torcedor e na Lei de Defesa do Consumidor – será argumento fundamental?


Teremos os Jogos, mas a ditadura olímpica persiste
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José Cruz

Em assembleia, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) atualizou seu estatuto adaptando-o à nova legislação, com mandato de quatro anos e apenas uma reeleição para os cartolas.

Também apresentaram propostas modernizadoras, mas não emplacaram. Com isso, o atual presidente, Carlos Nuzman, no cargo há 20 anos, mantém o domínio sobre o grupo no melhor estilo feudal. Por exemplo, só pode se candidatar à presidência do Comitê quem é membro da assembleia há cinco anos, como se fora dali não houvesse inteligência esportiva capaz de disputar o cargo. Numa entrevista Nuzman disse que é isso mesmo, que só ele tem tal capacidade, e fez do COB seu reduto intocável.

Enquanto isso…

Na mesma assembleia, os cartolas instituíram o voto-atleta nas decisões do COB. Porém, exclusivo para o presidente da Comissão de Atletas, atualmente o campeão olímpico de vôlei de praia, Emanuel. Um voto apenas é nada no contexto de milhares de competidores federados e que são, de fato, os responsáveis pelo movimento esportivo como um todo. Por isso, o voto de Emanuel será prática inexpressiva.

Tirem os atletas de uma competição de atletismo, de natação, de judô, de um campeonato de vôlei ou de basquete, enfim, e o evento fracassará, as instituições se tornarão inúteis (muitas já o são) e  os cartolas morrerão de fome.

Sem atleta o esporte não existe! Mas sem a unidade deles fica tudo como está. E aí se revela mais uma fragilidade do movimento olímpico, a falta de lideranças.

Toda esta absurda situação agride a liberdade esportiva e fortalece a ditadura dos gestores. O olimpismo, que se sustenta também no princípio da educação e do respeito mútuo,  ignora, no Brasil, preceitos históricos da democracia e da livre disputa por cargos. A vaidade e o autoritarismo ainda imperam.


Medo de apagão faz a Fifa abrir o cofre
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José Cruz

No país do futebol escancarou-se o que significa esse megaevento, que garante arrecadação de R$ 10 bilhões para a Fifa e endividamento para os cofres públicos

Bastou um “aviso” no fim de semana de que Curitiba ficaria fora da Copa, como noticiou a imprensa estrangeira, que os políticos de plantão se mobilizaram e conseguiram “empréstimo” de R$ 65 milhões para o Atlético-PR concluir o estádio. Tudo como estava anunciado, há anos…

Outro lado

As mudanças no comportamento da Fifa frente aos compromissos do Estado começam já no Mundial no Brasil.  Por pressão popular, é preciso reconhecer. Depois dos movimentos de rua, no ano passado, a turma da Suíça sabe que a turma que ficará fora dos estádios não está brincando.

Agora, ao observar a disputa interna entre governos estaduais, municipais e clubes para o pagamento das instalações temporária o secretário da Fifa, Jérôme Valcke anunciou a liberação de R$ 47 milhões para ajudar na contratação de geradores de energia.

Com estádios prontos a bola poderia rolar, mesmo sem “instalações temporárias”. Estamos no Brasil e um “jeitinho”… resolveria o problema.

Mas sem energia, os riscos seriam enormes, comprometendo as relações com poderosos patrocinadores na transmissão de imagens mundo afora. O próprio Valcke reconheceu o  perigo no país do apagão.

O que temíamos era não dispor da energia. Não há Copa sem energia. Nós intervimos porque era a melhor maneira para a transmissão dos jogos, e assim não haveria problemas às vésperas do torneio”, disse Valcke, ontem, em Florianópolis.

Mudanças

Há duas semanas escrevi que depois da Copa no Brasil a Fifa não seria mais a mesma nos próximos Mundiais. Também mudará o comprometimento dos governos, com certeza. Estão todos de olho no que ocorre por aqui: enriquecimento de um lado, inclusive com absurdas isenções fiscais, e gastança públicas sem limites para garantir as exigências de “padrão Fifa”. 

Ainda há tempo para rever as exigências olímpicas para os Jogos Rio 2016. O desperdício do Pan 2007 e os abusos na Copa 2014 são alertas pra lá de oportunos.


PDT presidirá a nova Comissão de Desporto
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José Cruz

Dez anos depois de ter sido criada, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados  se divide e, a partir de agora, cada segmento seguirá carreira solo.

A decisão foi tomada nesta terça-feira pelos líderes partidários, quando também foram definidos os partidos que presidirão as demais comissões temáticas (Agricultura, Educação, Constituição e Justiça etc).

A presidência da nova Comissão de Desporto ficará com o PDT, que nesta quarta-feira realizará uma prévia para definir quem será o candidato, entre os deputados Damião Feliciano (PB), Marcelo Matos (RJ) E Paulo Rubens Santiago (PE). O indicado será candidato único e terá eleição garantida, conforme acordo prévio entre os partidos.  Já a Comissão de Turismo será presidida por um deputado do PP.

O desmembramento da Comissão de Turismo e Desporto ocorreu para contemplar o maior número de partidos. Porém, isso implicará na criação de uma nova estrutura funcional.

O mandato dos presidentes de comissão é de um ano, proibida a reeleição e com alternância partidária garantida. A primeira reunião oficial da nova Comissão de Desporto deverá ocorrer após o Carnaval.

Saiba mais:

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/02/18/pt-presidira-quatro-comissoes-da-camara-em-2014-veja-distribuicao-por-partido.htm


A Copa dos espertos
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José Cruz

Na quinta-feira, os soberanos da Fifa discutirão com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e com o presidente do Internacional, Giovani Luiggi, quem pagará a conta das “instalações temporárias” (R$ 40 milhões), nos arredores do estádio, para mídia, voluntários etc.

Coincidentemente, a presidente Dilma Rousseff estará em Porto Alegre, na quinta. E é para ela que cartolas e políticos das 12 cidades-sedes querem empurrar essa conta. Se os cartolas baterem o pé, o governo terá que ceder. Afinal, de quem é o aval maior para receber a Copa?

Enquanto isso…

É bom lembrar que, ao aprovar a Lei Geral da Copa, o Congresso Nacional beneficiou a Fifa e suas subsidiárias com isenções fiscais. Isso quer dizer que o governo da presidente Dilma, que sancionou a tal lei, deixará de arrecadar em torno de R$ 1 bilhão.

Lucro

Como já foi noticiado, uma projeção da empresa de consultoria e auditoria, BDO, indica que a Copa 2014 renderá cerca de R$ 10 bilhões à poderosa Fifa.

E nós aqui, preocupados porque o contribuinte pagará R$ 480 milhões, nas 12 sedes, só de instalações temporárias.

Quanta bobagem por tão pouco, não é mesmo?


Copa 2014: futebol & políticos, tudo a ver
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José Cruz

O atraso na obra do estádio do Atlético-PR motivou manifestações de autoridades do governo, em tom de deboche, lembrando que isso ocorre em Curitiba, capital-modelo, com trânsito e transporte públicos exemplares e ótima qualidade de vida. Lembram na rede social que a imprensa criticava os atrasos em Natal, Mato Grosso etc, hoje confirmados, enquanto o Atlético-PR está aí, ainda de pires na mão …

Mas as mesmas autoridades não dizem a que custo a maioria dos estádios chegou ao fim, qual o comprometimento dos governos municipais e estaduais em seus orçamentos para honrar o compromisso com a Fifa.

Enquanto isso…

… o problema mais recentes é: quem pagará a conta das instalações temporárias, outra exigência absurda da Fifa, mas aceita já na candidatura do Brasil?

Construíram estádios enormes, com imensas e luxuosas áreas de circulação e ainda exigem “instalações temporárias”,  ao custo de até R$ 50 milhões? Quem é o esperto que teve essa ideia para faturar fácil dos cofres públicos? Prefeituras e empreiteiras estão nesse rolo?

As prefeituras e governos estaduais deveriam pagar essa conta, mas tentam empurrar a despesa para o governo federal. O tempo passa, o problema persiste e a decisão se afunila. Como o compromisso maior para “entregar o país pronto” para a Copa é do Governo Federal…

Por isso, não tenham dúvidas: se o Brasil conquistar a Copa, logo surgirão propostas de deputados e senadores para que o governo federal “perdoe” os contratos de empréstimos junto ao BNDES e Caixa Econômica. E  o projeto passará com folga! É para isso que também servem os cartolas-deputados de plantão no Congresso Nacional. Será a repetição do que já fazem com o Proforte, projeto para anistiar a dívida fiscal dos clubes. Portanto, não duvidem. Futebol e políticos têm tudo a ver.


A bronca de Rivelino
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José Cruz

Com dúvidas sobre as condições físicas de Fred, o ex-craque Rivelino, campeão do mundo em 1970,  está assustado com a falta de atacantes no Brasil, a um mês de Felipão fechar a lista para a Copa do Mundo.

“Só tem o Neymar que pode fazer a diferença”, afirmou, lembrando que já fomos famosos na produção de craques que fizeram história, mundo afora. “O Brasil sempre teve dois ou três jogadores diferentes na frente e, hoje, não temos centroavates. A safra é muito ruim”.

Esta queda na formação de talentos é, segundo Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, um dos problemas que repercute nos campeonatos de baixíssimo nível técnico e desinteresse do torcedor para ir ao estádio. O “fenômeno” é mais um no rol das mazelas que o futebol profissional. Ferreira listou as outras: calendário ruim, violência e insegurança, clubes insolventes, estádios vazios e, claro, “queda na formação de talentos”.

Negócios

Ocorre que a venda de jovens talentos para o exterior é uma das fontes de recursos para os clubes de futebol.  Muitos, os com perfil de atacantes, inclusive, saem cedo, não chegam a conhecer nossa realidade profissional.

E isso é se deve, também, às facilidades da Lei de Incentivo ao Esporte. Muitos clubes captam recursos oficiais  –  o São Paulo F.C é campeão –  para suas escolhinhas. E já com 16 ou 17 anos os garotos são vendidos para o exterior, recheando o bolso do empresário e a conta da iniciativa privada.

Estou colecionando informações e logo escreverei sobre isso. Mas a bronca de Rivelino faz sentido e passa, com certeza, por este processo de nossa “profissionalização”.


Viva a Copa, num só ritmo…
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José Cruz

Na semana passada, depois de um blecaute em 12 estados, o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão – que já era assessor governamental no regime militar – garantiu que o país não corre risco de apagão. Ontem, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico admitiu dificuldades no suprimento de energia e alertou que seria bom que o governo reconhecesse esse risco, como registram os jornais, hoje.

Está explicado porque a Fifa exige que cada um dos 12 estádios da Copa tenha dois potentes geradores – pagos com verbas públicas –, um para a iluminação do gramado e outro para garantir a geração das imagens de TV, em caso de apagão, cujo risco, agora, é real.

Já imaginaram a fúria dos patrocinadores e o prejuízo da Fifa, Blatter e companhia ficar sem as imagens do Mundial por falta de energia no Brasil? Bah!

Insegurança

Na quarta-feira, uma multidão do MST tentou invadir o Palácio do Planalto. Pediam “reforma agrária”.

Sem capacete, mas com boné de passeio, meia dúzia de policiais militares tentava conter a os invasores. Em minoria, a “segurança” seria massacrada, não fosse a determinação de um grupo do próprio MST em proteger os policiais.

A foto divulgada pela Folha, ontem, mostrava os policiais abraçados, agachados e acuados – muitos foram gravemente feridos – protegidos pelas bandeiras vermelhas dos agressores.

A segurança ficou de joelhos na frente da sede do Poder da República!

A quatro meses da realização da Copa do Mundo  – com Brasília sendo uma das sedes – os manifestantes protegem a polícia! Que tal?

A situação foi tão ameaçadora que a segurança presidencial não deixou Dilma Rousseff sair do Palácio da Alvorada, onde mora. Apreensivos, os ministros do Supremo Tribunal Federal, em frente ao Planalto, suspenderam a sessão. Alguns até brincaram ao dizer que a torcida do Internacional estava na Praça dos Três Poderes. Engraçadinhos ou debochados?

Esse fato mostrou como a população de Brasília, em geral, está exposta à violência diária, com roubos e assassinatos crescendo como nunca. Ora, se nem a sede do poder central está segura, o que dizer do povão? .

E é aqui que receberemos e teremos que dar proteção para seleções estrangeiras, governantes e suas comitivas, corpo diplomático etc.

Estaciona aí…

Na quarta-feira, levei 50 minutos de voo entre Curitiba e São Paulo. Já em Guarulhos, o piloto esperou 1 hora e 10 minutos por um estacionamento. E os passageiros lá dentro, calmíssimos….

O que conforta é que os aeroportos estão em obras. Para a Copa, num só ritmo.

E agora, vai?


Proforte fracassa. Vem aí nova proposta
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José Cruz

De todos os jogos realizados no Brasil em 2013, em competições internacionais, nacionais, regionais, e estaduais, a média de público foi de 4.771 torcedores, apenas 26% de ocupação da capacidade dos estádios. A última vez que o Campeonato Inglês teve média de público como essa no Brasil foi em 1904!

Depois da exposição de dois consultores em administração e marketing do futebol a Comissão Especial da Câmara dos Deputados que debate sobre a dívida fiscal de R$ 4 bilhões dos clubes mudou de rumo e deverá apresentar nova proposta ao Projeto de Lei 6753/13.

Com base em números oficiais dos balanços financeiros dos clubes o paulista Amir Somoggi disse que o maior endividamento é de empréstimos bancários. Em 2013, os 20 principais clubes do Brasil pagaram R$ 300 milhões de juros, além de compromissos com a Justiça do Trabalho. Os empréstimos servem para contratar jogadores, mas comprometem a capacidade de pagamento dos clubes.

“O proforte resolverá estes problemas”? –  indagou Amir. “O mercado do futebol deve se preparar para andar com as próprias pernas e para isso é preciso um modelo de gestão profissional. Caso contrário, daqui a dez anos estaremos novamente debatendo como o governo poderá ajudar o futebol”, defendeu.

Segundo Amir, a gestão melhorou nos últimos anos, mas ainda estamos ruim, com conceitos errados de gestão, clubes maus-pagadores que passam a imagem de que o futebol não é um ambiente sério e isso afasta os investidores. “Precisamos mudar esta imagem”, defendeu.

Estarrecedor

Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, também apresentou alguns motivos que mostram o fracasso na atual gestão dos clubes: calendário ruim, baixa qualidade dos jogos, queda na formação de talentos, violência e insegurança nos estádios, clubes insolventes e estádios vazios. Essa realidade desmotiva o torcedor.

Em 2013, de todos os jogos realizados no Brasil em competições internacionais, regionais, nacionais e estaduais a média de público foi de 4.771 torcedores, isto é, apenas 26% de ocupação da capacidade dos estádios.

“A última vez que o Campeonato Inglês teve média de público como esse no Brasil foi em 1904!” – disse Fernando Ferreira. O relatório da Pluri Consultoria está aqui

Os números apresentados por Amir e Fernando já tinham sido divulgados no final do ano passado, mas surpreenderam os parlamentares, que  aplaudiram a apresentação dos dois consultores, fato inédito na Comissão Especial do Proforte. Os deputados também solicitaram o apoio dos especialistas para a redação do novo texto do projeto de lei.

Para o deputado Romário, que convidou Amir e Fernando para a exposição, “é preciso uma revisão geral no texto do projeto de lei do Proforte. Só continuaria o nome, pois o que temos hoje não serve para nada”, afirmou.

O relator do Proforte, deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) reconheceu a gravidade da financeira dos clubes. Responsável pela redação do novo texto do projeto, ele admitiu transformar o Proforte numa “lei de responsabilidade fiscal do futebol, com contrapartidas claras para os clubes beneficiados”.