Blog do José Cruz

Arquivo : dezembro 2014

Estádio Mané Garrincha: balanço oficial
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José Cruz

Para que os leitores não fiquem apenas com a crítica deste blogueiro, publico o balanço oficial do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, enviado pela assessoria de imprensa da Coordenadoria de Grandes Eventos.  Em outra mensagem comentarei sobre o relatório.

 Garrincha

O Estádio Nacional Mané Garrincha foi projetado para ser uma arena multiuso e não apenas um estádio de futebol, com objetivo de acolher os mais variados eventos.

Eventos

Desde que foi inaugurada, em maio de 2013, mais de um ano antes da Copa do Mundo de 2014, a arena recebe eventos variados. Do dia 18 de maio de 2013 a 22 de dezembro de 2014, foram realizados 83 eventos.

53 partidas de futebol

14 shows ou festas

16 eventos culturais, institucionais e esportivos.

Desde a sua inauguração, a média é de no mínimo um evento por semana. E pelo menos uma partida de futebol a cada 11 dias.

Púlbico

O novo estádio já recebeu cerca de 1,7 milhão de pessoas desde a sua inauguração.

A arena brasiliense consolidou agenda própria. Do total de eventos realizados no Mané Garrincha, apenas 10% foram relacionados à Copa do Mundo – 7 jogos do Mundial e a abertura da Copa das Confederações.

O público nos eventos relacionados à Copa do mundo representou apenas 28% do público total do Mané Garrincha.

Futuro modelo de gestão

Para que o Mané Garrincha não se torne um ônus para o governo, já era projeto da atual gestão realizar processo de concessão ou parceria entre o governo e o setor privado, com objetivo de profissionalizar a gestão do Mané Garrincha.

O futuro modelo de gestão do Mané Garrincha está em fase de estudo técnico pela Terracap. Foi criado neste ano grupo de trabalho na Terracap para estudar as possibilidades para o estádio. Entre elas, uma concessão ou uma parceria público-privada. Caberá ao próximo governo dar andamento ao processo.

A concessão não foi feita antes devido aos compromissos de Brasília como cidade-sede da Copa do Mundo. Além disso, o Estádio Nacional Mané Garrincha tinha de mostrar seu potencial multiuso e se consolidar como um espaço atrativo à iniciativa privada.

Agenda Variada

Entre os eventos realizados nos últimos meses, destaque para:

O desafio de futsal, evento inédito em um estádio de futebol, entre as seleções Brasileira e Argentina, no dia 7 de setembro. Público: 56.578, um recorde que está levando o Mané Garrincha ao Guiness.

O Cross Urbano, corrida de rua realizada em um estádio de futebol pela primeira vez na história. Foi no dia 15 de novembro, quando 2,2 mil pessoas correram em um circuito de 6km dentro do estádio.

O casamento comunitário com 100 casais.

Estádio superavitário

Com seguidos recordes de público e diversos eventos, o Mané Garrincha hoje é superavitário. O Governo do Distrito Federal arrecadou desde a inaugraução, até o momento, cerca de R$ 5 milhões em taxas de ocupação pelos eventos reallizados. O valor cobre as despesas de manutenção e ainda sobra diferença positiva.

A obra do estádio tem cinco anos de garantia, enquanto a cobertura tem outros 30 anos, e os consórcios responsáveis pela construção tem obrigação de arcar com eventuais reparos. Portanto, os custos gerais relacionados a reparos surgidos desde a inauguração não geram gastos para o GDF.

Previsão 2015

Para 2015, há cerca de 30 eventos pré-agendados. São pedidos de reserva de data. Entre eles, o Granada Cup, campeonato de futebol interclubes, em janeiro, que terá entre os participantes o Flamengo, o Cruzeiro e o Shakhtar Donestk, da Ucrânia.

A pré-agenda da arena multiuso conta, ainda, com a segunda edição do Baile de Carnaval da Abrace, em fevereiro, e shows do Bell Marques (ex-Chiclete com Banana), Monobloco, Henrique e Juliano, a festa sertaneja Villa Mix e até jogo de voleibol.


Sugestão para Brasília recuperar a sede da Universíade 2019
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José Cruz

Por Lamartine da Costa

Membro da Academia Olímpica Internacional

Em megaeventos como em grandes negócios qualquer desistência tem impacto negativo. Assim, em princípio, a recusa do novo governo de Brasília em organizar as Universíades 2019 apresenta-se como equivocada; certamente o retorno para a cidade será muito maior do que os 75 milhões de euros do compromisso inicial, somadas às futuras despesas da preparação da cidade para o evento.  DFFFFF

Entretanto, há uma crise financeira na capital federal que não pode ser simplesmente desconhecida. Então, a solução mais sensata para o caso seria um referendum popular a ser organizado pelo governo que assumirá em 1º de Janeiro, num procedimento que já se tornou comum na Europa com as candidaturas de cidades-sede para Jogos Olímpicos e outros megaeventos.

Como o novo governo politizou a desistência, cabe politizar um possível retorno das Universíades a Brasília, com impacto positivo para os que chegam.

Se houver dúvidas dos governantes que assumirão a cidade, quanto à validade da proposta, sugiro que façam contato com a Prefeitura de Madrid, que manteve sua candidatura aos Jogos Olímpicos de 2020 (perdeu para Tóquio), mesmo com o país e a cidade mergulhados numa crise aguda. Neste caso, a justificativa de Madrid para sediar o megaevento olímpico foi que este seria uma das formas para a cidade – e o país – recuperar suas finanças.

Lembro que a Agenda 2020 do COI (Comitê Olímpico Internacional), aprovada na semana passada, solicita o uso de instalações antigas nas cidades-sedes para evitar excesso de custos.

Assim, Brasília poderia fazer o mesmo, mantendo o custo apenas nos 75 milhões de euros iniciais, pois tem várias instalações usadas, que poderiam dar apoio às Universíades 2019.

Será que o começo da recuperação das finanças de Brasília passa pelas Universiades?


Dilma transforma o Esporte “numa coisa menor”
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José Cruz

Na reforma ministerial, sai um comunista discreto e entra um teólogo,  animador e especialista em “transporte de valores”

No país da “Copa das Copas” e da Olimpíada que colocará o Brasil no top 10 das potências esportivas, segundo o governo federal, o novo ministro do Esporte é um “radialista, apresentador de TV, teólogo, animador e pastor da Igreja Universal”.

Ministro George

Com os senhores, o deputado George Hilton, baiano, mas deputado federal pelo PRB de Minas Gerais. E, em uma semana, o comandante da pasta até então nas mãos de Aldo Rebelo, que vai para a pasta da Ciências e Tecnologia 

Dribe 

George Hilton driblou as investigações da equipe de Dilma Rousseff. Ele escapou das pesquisas sobre os escândalos do Mensalão e Lava Jato, mas escorregou num flagra da polícia mineira, no aeroporto da Pampulha, em 2005, como revela Juca Kfouri, em seu blog. O futuro ministro transportava R$ 600 mil, num avião da Igreja Universal. Era a contribuição dos fieis para as beneméritas ações do bispo Edir Macedo. A causa era nobre, mas Hilton acabou expulso do PFL. Nove anos depois, Hilton chega à Esplanada dos Ministérios.

Por que o PRB?

A conta é simples:  o PCdoB terá apenas 10 deputados e um senador, na próxima legislatura. O PRB terá o dobro, 21 deputados e um senador.

Mais: o PRB foi fiel a Dilma na campanha eleitoral. Agora, o ministério é um reconhecimento ao senador Marcelo Crivella (PRB/RJ). Com o apoio do correligionário George Hilton, Crivela poderá explorar o potencial e a visibilidade do Esporte, em plena temporada olímpica, para pavimentar a sua campanha à Prefeitura do Rio, em 2016.

Memória

Quando Lula ofereceu o Ministério do Esporte ao PCdoB, em 2003, a senadora Vanessa Grazziotin protestou: “A pasta do Esporte é uma coisa menor para a importância da história do PCdoB”. Ela queria algo mais grandioso. Não vingou.

Agora, 11 anos depois, o PCdoB sai do Ministério com triste saldo: teve muito dinheiro, mas, sem gestão eficiente, não formulou política pública nem para o alto rendimento. Foi mero repassador de verbas;  fez a alegria dos cartolas, principalmente, que deveriam ser fiscalizados.

Sob o comando do PCdoB, o Esporte foi pasta de farta corrupção, principalmente nos mandatos de Agnelo Queiroz e Orlando Silva.

Futuro

O que esperar do ministro George Hilton?

O distinto parlamentar não frequenta a Comissão de Esporte. Sem conhecer o setor, a estrutura – falida – do esporte, e os vícios e espertezas dos cartolas ele não terá voz expressiva, segura,confiável para as mudanças urgentes que precisamos.

Com essa escolha, a presidente Dilma conseguiu reduzir a nada o ministério que já era inexpressivo, apesar de sua importância no contexto social, econômico,  de representatividade internacional etc.

O Ministério continuará apenas administrando recursos que privilegiam a elite do esporte, e suas autoridades frequentando espaços  para chegarem a cargos eletivos mais atrativos. O Ministério do Esporte é apenas um palanque de transição.

E só.

(O blog foi atualizado às 8h18)

 


A Universíade do calote
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José Cruz

O calote que R$ 75 milhões que o governador Agnelo Queiroz aplicou na Federação Internacional de Esporte Universitário (FISU), provocando o cancelamento da Universíade 2019 em Brasília, foi o derradeiro capítulo de um governo que fracassou na sua política de esportes, de segurança, de saúde… Consultado sobre o assunto, a assessoria de Agnelo silenciou. Faz sentido.

Já o Ministério do Esporte não se manifesta porque, segundo a assessoria do ministro Aldo Rebelo, “não recebeu comunicação do Governo do Distrito Federal, responsável pela candidatura e realização dos Jogos Mundiais Universitários 2019.”  E a direção da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) aguardará a informação oficial do governo de Rodrigo Rollemberg (foto),  roooolque assumirá em 1º de janeiro, para ver junto à Federação Internacional de Desporto Universitário sobre os novos rumos da Universíade 2019.

Atitude corajosa

O advogado paulista Alberto Murray Neto, pai de atletas da esgrima, disse o seguinte sobre a decisão extrema do futuro governador, Rollemberg, abrir mão dos Jogos Mundiais Universitários, em Brasília:

“Esse ato mostra a irresponsabilidade financeira com que são tratadas as questões do esporte no Brasil, aliada à megalomania dos políticos e dos dirigentes. É melhor mesmo cancelar, do que gastar dinheiro que não se tem com essa competição, aumentando o rombo financeiro estatal e, ainda por cima, sem que legal algum fosse deixado ao Distrito Federal e ao Brasil. Acho uma atitude corajosa do novo governo. Agnelo Queiróz foi o que de pior aconteceu para o esporte, enquanto foi Ministro, e foi um péssimo governador. O legado de Agnelo pela política é que ele serve de exemplo daquilo que não se deve fazer. Não deixou nenhuma política esportiva de Estado para o esporte nacional, enquanto teve todas as condições de fazê-lo.

Falta de respeito

“É lamentável que se trate um evento esportivo internacional como a Universíade como uma festa de menor importância. Assim como ocorreu em Porto Alegre, na década de 1960, Brasília poderia registrar a passagem de uma competição esportiva que deixaria um legado intangível para várias gerações. Falta de respeito para com a sociedade e o esporte. É assim que vejo essa volta atrás dos gestores brasilienses”, afirmou a jornalista, professora de educação física da USP e pós-doutorada em psicologia social, Kátia Rúbio.

Brasília perdeu um grande evento

Depoimento de Diego Chargal, da equipe brasileira de atletismo, especialista nos 800 metros.

“Em 2005 participei do Universíade, em Izmir, Turquia. Fui quinto na final dos 800m. Um ano antes, corri os 800m no Mundial Juvenil de Atletismo, em Grosseto, Itália. A maioria dos atletas, pelo menos dos 800m, estaria na Universíade no ano seguinte, o que demonstra a importância dessa competição. Não só atletas que recém saíram do juvenil participam dessa competição. Do Brasil, nessa edição italiana, tivemos vários atletas olímpicos, como a ginasta Daiane dos Santos, Nathalia Falavigna, do taekwondo, Fabiano Peçanha, do atletismo, que havia sido bronze no Pan em 2003 e acabará de correr o Mundial de Atletismo em Helsinki, e Matheus Inocêncio que foi finalista em nos 110m com barreiras nos Jogos Olímpicos de Sidney e no Mundial de Helsinki. Está claro que o nível das provas é fortíssimo na Universíade. Brasília passa por um momento complicado, com salários atrasados em diversos setores do serviço público, falta de medicamentos e acessórios nos hospitais, trânsito caótico e um estádio que vale mais do que um elefante branco. Mas Brasília perdeu um grande evento ao abrir mão dos Jogos Mundiais Universitários de 2019.”


Crise financeira obrigará Brasília abrir mão da sede da Universíade 2019
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José Cruz

Um dos primeiros atos do governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao assumir em 1º de janeiro, será informar oficialmente à Federação Internacional de Esporte Universitário (FISU) que Brasília declinará da realização dos Jogos Mundiais Universitários, as tradicionais Universíades, em 2019.

Motivo da desistência: o contrato de 23 milhões de euros (R$ 75 milhões), que seriam pagos à FISU pelo governo de Agnelo Queiroz, encerrando o mandato, não foi honrado.  A informação, obtida pelo blog, foi confirmada pelo jornalista Hélio Doyle, chefe da Casa Civil do futuro governador.

“Lamentamos tomar esta decisão, pois sabemos sobre a importância desses Jogos e o que isso poderia significar para a cidade. Mas enfrentamos uma situação financeira muito grave. Os problemas do Distrito Federal são muito sérios e merecem outras prioridades”, disse Doyle. DFFFFF

A direção da FISU foi informada, extraoficialmente, sobre a futura decisão. Porém, na página da entidade Brasília ainda aparece como cidade-sede para 2019.

A sede

Em 9 de novembro de 2013, Brasília conquistou a sede da Universíade. O anúncio foi na Bélgica, na presença do governador Agnelo Queiroz e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. A cidade não teve concorrente, pois Baku, no Azerbaijão, e Budapeste, na Hungria, retiraram suas candidaturas.

A dívida

Conforme a reportagem apurou, na data do anúncio a cidade-sede o governo do Distrito Federal deveria depositar 23 milhões de euros em favor da Fisu. O governador Agnelo Queiroz negociou para atender a essa exigência tão logo retornasse a Brasília, o que não ocorreu. No início deste ano houve novo acerto e o valor foi parcelado: 8 milhões de euros (R$26 milhões) este ano e 15 milhões de euros (R$ 16,3 milhões) no ano que vem, já sob novo governo.

Segundo uma fonte da área financeira do Governo do Distrito Federal, os 8 milhões de euros foram disponibilizados, mas o valor não chegou a ser repassado à Fisu, porque não havia garantias no orçamento de 2015 para pagar o saldo de 15 milhões de euros.  Se o repasse fosse realizado, o gestor responsável pela operação poderia ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, disse a mesma fonte.

O tempo passou e a dívida foi consagrada. Na eleição de outubro, Agnelo não chegou ao segundo turno, e os problemas financeiros do Governo do Distrito Federal se agravaram.

Desabafo

“Mais uma vez o esporte será sacrificado, e quem perde são os atletas, professores e a sociedade do Distrito Federal. Porém, temos que ter consciência de que o senhor Rollemberg está recebendo um governo com déficit de R$ 3,8 bilhões, e que não será fácil administrar a cidade sem dinheiro”, disse, a presidente do CREF 7 (Conselho Regional de Educação Física), Cristina Calegaro. Ela também vice-preside o Conselho de Educação Física e Desporto do Distrito Federal, órgão da Secretaria de Esportes.

Descontrole

A situação financeira de Brasília é de “descontrole”, afirmou o Ministério Público do Distrito Federal, e até a festa de réveillon, na Esplanada dos Ministérios, foi cancelada.

Conforme a imprensa tem noticiado, Rollemberg herdará de Agnelo um déficit de R$ 3,8 bilhões e gravíssimos problemas nas áreas de saúde, educação e transportes, principalmente. Há um mês a capital da República tem manifestações diárias de servidores que estão com salários atrasados até três meses. Faltam médicos, remédios e materiais básicos para cirurgias nos hospitais.

Os Jogos

Realizadas desde 1923, a Universíade é disputada a cada dois anos por até 12 mil atletas, inscritos em 16 modalidades. Nas edições mais recentes, 166 países enviaram delegações. O Brasil recebeu o evento apenas uma vez, em 1963, em Porto Alegre.

A reportagem tentou contato com autoridades do GDF, com o presidente da Confederação de Desporto Universitário e com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para comentarem sobre o assunto, mas não obteve retorno.


O desafio das águas
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José Cruz

Encerramos o ano esportivo no pódio internacional do surfe, feito inédito de Gabriel Medina, novo brasileiro campeão do mundo. 

Foi o quinto título mundial nesta temporada, fora dos ginásios, pistas e tatames. Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha venceram na maratona aquática. Martine Grael e Kahena Kunze são as melhores velejadoras do mundo.

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Rota dos descobridores, temos história no mar. “Mas o tratamos com desdém”, diz Lars Grael, duas medalhas olímpicas, das 17 que o Brasil conquistou na vela.

“O brasileiro paga caro para viver à beira da Lagoa (Rodrigo de Freitas, no Rio) ou de frente para o mar;  admira a paisagem, mas a cultura não passa da arrebentação das praias, ”  disse em entrevista ao Esporte Essencial.

Faz sentido. Mas, até na alimentação esnobamos o mar. Mesmo com essa imensidão de 8 mil quilômetros de litoral, o peixe ainda não faz parte da rotina de nossa dieta alimentar. Nem da merenda escolar de nossas escolas…

O título de Gabriel Medina chega como um alerta. Indica o desafio do potencial à nossa frente e incentiva nova escola no esporte marítimo.

Para saber mais:

Conheça a trajetória de Gabriel Medina


Metade dos estádios da Copa está fora da Série A do Brasileirão 2015
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José Cruz

Seis dos 12 estádios construídos para a Copa do Mundo estão em estados que não têm times na Série A do Campeonato Brasileiro de 2015: Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA), Castelão (CE), Arena da Amazônia (AM), Arena das Dunas (RN) E Arena Pantanal (MT).

Juntos, esses  estádios somam 314 mil lugares e consumiram investimentos de R$ 4,4 bilhões.

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A arena Fonte Nova (foto) foi a que perdeu possibilidade maior de receber times da primeira divisão, com a queda de Vitória e Bahia para a Série B de 2015. O estádio baiano tem capacidade para 50 mil torcedores e custou R$ 700 milhões.

A reportagem é de Dyelle Menezes e Thais Belat, do Contas Abertas. Aqui


O lado oculto da festa olímpica
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José Cruz

Agora está explicado: foi devido a uma manifestação, pacífica, que a SporTV mostrava apenas a cúpula do majestoso Teatro Municipal, local da festa dos melhores do esporte, na terça-feira, promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil.

A calçada da entrada principal dos atletas e autoridades estava tomada por faixas de alertas, como registrou reportagem do UOL Esporte. Exibir essas imagens numa noite de festa não caía bem, claro.

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       Foto: Pedro Ivo Almeida/UOL

Os manifestantes questionavam sobre os legados dos megaeventos esportivos, entre eles, a privatização do Maracanã, os fechamentos da pista de atletismo do Estádio Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, a transformação do Estádio de Remo da Lagoa em área comercial, etc.

Essas manifestações são oportunas, pois ao acreditarem nas promessas dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, atletas, técnicos e torcedores em geral foram iludidos: os espaços ficaram fechados, ociosos e até o Velódromo foi destruído. Já a pista de atletismo do Estádio Célio de Barros foi asfaltada para servir de estacionamento durante a Copa do Mundo, desalojando mais de 300 atletas e seus técnicos, até hoje.

Para saber mais:

https://www.facebook.com/ComitePopularCopaRJ?ref=ts&fref=ts

 https://m.facebook.com/profile.php?id=171897489617255&view=page


Senado também aprova MP da dívida dos clubes, mas Dilma deverá vetar
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José Cruz

A MP (Medida Provisória) 656, que trata de vários assuntos fiscais, entre eles o que beneficia os clubes de futebol no pagamento de suas dívidas para com o governo, foi aprovada no Senado, nesta madrugada, poucas horas depois de ter passado na Câmara dos Deputados. A votação foi simbólica, a maioria dos senadores não conheceu o conteúdo integral da MP, que acolheu nada menos do que 46 emendas.

A proposta vai à sanção da presidente Dilma Roussef, mas os artigos que tratam dos assuntos do futebol deverão ser vetados, como antecipou o jornalista Juca Kfouri.

Ao final de uma longa sessão para limpar a pauta e permitir o início do recesso parlamentar, o relator da MP, senador Romero Jucá (PMDB/RR), disse que o governo já tinha informado que “não tinha compromisso com essa proposta”, pois representa uma verdadeira anistia aos clubes devedores do INSS e Receita Federal.

Conforme a emenda apresentada pelo deputado Jovair Arantes (PTB/GO) e vice-presidente do Atlético Goianense os clubes terão 240 meses para pagar o calote ao fisco, com desconto de 70% nas multas e 30% nos juros.

Gambiarra

Juca Kfouri e Rodrigo Mattos, blogueiros do UOL Esporte, noticiaram ontem à tarde sobre a “gambiarra” de Jovair Arantes (PTB) driblando a articulação que o governo fazia com o Bom Senso Futebol Clube e cartolas, para acertar o pagamento da dívida fiscal das entidades esportivas.

Na prática, o deputado Jovair Arantes deu um “drible da vaca” na Comissão Especial do Proforte, que ele presidiu, para criar a “Lei de Responsabilidade Fiscal”. Durante seis meses, especialistas de todos os segmentos do futebol, jornalistas, inclusive, passaram por audiências públicas na Comissão, com depoimentos que permitiram ao deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) elaborar o relatório final aprovado e enviado à Mesa da Câmara.

Nos últimos meses, até a presidente Dilma envolveu-se no debate sobre o texto de Otávio Leite, que estava sendo adequado com propostas do Bom Senso FC e dos dirigentes dos clubes de futebol.

Porém, Jovair Arantes ignorou essa articulação, o trabalho da Comissão, as despesas com viagens com os depoentes e a própria participação de seus colegas no debate, para apresentar emenda isolada em uma medida provisória. O cartola-deputado traiu os objetivos da Comissão e sepultou o trabalho que presidiu.

Jovair sempre agiu na Comissão do Proforte como líder dos cartolas, ao lado de Vicente Cândido (PT/SP), vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. A dupla nunca escondeu que trabalhava para emplacar um projeto que beneficiasse exclusivamente os clubes devedores, sem que esses assumissem responsabilidades, como transparência em suas gestões financeiras, pagamentos de salários dos jogadores em dia, etc.