Blog do José Cruz

Arquivo : dezembro 2012

A Copa na casa da mãe joana
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José Cruz

Nos últimos dois dias discutimos sobre a prática de educação física nas escolas públicas, algo de valor que já tivemos, mas há muito desapareceu da grade curricular prejudicando significativamente a formação integral dos estudantes.

 Enquanto isso…

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, quer desviar R$ 500 milhões destinados à educação no orçamento de 2013 para não prejudicar projetos da Copa 2014.Resumidamente: o que era ruim tende piorar.

A estarrecedora notícia, do UOL, está aqui.

Márcio Lacerda, do PSB, mesmo partido do deputado Romário (RJ), foi reeleito para prefeitura de Belo Horizonte.

O que o prefeito quer fazer já ocorre em outras cidades, só que sem o ato oficial por ele sugerido, pois o que pretende fazer foge à lei municipal sobre educação.

Este fato deve ser analisado pelos eleitores. O prometido “legado” está chegando bem antes. Negativamente.

E ainda tem a Olimpíada 2016…

Agora vai.


Para incentivar o debate sobre a prática da EF na escola
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José Cruz

“… Isso é uma coisa que eu sempre senti falta no Brasil – o reconhecimento institucional para a ensinagem. Eu sempre dei muitas aulas, trabalhava feito louco, de segunda pela manhã até sexta a noite, ‘enfrentando’ centenas de aluninhos… Honestamente, poucas vezes deixei a peteca cair, sempre tentei manter uma atmosfera de ensinagem estimulante. Meus alunos reconheciam isto, sempre tive uma avaliação muito positiva por parte deles. Quando eu lecionava na saudosa Faculdade de Educação Fisica do Mackenzie, o meu mais-que-amigo-quase-irmão Marcos Merida, o diretor da época, volta e meia me chamava na sua salinha para mostrar as avaliações que os alunos faziam do meu trabalho… Ele ficava super- satisfeito, me dava uma super-força, mostrava como eu estava sempre entre os ‘top 3’ docentes daquela universidade. Mas era uma coisa pessoal dele, como o grande líder e educador entusiasta que sempre foi. Nunca houve um apoio institucional de fato para quem se sobressaísse na ensinagem.”

O texto completo sobre este assunto, cuja publicação foi sugerida pelo professor Archimedes Moura, está aqui e é de autoria de Jorge Knijini.

Jorge Knijnik, da  School of Education at University of Western Sydney, atua nas áreas de PDHPE (personal development, health and physical education), na formação de professores primarios (5-12 anos) e de professores para PDHPE no Ensino Medio (13 – 18). Jorge também é orientando alunos de doutorado nas temáticas de relações sociais no esporte e na Educação Física (gênero, etnia, raça), filosofia e da sociologia do esporte e da educação física.


Deputados fogem da discussão sobre a prática de educação física na escola
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José Cruz

Na sua penúltima reunião do ano, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados teve em pauta um dos mais importantes temas nesta preparação brasileira aos Jogos Olímpicos: a prática de educação física nas escolas.

Mas dos 21 deputados da Comissão apenas um, o paranaense João Arruda, PMDB, da Frente Parlamentar da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano compareceu. E estava lá como presidente da Mesa.

Nem  o assíduo deputado Romário ficou no local. Passou pela sala, assinou o livro de presença e se mandou. O ex-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, Afonso Hamm, fez o mesmo.

Computadores ligados e cadeiras vazias. As excelências  não compareceram para debater sobre educação física na escola

Pior

A reunião durou apenas uma hora, pois havia votação no plenário da Câmara. Pior para os convidados, especialistas que vieram a Brasília especialmente para discutir o tema, e as excelências ignoraram a valiosa contribuição.

Além dessa vergonhosa omissão, entristeceu saber que os ministérios do Esporte e da Educação “discutem o tema”, como informou André Arantes, representante do ministro Aldo Rebelo.

Em 2003, o então ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, reuniu-se com Cristovam Buarque, da Educação, e decidiram:

Vamos formar uma comissão para discutir sobre a prática educação física nas escolas”…

Há nove anos!!!!!  Dois governos!!! Três ministros do Esporte. Outro tanto da Educação…

E um ministério fica em frente ao outro. O da Educação é comandado pelo PT. O do Esporte pelo PCdoB.

Incompetência? Irresponsabilidade? Ambas?

Com o devido respeito ao André Arantes, ex-triatleta que honrou a categoria, profissional de educação física que conhece bem o assunto, mas isso que ele anunciou não dará em nada.

É perda de tempo, convesa para encher reunião esvaziada! O minisro Aldo Rebelo, repete os anteriores. Engana. Está preocupado com os estádios da Copa.

E o prejuízo fica na piora do rendimento escolar, na vergonhosa qualidade de ensino básico e no desperdício de oportunidades para a melhor formação de nossas crianças.

Memória

O presidente do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, lembrou que “educação física na escola” foi exaustivamente debatido nas três conferências nacionais do esporte, a partir de discussões na base, nos municípios. Passou pelos estados e veio à plenária em Brasília.

Aqui, decidiram da rumos ao tema. Mas os Ministérios do Esporte e da Educação não estão nem aí para essas conferências. Elas servem para marketing, para mostrar que houve “discussão democrática”. Utopias da ilusão…

O atraso da educação no Brasil é evidente. A ausência da educação física no contexto da formação da intelectualidade dos jovens é tão real quanto as reuniões de mentirinha para resolver o assunto.

Mas somos um país olímpico.

Bah!


Desafios da Copa: Brasil perde para o Uruguai no ranking do turismo
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José Cruz

Preço de passagens aéreas provoca prejuízos ao esporte

 O turismo interno durante os megaeventos esportivos, de 2013 a 2016 estão ameaçados no Brasil.

O alerta foi feito na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, durante audiência pública, ontem, com representantes do setor.

O representante da Confederação Nacional de Turismo, Jorge Osório Naves, denunciou que o Brasil “empacou” em cinco milhões de turistas nos últimos vinte anos. Isto é, há duas décadas não há crescimento no ingresso de estrangeiros no Brasil.

O problema é grave e ocorre principalmente devido o elevado preço das passagens aéreas internas.

Exemplo

Exemplo recente foi apresentado pelo secretário de Esporte de Alagoas, Jorge Lins.

“A variação dos preços das passagens aéreas deixou a delegação de Alagoas fora das Olimpíadas Escolares, encerradas no sábado, em Cuiabá. As passagens, cotadas inicialmente em R$ 700,00 subiram repentinamente para R$ 4.500,00 cada uma, inviabilizando a viagem da delegação para a etapa das Olimpíadas, categoria 15 a 17 anos”, afirmou o secretário.

Ranking

O preço das passagens é um dos motivos que coloca o Brasil em quarto lugar na América do Sul entre os países que mais recebem turistas.

“Estamos atrás do Chile, Argentina e até do Uruguai”  – os três primeiros – disse José Osório Naves, representante da Confederação Nacional de Turismo.

“No ranking das Américas estamos em nono lugar. O governo precisa agir” afirmou Osório Naves, sugerindo que o país poderá ter prejuízos durante os megaeventos esportivos, a partir de 2013, com a Copa das Confederações.

O deputado Francsico Escórcio (PMDB/MA), que promoveu a audiência pública, manterá o assunto na pauta da Comissão de Turismo e Desporte no próximo ano.


O esporte dos espertos, do colapso ao lucro
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José Cruz

Lamentavelmente, a crítica de Roger Federer, verdadeira e vexatória, reforçará a tese do governador Geraldo Alckmin, de que o Ibirapuera deve, sim, ser privatizado, pois o Estado já se mostrou incompetente para sua manutenção. Isso é inacreditável num país olímpico…

 No milionário evento de tênis em São Paulo, com Roger Federer brilhando simpaticamente, os ingressos variaram de R$ 500,00 a R$ 900,00.

É isso que o presidente da Confederação de Tênis, Jorge Rosa, chama de “popularização do esporte”, onde entra, inclusive, patrocínio dos Correios. Dinheiro público!

A primeira vergonha imposta ao país olímpico veio dos organizadores à falta de estrutura do ginásio do Ibirapuera para receber evento desse porte, com calor insuportável, sem conforto e espaço apertado para quem trabalhava.

Pior:

E do tenista maior, Roger Federer, veio a principal crítica  – curta, mas vergonhosa:

“É velho e falta espaço”, resumiu o suíço, referindo-se ao histórico ginásio onde reinou.

A reportagem sobre o assunto, no UOL,  é do repórter Rafael Krieger.

Vexame internacional

Isso não é novidade no Brasil.

Outro vexame internacional ocorreu este ano no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, durante o Mundial de Patinação Artística.

As goteiras despejavam água na pista de competição, que reunia a elite de atletas de 30 países. As imagens dessa irresponsabilidade do governo local ganharam o mundo.

De Brasília para as praças do Pan 2007, que também abandonadas por bom tempo. Faltaram políticas de governos e calendário atrativo de competições. E o tal legado saiu pela culatra…

Realidade

Agora, o episódio do Ginásio do Ibirapuera é mais um capítulo deste país olímpico de projetos emergenciais, tipo “faz agora que a gente derruba depois”.

O governo é bonzinho. E paga …

Lamentavelmente, a crítica de Roger Federer, verdadeira e vexatória, reforçará a tese do governador Geraldo Alckmin, de que o Ibirapuera deve, sim, ser privatizado, pois o Estado já se mostrou incompetente para sua manutenção. Isso é inacreditável num país olímpico…

O mesmo ocorre com alguns dos principais estádios para a Copa, como o de Brasília.

Primeiro, o dinheiro público financia a obra integral, prejudicando projetos de interesses sociais.

Depois, a iniciativa privada entrará em campo. E terá lucro, claro.

O governo, como disse, é bonzinho…

Outro recurso é o do construir errado para demolir e fazer outro velódromo, por exemplo. O prejuízo público refletetirá, dez vezes mais,  no lucro crescente dos espertos.

Afinal, não são as empreiteiras as principais financiadoras de campanhas eleitorais? O ciclo da torneira pública passa por aí.

E ninguém responde por essas barbaridades e nem o governo federal se mexe.

Atletas? Bah! Deixa pra lá. Federer, lá de fora, fala pelos nossos…

Que vergonha!

Quem sabe,  tivéssemos um Ministério do Esporte, um Conselho Nacional do Esporte, uma Comissão de Esporte na Câmara, outra no Senado…

Sugestão de leitura

http://albertomurray.wordpress.com/


Torben Grael critica preparação para os Jogos Rio 2016
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José Cruz

“Apoiei bastante o Rio enquanto cidade candidato porque achei que haveria de fato uma mudança no esporte no Brasil. Mas não houve. Estamos vendo obras, investimento em estádios e estrutura, mas não vejo mudança no patamar do esporte em si. Acho que isso só virá com o esporte nas escolas e o melhor uso de estruturas ociosas”.

Torben Grael, em entrevista a Helena Rebello, em O Globo, na semana passada, que repercuto porque vem de um dos mais premiados atletas brasileiros e confirma o escrevo há bom tempo.

Torben tem cinco medalhas olímpicas e é campeão da regata Volta ao Mundo-2009. Tem autoridade para analisar este momento donosso esporte diante dos megaeventos.

E demonstra como estamos no mesmo caminho do Pan 2007, principalmente pela falta de iniciativas na base e projetos públicos de atividades físicas na escola.

Confira a entrevista


Perpetuação dos cartolas: alternativas legais para mudar a regra do jogo
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José Cruz

Por Alan Pessotti

Hoje, discute-se muito a perpetuação dos dirigentes nas entidades de administração esportivas (federações, confederações e comitês) e de prática esportiva (clubes). Fala-se em projetos de lei que limitariam o número de reeleições permitidas.

A intenção é excelente,  mas deve-se ter muito cuidado para que as medidas não sejam legalmente ineficazes, simplesmente por serem inconstitucionais, vejamos o texto da Constituição Federal:

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
I – a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

Analisando o texto constitucional, percebemos que cabe a cada entidade a sua administração, que seria o gerenciamento em si, e a organização, dada pelos seus estatutos.

São entidades privadas e o poder público não pode interferir nestes aspectos, nem através de uma lei, pois esta independência é garantida constitucionalmente.

Uma lei no sentido de limitar as reeleições seria um esforço em vão, pois no dia seguinte estaria com os efeitos suspensos liminarmente no STF.

Também fala-se em limitar as reeleições nos clubes. Isso vejo como absolutamente impossível, pois os clubes têm um caráter muito mais privado do que as federações, pertencem aos sócios, que definem os seus estatutos.

Qualquer tentativa nesse sentido seria ainda mais inconstitucional por ferir o direito de propriedade.

Alternativa

Uma das soluções seria uma emenda constitucional, modificando o art. 217, limitando o número de reeleições. Como o tempo urge em relação aos eventos vindouros, não seria o ideal, por ter uma tramitação muito mais demorada, e quando viesse a ser aprovada o dinheiro público já teria ido todo pelo ralo. Mas nada impede que a emenda seja feita a médio prazo.

O que poderia ser feito em relação às entidades de administração esportiva é uma lei que vedasse o repasse de verbas públicas – da administração direta, indireta, patrocínios de empresas públicas e sociedades de economia mista, além de incentivos fiscais – a entidades que permitissem mais de uma reeleição.

Outra medida não necessitaria de nenhuma lei, bastaria que os Tribunais de Contas e o Ministério Público apertassem a fiscalização pois praticamente todas estas entidades têm mais de 50% de sua receita proveniente do dinheiro público, o que faz com que sejam enquadradas na lei de improbidade administrativa.

Como disse acima, quanto aos clubes, não haveria como controlar os seus aspectos internos. O que poderia ser feito é regulamentar a aprovação de incentivos fiscais a clubes inadimplentes com o Estado.

Hoje, o clube deve estar com suas contas em dia para terem estes incentivos aprovados, mas muito conseguem as verbas através de entidades fantasmas, como ONGs, OSCIPs e associações.

Uma idéia que também poderia ser inserida em um novo projeto de lei seria a obrigatoriedade de concurso público para os funcionários das entidades desportivas que tenham verbas públicas que concorram em mais de 50% de seu faturamento. Seriam funcionário celetistas, qualificados, estáveis e, teoricamente, imunes às mudanças políticas.

Claro que ainda haveriam os cargos de livre nomeação pelo presidente, gente de sua confiança que comporia a diretoria e importantes para a sua administração.

Outra obrigatoriedade para estes funcionários seria respeitar o teto salarial do funcionalismo público, tendo em vista que os seus salários são pagos com o dinheiro público.

Conclui-se que a solução seria asfixiar financeiramente estas entidades através de mecanismos legais. Sem dinheiro não haveria uma vontade altruística de perpetuação. E que os patrocínios aos atletas sejam pagos diretamente a estes, sem passar pelas federações e confederações.

Assim, quem realmente faz o esporte não sairia prejudicado.

O autor é ex-atleta e advogado especialista em assuntos do esporte

 


Grêmio inaugura Arena, mas acesso para o torcedor ainda é precário
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José Cruz

 

Na onda de construções de estádios de futebol quem sai na frente das inaugurações é o Grêmio, que neste sábado abre os portões de sua arena de 60 mil lugares, em jogo com o Hamburgo.

O evento revive a final do Mundial de 1983, quando o Tricolor gaúcho sagrou-se campeão.

Ironicamente, o primeiro grande estádio inaugurado na pré-Copa não receberá jogos do Munidal de Futebol. Custou em torno de R$ 700 milhões e foi construído em dois anos e meio, dentro dos exigentes “padrões Fifa”.

Luxuosa e confortável, a Arena do Grêmio está no bairro Humaitá, saída norte de Porto Alegre, às margens de uma importante rodovia que leva ao litoral gaúcho.

Mobilidade

Porém, a novidade evidencia o que há muito a imprensa noticia: as obras de infraestrutura e de mobilidade, competência dos governos municipal, estadual e federal, não acompanham o ritmo da construção dos novos estádios.

Os seguidos relatórios do Tribunal de Contas da União também alertam para a gravidade desses atrasos.

Atenção

A direção do Grêmio e engenharia de trânsito orientam que o torcedor não vá de carro à festa de inauguração da Arena, porque o complexo viário da região não foi concluído.

Observe na foto que as rampas de acesso às elevadas ainda não existem, o que dificultará o trânsito em toda a área do estádio …

 

 

Extra-oficialmente, a Prefeitura de Porto Alegre investirá R$ 15 milhões em obras de mobilidade nos acessos ao bairro Humaitá: pavimentação, drenagem, sinalização, esgoto e iluminação estão no projeto.

Mas a Prefeitura da capital gaúcha precisará negociar  indenizações para a retirada de moradores do bairro, a fim de poder duplicar vias de  acesso ao bairro onde está a Arena do Grêmio.

Assim, a festa de inauguração, que tanto orgulha sua torcida, não será completa, pois esbarra nos entraves burocráticos da política e administração públicas.

Diante dessa realidade, é inevitável escancarar a expressão que se tornou marca registrada dos atrasos das obras para os megaevento esportivo:  “Imagina na Copa…”

Para saber mais:

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/12/08/gremio-inicia-nova-era-e-inaugura-arena-com-festa-e-confronto-historico.htm

http://arena.gremio.net/#!/home?foto=5551

http://lauricioreinheimer.blogspot.com.br/

 


Confederação de Ginástica promove eleição, mas esconde informações
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José Cruz

A Confederação Brasileira de Ginástica realiza hoje e amanhã sua assembleia geral para eleição de diretoria.

A atual presidente, Maria Luciene Cacho Resende, eleita em 2008, disputará a reeleição. Marco Martins, da Federação de Brasília concorre pela oposição.

A assembleia geral e eleição são os principais momentos de demonstração da democracia esportiva de uma entidade, que deve orgulhar seus atletas, principalmente.

E a ginástica, modalidade que por sua beleza e atuação de nossos atletas conquistou o torcedor brasileiro, também valorizada pelo ouro olímpico de Arthur Zanetti nos Jogos de Londres, torna-se opaca e suspeita na sua gestão.

Na página da Confederação não há qualquer referência sobre a assembleia de amanhã.

A CBG não leva aos seus atletas e admiradores informações sobre este importante momento na vida administrativa da entidade.

Nem o edital de convocação de assembleia foi publicado. Nem notícia de sua assessoria de imprensa. Nada!

Patrocinada pela Caixa Econômica Federal e Sadia, a Confederação recebe, também, recursos do Comitê Olímpico Brasileiro (Lei Piva) e do Ministério do Esporte.

Procurei na página da Confederação os valores recebidos nesta temporada. Procurei os últimos balanços financeiros. Nenhum registro. Muito estranho!

Também por isso, a gestão de Maria Luciene está sendo contestada por dirigentes estaduais, fazendo-se prever um pleito tumultuado em Sergipe, sede da Confederação.

Recebi documentos mostrando dezenas de irregularidades na atual gestão, mas preciso analisá-los antes de publicar.

Mas a forma escondida como a assembleia está sendo realizada, longe da divulgação pública, já é indício de que alguma coisa não vai bem por aquelas bandas. E o mais estranho é que o estatuto da Confederação mantenha esta barbaridade: eleição amanhã, prestação de contas só em fevereiro…


Romário convida algoz de Ricardo Teixeira para conversa em Brasília
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José Cruz

 A iniciativa do deputado Romário de instalar a CPI para investigar a CBF ganhará reforço de expressão internacional, na próxima semana, com a visita do jornalista britânico Andrew Jennings a Brasília.   Repórter investigativo, Jennings descobriu o processo de corrupção contra a FIFA, na Suíça, envolvendo a ISL, antiga agência de marketing da entidade, e suspeita de ter pago propina a dirigentes esportivos.   O escândalo provocou a queda de Ricardo Teixeira da CBF e a renúncia de João Havelange do Comitê Olímpico Internacional.  

 ”Ai meu Deus do céu!!! Esse Baixinho quer atrabalhar mais a minha pobre… vida !!!”

Em visita ao país para compromisso em São Paulo, Jennings virá a Brasília a convite de Romário e promete “novidades” sobre os bastidores da Copa do Mundo, principalmente, sobre o esquema de venda de ingressos para o evento de 2014, no Brasil.

Outro ponto a ser discutido  será a ligação de Ricardo Teixeira com a atual cúpula da CBF.   A visita de Andrew Jennings retribui a de Romário, em julho, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Londres, quando o deputado concedeu longa entrevista ao jornalista.   Insistência Apesar da proximidade do recesso parlamentar, Romário insiste na aprovação da CPI da CBF, mesmo reconhecendo que há outros temas importantes na pauta do Legislativo, como a votação do Orçamento da União para 2013, fim da CPI do Cachoeira e os mais recentes escândalos políticos.   Pode ser que com este reforço o presidente da Câmara, Marco Maia, se convença da necessidade de investigar a CBF e abrir a caixa-preta que esconde segredos do nosso futebol, atualizando os dados de 2001, quando foram identificadas evasões de divisas, sonegação fiscal e outras corrupções que ficaram impunes.