Blog do José Cruz

Arquivo : setembro 2012

Governo assume o comando do esporte de alto rendimento
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José Cruz

Banco do Nordeste patrocinará o triatlo. Olimpíadas Escolar e Universitária voltarão ao comando do governo  para reativar os antigos JEBs e JUBs

Notícias rápidas

Os esportes olímpico e paraolímpico terão R$ 1 bilhão de dinheiro novo para projetos específicos, entre 2013 e 2016. Isto é, recurso que será somado aos já existentes de  várias fontes, como orçamento da União, Lei de Incentivo, patrocínio estatal etc.

A notícia completa do lançamento do “Plano Brasil Medalhas 2016” está aqui.

O Banco do Nordeste (BNB) é a nova estatal que se integra às demais (BB,  Caixa, Petrobras, Infraero, Correios, Eletrobras e BNDES) e investirá no triatlo.

A Bolsa Atleta se expandirá a partir de 2013. O programa ganhou a Bolsa-Pódio e a Bolsa-Técnico, que pagarão até R$ 15 mil e R$ 10 mil mensais, respectivamente.Treinador, preparador físico, nutricionista, fisioterapeuta etc terão direito à Bolsa.

Porém, uma comissão do Ministério do Esporte analisará caso a caso para evitar a concentração de muitos recursos nas mãos de poucos. Atletas com patrocínios valorizados poderão ser excluídos da Bolsa-Pódio.

Por ordem da presidente Dilma Rousseff o nome “paraolímpico” está consagrado. Nada de “paralímpico”, por mais oficial que seja. O banner exposto no Palácio do Planalto tem grafia antiga. “Não mudaram?” – indaguei a uma autoridade do governo.

– Não, ordem da chefe.

As Olimpíada Escolar e a Universitária, sob o comando do COB, voltarão a ser eventos  vinculados ao governo, os ministérios da Educação e o do Esporte.

Os atletas paraolímpicos – sétimo lugar no ranking mundial – foram os donos da festa de hoje à tarde na sede do governo, embalados por um discurso emocionado do presidente do Comitê Paraolímpico, Andrew Parsons, que não foi aplaudido, mas ovacionado.

Agora, os detalhes

Se havia alguma dúvida sobre quem mandava no esporte nacional, hoje ficou muito claro que é a pasta de Aldo Rebelo.

Ao anunciar as metas do governo para o próximo ciclo olímpico, que culminará com os Jogos do Rio 2016, ficou explícito que o Ministério do Esporte comandará as ações, analisará os projetos e liberará a verba ou não. O governo levou nove anos para bater o martelo dessa medida, mas afirma que a gestão dos recursos será de forma integrada com os demais órgãos do Sistema Nacional do Esporte.

Com isso, acabam as dúvidas e insinuações de que o COB era o Ministério do Esporte. Não é, e isso sugere novo endereço de cobranças.

Se criticavam Carlos Arthur Nuzman pelo frágil desenvolvimento do esporte nacional, agora a responsabilidade dos projetos para formação de atletas tem novo domicílio, a Esplanada dos Ministérios.

Isso quer dizer que para 2016 o Comitê Olímpico se limitará a formar a delegação para os Jogos. A preparação dos atletas terá a forte participação do Ministério do Esporte.

Seriam essas medidas alertas para que o governo também mude a destinação dos recursos da Lei Agnelo Piva, passando a verba ao comando do Ministério do Esporte e não mais dos comitês Olímpico e Paraolímpico?

Apoio de estatais

Ao todo, oito empresas estatais apoiarão modalidades esportivas:

Banco do Brasil: vela, vôlei de praia, vôlei e pentatlo moderno

Banco do Brasil e Correios: handebol

Banco do Nordeste (BNB): triatlo

BNDES: canoagem e hipismo

Caixa: atletismo, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica, lutas, paraolímpicos e tiro

Correios: natação, águas abertas (maratona aquática) e tênis

Eletrobras: basquetebol

Infraero e Petrobras: judô

Petrobras: boxe e taekwondo


Bolsa Atleta de 2011 ainda não foi paga
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José Cruz

  Burocracia do Ministério do Esporte atinge atletas não-olímpicos

 Um leitor me enviou a seguinte mensagem:

O governo anuncia hoje nova Bolsa Atleta para os olímpicos e paraolímpicos, com valores altíssimos.  Mas até hoje a Bolsa de 2011 não foi paga aos atletas não-olímpicos (karatê, beisebol, patinação artística, rugby etc)“.

Entenderam?

O governo está de olho em 2016, mas ignora os atletas campeões nos Jogos Pan-Americanos,  como se eles não integrassem o sistema esportivo nacional ou estivessem burlando a Lei da Bolsa. Pior: nem saiu a lista dos contemplados !!!

Burocracia?

Vejam só: os atletas se inscreveram em 2011 apresentando resultados de 2010 e, até agora, setembro de 2012… nada! Afinal, é burocracia do Ministério ou falta de dinheiro para honrar a legislação?

Como um atleta pode fazer sua programação de treinos, academia, viagens, competições, compra de equipamentos ?

É possível que quando o Ministério começar a pagar muitos atletas já tenham encerrado suas carreiras. E quem fiscaliza isso?

Esse indício de desperdício exige atuação do Tribunal de Contas da União, pois esse calote oficial o governo não considera  como “atraso”.

Porque, se ninguém foi contemplado, se a lista não foi divulgada não há a obrigação de pagar, mesmo que esse processo demore anos para ser concluído.

Sinceramente, com raciocínios assim dá para entender como somos um “país olímpico”?

 


Plano Medalhas 2016: caixinha de surpresas?
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José Cruz

Expectativa para o lançamento do “Plano Brasil Medalhas 2016, pela presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, em Brasília.

Só o título –  “Brasil Medalhas 2016” – já sugere que é um plano emergencial. Vão tentar “fabricar” atleta para que o país não dê vexame nos Jogos Olímpicos do Rio.

Como já se comentou, a meta do Ministério do Esporte é estar entre os 10 primeiros países olímpicos. Para isso, precisará dobrar as medalhas que conquistou em Londres, 17, para  superar a Austrália, atual 10ª colocada, com 35 pódios.

Ora, se o Brasil evoluiu apenas uma posição entre os Jogos de 2008 e 2012 – do 23º para o 22º lugar, como subir 12 em apenas um ciclo olímpico?

O que temos em meio à festa que se prepara para o lançamento do Plano é o atestado de perda de tempo. Ou incompetência e irresponsabilidade dos ministros anteriores, Agnelo Queiroz e Orlando Silva. E omissão dos demais órgãos do esporte, que nesse tempo se preocuparam mais em pegar a grana que sumiu…

Não podemos esquecer que nos últimos quatro anos o esporte de rendimento no país foi contemplado com R$ 6 bilhões, distribuídos entre clubes, federações, confederações, associações e comitês Olímpico e Paraolímpico.

O PCdoB está há nove anos no Ministério do Esporte. Sabe há cinco anos que o Rio será a sede dos Jogos 2016 e só agora, no aperto, apresentará um plano nacional para o setor?

E quem elaborou o tal “Brasil Medalhas 2016”? Os intelectuais-burocratas e filósofos do Ministério do Esporte? a comunidade esportiva? O Conselho Nacional do Esporte? A Conferência Nacional do Esporte que já discutiu o assunto em três assembleias? E o Comitê Olímpico, participou dessa discussão?

Conforme a manifestação do ministro Aldo Rebelo, no programa Juca Entrevista, ficou a suspeita de que Ministério e COB não estão afinados. E isso é grave e perigoso para a estrutura do Sistema Nacional do Esporte e, principalmente, para a democracia do esporte.

Por maior que seja a autoridade do governo no sistema e por ser, também, o principal financiador das campanhas, ainda assim um plano precisa ser resultado de debates abertps e não de imposições autoritárias.

Vamos aguardar o plano e ver a solenidade no Planalto para melhor avaliar esse quadro.


Presidente Dilma lançará “Plano Medalha” na quinta-feira, de olho nos Jogos Rio 2016
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José Cruz

Vem aí mais R$ 1 bilhão para o esporte

Atualizado em 12 de setembro, às 8h

O governo federal investirá R$ 1 bilhão, segundo a Folha de S.Paulo, na preparação da equipe olímpica e paraolímpica aos Jogos 2016.

O “Plano Medalha” será lançado pela presidente Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira, em Brasília, às 15h.

O Ministério do Esporte não divulgou detalhes do Plano, mas ele constará do anúncio de recursos financeiros para aplicar na aquisição de equipamentos, financiamento de projetos das confederações e manutenção de centros de treinamentos.

Bolsas

A principal expectativa é para as novas modalidades de Bolsas. Está confirmado o anúncio da Bolsa Pódio, para atletas que estiverem entre os 20 melhores do ranking mundial.

O valor ainda é desconhecido, mas o projeto original elaborado pelo Ministério do Esporte previa o pagamento mensal de R$ 15 mil.

Outros profissionais do esporte também serão contemplados com Bolsas, como os técnicos, fisitoerapeutas etc.

O objetivo do Plano Medalha é colocar o Brasil entre os 10 primeiros países olímpicos já nos Jogos 2016, tarefa difícil, pois será preciso evoluir 13 posições.

Cálculos do Comitê Olímpico indicam que o Brasil precisará ganhar medalhas que já tem tradição de pódio – natação, judô, vôlei etc – e em mais seis modalidades.

O “Plano Medalha” será executado a partir de janeiro de 2013.


DF registra mais três assassinatos em centro de menores
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José Cruz

Enquanto o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, visitava as obras do estádio Mané Garrincha, com representantes da Fifa, no sábado, o brasiliense Ronald Ferreira de Barros era enterrado no cemitério local.

Ronald tinha 15 anos. Ele morreu assassinado no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), que é o local para recuperar jovens infratores. Reparem: “para recuperar infratores…”

Foi a terceira morte de menores em 20 dias. A segunda em uma semana.

O Caje é responsabilidade do Governo do Distrito Federal, que não consegue dar segurança às crianças infratoras que têm sob sua guarda.

Entre janeiro e setembro de 2011 foram registradas  4.133 infrações de menores na cidade, média de 15 ataques por dia.

Adolescentes armados se espalham pelas ruas do Distrito Federal e deixam um rastro de medo por onde passam. Cada vez mais a juventude se envolve em delitos na capital do país”, conforme reportagem do Correio Braziliense daquele ano.

Enquanto isso…

O mesmo governo gasta R$ 1 bilhão na obra de um estádio de futebol, cuja transparência mas despesas é zero.


Adriano, Patrícia e o “mensalão” explícito
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José Cruz

Na semana passada, Adriano faltou ao treino no Flamengo por bom motivo: churrasco. Barbaridade!

Na mesma semana, repórteres da ESPN divulgaram que a presidente do Fla, Patrícia Amorim, vereadora há 12 anos pelo PMDB, empregou em seu gabinete, na Câmara do Rio, 25 pessoas ligadas ao clube.

Entre os assessores estava Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal. Cabide de empregos explícito.

E daí? Daí que o churrasco repercutiu muito mais.

 O torcedor-contribuinte, que paga vereadores, deputados, senadores, prefeitos e tudo o mais, ignorou essa barbaridade de uma política-presidente usar a verba pública para pagar funcionários do clube que dirige!!!

Outro dia, escrevi sobre as suspeitas do “mensalão do esporte”.

Pois aí está uma prova evidente de como o dinheiro público sustenta a suspeita folha de pagamento do Flamengo. Essa é uma forma de o político driblar o contribuinte e usar a grana de forma ilegal, imoral, até.

E não vi na imprensa qualquer reação da Mesa diretora da Câmara de Vereadores do Rio.

Enquanto isso…

No sábado, o excelente cronista Bernardo Scartezini comentou sobre este assunto em sua coluna, no Correio Braziliense.

Ele escreveu assim:

“O mais curioso nesse episódio é como a crônica desportiva repercutiu tão pouco o que me parecer ser – mais um – notável escândalo de Patrícia Amorim.

Desta vez, um escândalo que resvala também na vida pública, em dinheiro público, e que afeta todo cidadão carioca, que não se limita aos muros aos cofres do Flamengo.

Taí uma caixa de Pandora – perdão ao ex-governador Arruda pelo uso da expressão – que ainda vai levar muito tempo para ser aberta: as ligações entre futebol e política

Porque é bem mais fácil falar do Adriano pinguço, não é mesmo?”


Paraolímpicos tiveram R$ 131 milhões para a campanha de Londres
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José Cruz

Em sétimo lugar, O Brasil paraolímpico sai vitorioso dos Jogos de Londres. Evoluiu duas posições comparativamente aos Jogos de Pequim, em 2008, com cinco medalhas de ouro a mais (21 x 16). Veja o quadro final.

Orçamento

Para a campanha, o Comitê Paraolímpico Brasileiro trabalhou com orçamento de R$ 131,5 milhões entre os anos de 2009 e junho de 2012, conforme levantamento que realizei com a equipe da Associação Contas Abertas junto aos órgãos financiadores e documentos oficiais, como Orçamento do Ministério do Esporte. 

FONTES            (Em R$ milhões)

Ministério do Esporte

22,1

Lei Agnelo Piva

63,8

Lei Agnelo Piva

7,4

Estatais

38,2

TOTAL

      131,5

 

No mesmo período, o Comitê Olímpico recebeu R$ 1,3 bilhão. Não faço comparações entre receitas e resultados por se tratarem de modalidades e gestões e adversários completamente distintos.

Mas deve-se considerar as dificulades para o desenvolvimento do paraolímpismo no país a partir da identificação de atletas, convencimento para ingressar no esporte, limitações dos espaços para a prática, alto custo de equipamentos e reduzido número de técnicos especialistas.

História

E 2000, quando fez a primeira grande campanha, em Sydney, os brasileiros ficaram em 37º lugar, com 22 medalhas (seis de ouro, dez de prata e seis de bronze).

Agora, 12 anos depois, evoluíram 30 posições. E, mesmo com 43 pódios no total  – foram 47 em Pequim –, a equipe nacional teve cinco medalhas de ouro a mais, candidatando-se ao “top five” nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.


Jogos Paraolímpicos terminam neste domingo. Mas não é Paralímpico?
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José Cruz

Com autoridade de especialista, o professor Pasquale Cipro Neto publicou recente artigo na Folha de S.Paulo  sobre a mudança de “Paraolímpico” para “Paralímpico”. A leitura, sugerida pelo leitor Juca Leite, é indispensável.

O assunto se tornou tão grave que leitores me escreveram indignados por eu ter optado pela terminologia oficial do “Comitê Paralímpico Brasileiro”.

Questionei a opção do debate enquanto deixamos de lado problemas maiores da modalidade, apesar de sua excelente campanha nos Jogos de Londres.

Assim, para não ignorar o assunto trazido pelos leitores rendo-me aos argumentos do Professor Pasquale e publico seu artigo para que os leitores melhor entendam a confusão em que me meti.

Para encerrar, volto a adotar a terminologia anterior, seguindo o UOL Esporte em seus textos.

Espero que agora possamos discutir os reais problemas do paraolimpismo brasileiro, enquanto aplaudimos suas glórias.


Paralímpicos fazem a alegria do esporte: Shirlene bate recorde mundial no último dia de provas
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José Cruz

O Brasil paralímpico começou no pódio o último dia de competições nos Jogos de Londres.

A brasiliense Shirlene Coelho conquistou a medalha de ouro no lançamento de dardo da classe T37/38 (paralisados cerebrais ambulantes).

Ela bateu o próprio recorde mundial. Com 37,76 superou os 35,95  que  havia registrado em Pequim, há quatro anos.

Shirlene faz um trabalho isolado e no anonimato, sob a orientação do professor Domingos Antônio Camargo Guimarães, o Mingo, que ficou numa “felicidade absurda” ao acompanhar o desempenho de sua atleta pela TV, em Brasília.

 

Enquanto isso…

Hoje o Brasil disputa as últimas chances de medalhas os Jogos de Londres: atletismo, natação, bocha e futebol de sete.

Os brasileiros estão em oitavo lugar no quadro de medalhas. Foram nono em Pequim 2008.

Mas há possibilidades de desbancarem a Alemanha do sétimo lugar.

Acompanhe os paralípicos pelo twitter acessando o site do Comitê Paralímpico Brasileiro: www.cpb.org.br


Calote de 15 clubes é de R$ 3,3 bilhões
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José Cruz

As dívidas trabalhista, bancária e fiscal de 15 dos principais clubes brasileiros são de R$ 3,3 bilhões, conforme dados da BDO Brasil, de maio, em reportagem do Super Esportes do Correio Braziliense. O levantamento foi realizado com base nos balanços dos clubes.

Reportagem

Assinada por Braitner Moreira e Vítor Moraes, a reportagem do últio dia 2 se reporta às denúncias que aqui foram feitas mostrando que, mesmo diante de várias tentativas do governo federal para negociar a dívida, os dirigentes dos clubes não honraram os compromissos fiscais –  Imposto de Renda, INSS e FGTS.

DÍVIDA CRESCENTE – Valores em R$ milhões

CLUBE

2007

2011

AUMENTO

Botafogo

213,9

563,9

163,60%

Fluminense

275,8

404,9

46,80%

Vasconão declarou

386,9

Atletico-MG

207,6

367,6

77,10%

Flamengo

271,3

355,5

31%

Palmeiras

59,1

245,3

315,10%

Santos

115,6

207,7

79,70%

Grêmio

105

198,9

89,40%

Internacional

121,1

197,4

63%

Corinthians

101,5

178,5

75,90%

São Paulo

51,6

158,5

207,20%

Portuguesa

118,3

138,3

16,90%

Cruzeiro

97,7

120,3

23,10%

Coritiba

50,2

111

121,10%

Ponte Preta

43,1

105

143,60%

 Paulistas

Observem que os dois clubes que tiveram maior crescimento da dívida nos últimos quatro anos são paulistas: o Palmeiras, com 315% e o São Paulo FC com 207%.
Mas, há três meses, a diretoria do São Paulo foi a única que respondeu às consultas que fiz apresentando certidões negativas dos credores (Receita Federal, INSS e Imposto de Renda). Isso significa que está em dia com o fisco.

Os demais estão “inadimplentes”, isto é, não podem receber verbas públicas.

Conselheiro

A mesma reportagem do Correio Braziliense (“Sua dívida por uma canetada”) tem artigo de Gustavo Marcondes, onde faz revelação interessante.

O deputado Vicente Cândido (PT/SP), que defende o perdão dessa dívida bilionária, com o apoio do ministro do Esporte, Aldo Rebelo(PCdoB/SP), é conselheiro do Corinthians, que deve R$ 178 milhões aos cofres públicos. Fora os benefícios do Govero do Estado ao estádio em construção…

Já o deputado baiano, José Rocha, presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, tenta salvar a pátria:

“Se os clubes estão devendo, têm que pagar”, disse aos repórteres do Correio.

Finalmente

O assunto poderá ser levado á consideração da presidente Dilma Rousseff para que ela dê aval ao calote proposto por Cândido.

A presidente que, ontem, em pronunciamento à nação, se orgulhou afirmar que o Brasil é um país bem sucedido graças, também, ao “equilíbrio fiscal” de seu governo.