Rio 2016: reforma da pista do Engenhão prejudica mais de 100 atletas
José Cruz
Depois de transformarem o estádio Célio de Barros em estacionamento de luxo para a Copa do Mundo, outra área nobre do atletismo do Rio de Janeiro entra em reforma, e desaloja, sem aviso prévio, competidores da nova geração
Na foto acima, da pista auxiliar, obtida no Facebook, está a imagem de tristeza da técnica e dos atletas, ao se depararem com a invasão de tratores, interrompendo valioso ciclo de treinamento.
O desmanche, iniciado em junho, faz parte da reforma das pistas para as provas dos Jogos Rio 2016. A imprevidência da prefeitura carioca deixou mais de uma centena de atletas sem local para treinar. Repete-se o que aconteceu em 2014, quando fecharam o Célio de Barros (acima).
“Estou muito chateada. Dei um treino no início da manhã nessa mesma pista a estava tudo normal. À tarde, quando voltei para treinar com outra equipe, a pista estava bastante destruída, com máquinas trabalhando. Já sabíamos que o local entraria em obras, mas a prefeitura ficou de nos avisar sobre o início da reforma. Fomos pegos de surpresa, sem tempo de procurar outro local” – desabafo da coordenadora técnica de atletismo do Vasco, Solange Chagas do Valle. O depoimento completo está aqui.
A reforma das pistas (auxiliar e principal) do estádio Nilton Santos está orçada em R$ 52 milhões.