Blog do José Cruz

Arquivo : Eletrobras

O estratégico fim da parceria do basquete com a Eletrobras
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José Cruz

Depois de 10 anos de parceria e R$ 82 milhões de investimentos, a Eletrobras encerrou o patrocínio com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). O novo patrocinador é o Bradesco, mas ainda não tenho o valor oficial nem a duração do contrato.

Um comunicado da empresa informou os motivos do fim do patrocínio:

“A Eletrobras reavaliou suas prioridades, em função da menor disponibilidade orçamentária”.

É uma resposta elegante, mas, particularmente, acredito que as denúncias de má gestão financeira da CBB influenciaram nesse recuo. O noticiário negativo da CBB, exibia, por extensão, a marca da patrocinadora. Logo…

Convite nebuloso

Indaguei à CBB se já pagaram o “convite” para o Brasil participar do Mundial da Espanha, a partir de 30 de agosto. A resposta da assessoria de imprensa não é nada transparente:

“Esse é um assunto administrativo entre a FIBA e a CBB.”

Como se sabe, o Brasil não se classificou para o Mundial. Mas recebeu um “convite” da FIBA (Federação Internacional de Basquete), desde que pague para jogar.

Enquanto isso…

Há oito anos, o Bradesco tentou entrar no esporte de alto rendimento patrocinando o valorizado vôlei, mas esbarrou no contrato com o Banco do Brasil, que manteve a prioridade. O presidente da CBV era Ary Graça, que fez força para que a troca ocorresse.

Agora, o Bradesco, que já é o banco olímpico, estreia em esportes coletivos, às vésperas do Mundial de Basquete. Resta saber se esse apoio continuará após os Jogos Rio 2016 ou se é apenas para aproveitar o momento de maior visibilidade.

Trocar o patrocínio das estatais ao esporte por empresas privadas é o sonho antigo de muitos dirigentes. Patrocínio estatal é uma “chatice”, como dizem alguns cartolas. As verbas são auditadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e a prestação de contas é rigorosa. Nem sempre a conta fecha.

Com o patrocínio privado a conversa é outra e ninguém deve explicação aos órgãos de fiscalização do governo.

Porém, se não fossem as verbas públicas – Lei de Incentivo ao Esporte, loterias, Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras, Infraero, Bolsa Atleta –, desde 2003, o esporte de alto rendimento ainda estaria no chão.

Cartolas ingratos. Bah!


Basquete: Eletrobras esclarece sobre atraso no patrocínio
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José Cruz

“Tendo em vista a menção à Eletrobras no post “Esportes olímpicos sob graves suspeitas de corrupção”, publicado ontem (24/10), às 10h05, a empresa esclarece que o patrocínio à Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) não está suspenso, apenas as comprovações referentes ao contrato estão, no momento, cumprindo seus trâmites normais.

A prestação de contas apresentada pela entidade, referente à primeira parcela do contrato, ainda não está finalizada. Tão logo os valores aplicados pela CBB sejam adequadamente comprovados, a Eletrobras cumprirá rigorosamente as cláusulas contratuais e liberará a segunda parcela.”

Minha análise

Não é novidade que a Confederação Brasileira de Basquete vem acertando suas contas aos trancos e barrancos. Deu, inclusive, trambique num banco particular, e só acertou as contas quando chamada à Justiça. (Veja link no final)

No caso da Petrobras, o patrocinador diz que “as comprovações referentes ao contrato estão, no momento, cumprindo seus trâmites normais”.

E afirma que a segunda parcela ainda não saiu.

Imagino que os auditores estejam analisando com rigor as contas da parceira, porque é preciso isso.

Será que Caixa, Petrobras, Infraero, Correios etc fazem o mesmo com o atletismo, natação, ginástica …?  Não sei. Mas sei que o Minitério do Esporte é frágil na fiscalização das verbas que libera, porque não tem quadros para tanto.

Entenda o caso

http://balanacesta.blogosfera.uol.com.br/2013/10/24/exclusivo-eletrobras-suspende-patrocinio-da-cbb-corte-e-de-r11mi/

 

 

 

 


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