Blog do José Cruz

Arquivo : maio 2015

Um alô para a torcida no cemitério…
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José Cruz

No jogo Votuporanguense 3×0 Taubaté, neste domingo, pela final da Série A3 do Campeonato Paulista, o repórter de campo não esqueceu os torcedores do além

“Um alô para a turma do cemitério”…  

A hilária narração, aqui, é dos repórteres da Rádio Web Votu-Online, e foi captada pelo jornalista e pesquisador Walter Guimarães.

Walter é colaborador assíduo deste blog, apaixonado por futebol. Viaja tanto nas ondas do rádio que é capaz de encontrar raridades como esta que publico, digna de entrar para o riquíssimo folclore do nosso jornalismo esportivo.

Para saber mais, sobre o jogo:

http://esportes.r7.com/lance/futebol/decisao-entre-cav-e-taubate-marca-ultimo-ato-do-estadio-plinio-marin-23052015


Senado paga R$ 15 mil por palestra do ex-nadador Xuxa
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José Cruz

Na mesma  semana em que a área econômica do governo anunciou o corte de 70 bilhões no Orçamento da União – R$ 900 milhões no Ministério do Esporte –, com apertos nos programas sociais, da educação e da saúde,  o Senado Federal manteve as despesas supérfluas e pagou R$ 15 por uma palestra motivadora do ex-nadador olímpico, Fernando Scherer, o Xuxa.

A reportagem, de Marina Dutra, está no site dos Contas Abertas 


Xuxxa

Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado

 


Vasco 1 x 1 Inter. Baita jogo, tchê!
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José Cruz

eurico miranda

Vasco sob o espírito “renovador” de Eurico Miranda, que esta semana declarou: 

“No Vasco ninguém pode ter opinião diferente da minha”  (foto: Marcelo Theobald/Extra)

Por Sérgio Siqueira – Jornalista

Droga, eu não tinha mais nada pra fazer. Assisti pela TV Vasco x Internacional. Isso é que é Brasileirão, não é aquela porcaria de Campeonato Espanhol.

O time do Vasco a gente já sabe o que é, mas o Inter me surpreendeu: é digno de qualquer gremista. Vendo o Internacional jogar parece que se vê o Grêmio naqueles dias. Os dias de sempre, é claro. Acho até que os dois, tricolores e colorados, são treinados pelo Felipão.

Qualquer jogo de bola se decide no meio decampo. Esse Vasco x Inter foi defesa contra defesa. Ah sim, por falar em meia cancha, que saudade do Bráulio, o Menino de Ouro dos Eucaliptos. Pra não jogar nesse time é porque deve estar lesionado. Enfim, o futebol tem disso, como me cutucou outro dia Moisés Pereira, o comentarista-profeta.

Quanto ao ataque do Vasco… Ora, a pior coisa que uma defesa deve fazer contra ele é não deixar que o Vasco chute a gol. A melhor coisa é deixar que chute. Não há o menor perigo de gol.

O goleiro do Inter é engraçado. Fica o tempo todo parado, sem fazer nada, e quando chutam a gol e ele defende fica todo brabo com todo mundo. Bolas, ele está ali pra quê?!?

Já o goleiro do Vasco, não é do Vasco é do Grêmio. Pelo menos, ele jogou com o uniforme tricolor: calção preto e camiseta azul e branca. Meio que assustou os atacantes colorados. O que mais irrita na torcida vascaína é que ela vaia o Vasco o tempo todo. É como se ela não soubesse que o time é uma droga. É, com certeza, uma torcida portuguesa.

Epa! Gol do Inter. Nilmar. Aí, a torcida do Vasco não vaiou.

Aos 22 minutos já do segundo tempo foi expulso um zagueiro do Inter. O time da colônia lusitana do Rio nem notou. Quando viu… Epa! Gol do Vasco. De bola mascada. Empate 1 x 1. E lá se foi o jogo.

Resumo dessa ópera bufa

Se tem um atacante no Brasil para jogar ao lado de Neymar na seleção do Dunga, esse cara é o Nilmar. Pode até nem dar certo, mas dá uma boa rima. Sabe quem é mesmo que gosta de ver o Internacional jogar? A torcida do Grêmio. E eu, cada vez que vejo o Vasco, mais quero ver o Barcelona.

Pior, muito pior que assistir a um jogo Vasco x Inter é ver um árbitro brasileiro em campo. Eles nem precisam estar na gaveta; basta que apitem o que sabem para estragar qualquer clássico que se preze…

E pior, muito pior que Vasco, Inter e arbitragem, tudo junto e misturado, são os comentaristas esportivos desse outrora País do Futebol. Inclusive, este redator que vos escreve nos estertores de mais um sábado.

Que legado nos deixou essa Copa das Copas.

Sérgio Siqueira assina o blog “Sanatório da Notícia”

 


Legado olímpico de 2016: a visão de um especialista
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José Cruz

“O Brasil atingirá um legado para o alto rendimento: terá novos locais de treinamentos, novos programas de treinamentos. Mas tem, também, de criar programas para os mais novos, não ficar apenas no topo” (Jay Coakley)

Por Adriana Brum 
Jornalista

“Não digo que as obras não estarão prontas até os Jogos, mas vocês irão pagar o dobro por elas”, afirmou o autor do livro Sport in Society: issues and controversies”, (“Esporte na Sociedade: questões e controvérsias”), Jay Coakley, ao comentar o atraso e indefinições de contratos nas obras do Rio 2016. livro

O professor emérito da Universidade do Colorado, em Colorado Springs (EUA), esteve no Brasil há uma semana para ministrar uma disciplina sobre Esporte, Lazer e Sociedade, no programa de pós-graduação em Educação Física da UFPR, em Curitiba. No encerramento do curso, fez questão de falar sobre os preparativos brasileiros para a Olimpíada, em agosto do ano que vem.

Coakley não especula quando fala como quem vê de fora o desenrolar da organização verde e amarela para os Jogos: o norte-americano é um dos principais estudiosos da sociologia do esporte mundial na atualidade; seu livro é referência na área e escreve com especialistas do mundo todo. Inclusive brasileiros.

Em sua passagem pelo Brasil, Coakley visitou as obras para as instalações olímpicas no Rio e não escondeu a preocupação com a falta de projetos para efetivar o “legado”, palavra que mais acompanha o termo Rio 2016 desde que o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o Rio de Janeiro como sede dos próximos Jogos.

Sentimento temporário

“Os olhos do mundo estarão no Brasil e isso faz o Brasil se sentir bem. É um bom sentimento, mas é temporário. Um sentimento que existe durante os Jogos, dura uma semana, quando as pessoas começam a entender que terão de pagar por até as duas próximas gerações por tudo. Como está desenhado o projeto para o uso dos locais de prova após os Jogos? Que tipo de projetos terá em cada lugar, como será o acesso das pessoas, como isso será sustentado? Se você não sabe essas coisas agora, elas não vão acontecer”, apontou.

Em termos esportivos, Coakley afirmou, o Brasil terá sim, uma melhora no que no alto rendimento, muito por conta da meta de ampliar o número de pódios como país anfitrião. Mas é pouco: os investimentos e projetos deveriam se estender à base.

“O Brasil atingirá um legado para o alto rendimento: terá novos locais de treinamento, novos programas de treinamento. Mas tem também de criar programas para os mais novos, não ficar apenas no topo. Para quem se inspirar, haverá programas prontos para receber esse novos praticantes? Se você que tirar vantagem da inspiração vinda dos Jogos, tem de ter a infra-estrutura pronta”.

Mesmo para a infra-estrutura, que transformaram a cidade do Rio de Janeiro em um grande canteiro de obras a um valor ainda não completamente definido, os benefícios não são para todos, destacou:

“Haverá mudanças na cidade, melhoras no metrô, no aeroporto. Toda essa infra-estrutura é útil para uma classe social. Mas vai beneficiar as pessoas locais? Os vendedores locais próximos as áreas dos jogos terão de fechar seus negócios durante os Jogos”, exemplifica. Coakley lembra que, historicamente, o discurso de bem-estar da população com a vinda de um megaevento esportivo é usado para ganhar a aprovação e justificar o uso de verba pública.

E lembrou o histórico de outras cidades-sede, como Sarajevo (Jogos de Inverno de 1984) e Atenas (Jogos de Verão de 2004), cujos locais de prova foram abandonados após os eventos e países que levaram décadas para pagar as contas feitas para sediar os megaeventos.

“Desde 1988 (Jogos de Seul), as cidades-sede foram para a morte após os megaeventos; orçamentos gastos acima do planejado; as pessoas envolvidas foram sugadas em emoção e energia. Os legados relacionados ao bem comum são esquecidos ou postergados”, alertou Coakley.

 


Na Cidade Olímpica, o “troféu” do combate ao crime de adolescentes
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José Cruz

A um ano dos Jogos Olímpicos, é impossível não ligar a realidade da violência de hoje às promessas de “legados sociais”, esquecidas no pós-Pan-Americanos de 2007.

A foto de Fábio Rossi, no alto de página de O Globo, hoje, é de policiais “empunhando” um garoto de 16 anos, suspeito de ter assassinado o cardiologista Jaime Gold, na Lagoa. Exibem como um “troféu”, conquista da reação do Estado à onda de crimes na Cidade Olímpica – Rio 2016

Menor-apreendido

Volta-se à questão de décadas: por que adolescentes chegam ao crime para roubar bicicletas, celulares, bolsas…? afinal, quem é o responsável?

Resposta

Há dez dias, O Globo mostrava que “o preço da violência” deve-se, também, ao fim de projetos sociais em áreas de conflitos, como o Complexo do Alemão, um dos que recebeu o programa de pacificação.

Na reportagem, Vera Araújo escreveu: “Na Vila Olímpica Carlos de Castilhos, da prefeitura, atividades como natação e hidroginástica estão paralisadas. As quadras de futsal e de vôlei precisam de reforma. Telas de proteção estão quebradas e a grama sintética do campo de futebol tem vários buracos. Além disso, os salários dos funcionários terceirizados estão atrasados há dois meses”.

Mais:

“Ações sociais promovidas pelos governos federal, estadual e municipal também estão paradas ou em marca lenta. A justificativa apresentada é a crise financeira”.

Lembram do ‘Segundo Tempo” do Ministério do Esporte? Em vez de combaterem os corruptos, que ali ganharam muita grana, o governo acabou com o programa, no Rio, inclusive, e deixou ao abandono milhares de crianças.

Enquanto isso…

O governo federal anunciará hoje o corte de R$ 70 bilhões no orçamento da União. Projetos sociais e esportivos estarão na restrição de créditos.

Vai aumentar o trabalho da polícia no projeto “caça-troféus”…


A festa olímpica e a insegurança carioca
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José Cruz

aros olimpicos

A pouco mais de um ano dos Jogos Rio 2016 e numa festa popular, foi inaugurado ontem o maior símbolo do evento, os aros olímpicos, no Parque Madureira.

Em meio à preparação da festa Olímpica, a insegurança da população do Rio cresce sem controle. Morre-se assassinado por assaltantes, até num simples passeio de bicicleta, nos circuitos cariocas. O “legado” da segurança do Pan 2007 foi zero, não serviu para nada.

Enquanto isso…

Cinco helicópteros da PM, avaliados em R$ 10 milhões cada, entre eles o “Caveirão do Ar” (R$ 20 milhões) estão no chão, fora de combate ao crime, que se espalha nas ruas e nos morros da cidade. Motivo:  a Helibras, empresa que faz a manutenção nos equipamentos, suspendeu os serviços porque o Governo do Estado lhe deve R$ 1 milhão…

O esquema de segurança para as delegações que virão aos Jogos está pronto. E o plano de segurança para a população desprotegida do Rio, quem responde por omissão tão grave?


Orçamento do Esporte poderá perder R$ 400 milhões
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José Cruz

O governo promete anunciar amanhã o do valor corte no Orçamento da União. A previsão é de R$ 70 bilhões. “Necessários para ajustar as contas públicas”.  Deputados da base governista estimam que o Ministério do Esporte “contribuirá” com R$ 400 milhões, nessa tesourada. dinheiro

Para 2015, o Ministério do Esporte tem R$ 3.4 bilhões no orçamento. Com o corte previsto sobrariam R$ 3 bilhões. Esse valor seria consumido, em tese, por apenas um programa: “Esporte e Grandes Eventos Esportivos”. É aí que estão os repasses para a preparação dos atletas e dos Jogos Rio 2016.

           PRINCIPAIS PROGRAMAS 2015

  PROGRAMASR$
Jogos Rio 2016 1.684.320.594
Centros Iniciação Esporte    198.000.000
Apoio a Projetos Esportivos    177.203.026
Preparação Atletas Rio 2016    118.851.866
Implantação Infraestrutura Esporte    681.686.968
Bolsa Atleta    151.260.438
Total parcial3.011.322.892

 

Execução em 2014

No ano passado, o Ministério teve R$ 3,4 bilhões disponíveis. Mas gastou apenas R$ 1,5 bilhão. Desse total, a metade (R$ 760 milhões) foram para saldar despesas de 2013, os tais “restos a pagar”. Ou seja, em programas efetivos de 2014 o Ministério do Esporte aplicou apenas R$ 802 milhões dos R$ 3, 4 bilhões disponíveis.

Portanto, não serão R$ 400 milhões de cortes no orçamento deste ano que vão assustar. A gestão orçamentária continua sendo problema na maioria dos ministérios. E isso ocorre, também, pelo “contingenciamento”. Além do corte no orçamento vem a ordem para “não gastar”.

Uma previsão mais real do que poderá ocorrer com o dinheiro do esporte só a partir do anúncio oficial do governo. Certo é que será um ano de aperto. Mas se até a educação e saúde estão em perigo…


Rio tem estacionamento com arquibancada, inédito no mundo
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José Cruz

O RIO DE JANEIRO TEM O ÚNICO ESTACIONAMENTO PÚBLICO DO MUNDO COM ARQUIBANCADA COBERTA

O Estádio de Atletismo Célio de Barros era assim

atletismo 1

Mas, atropelado pelas exigências da Fifa e concordância do governo do Estado, na Copa 2014, o espaço ficou assim…

Celio 2

Enquanto isso…

O Ministério do Esporte investe R$ 850 milhões na construção/recuperação de pistas de atletismo, Brasil afora.

 

Crédito das imagens

Foto superior: projetojonasrj.webnode.com.br

Foto inferior: www.flickr.com

 


Golpe baixo
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José Cruz

Por Alberto Dines

Do Observatório da Imprensa

O valente jornalista Juca Kfouri, que desde a sexta-feira (15/5) está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, recuperando-se de complicações decorrentes de uma cirurgia, sofreu no domingo (17) um covarde ataque do médico & cartola Walter Feldman, atual secretário-geral da CBF, nobre e honestíssima entidade esportiva que tantas alegrias tem proporcionado ao cidadão brasileiro.

Na nobilíssima página 3 da Folha de S.Paulo – ultimamente engajada em promover disputas e fazer barulho a qualquer preço – o celebrado colunista foi atacado pelo esculápio com a clara cumplicidade do jornal, ciente de que o seu colaborador encontrava-se hospitalizado.

O texto “Paixão e rancor” é medíocre, maroto, apequenado, rasteiro, desprovido de qualquer atributo intelectual que justifique a privilegiada exposição. Juca Kfouri é um gigante do jornalismo brasileiro e não apenas do jornalismo esportivo. Nunca fugiu ao debate, enfrenta com reconhecida galhardia – e sempre com muita graça – todos os tipos de desafetos. Mas não se pode esperar que ainda na UTI tenha condições de tourear este bode enfezado.

A “nova” CBF tão ardentemente defendida pelo ex-deputado federal e servidor de tantos patrões é idêntica à velha CBF. Isto está claro. A reportagem de capa da presente edição de CartaCapital(nº 850, de 20/5), “CBF: barco furado”, denuncia exatamente este continuísmo.

A Fifa também sendo questionada, seus dirigentes deveriam estar no xilindró, mas comporta-se com um mínimo de decência. Não é este o paradigma adotado pela nova leva de cartolas nativos. O espírito mafioso persiste, intacto.

Este observador já serviu de testemunha de defesa de Juca Kfouri em vários processos e ficará honrado se convidado para novas missões. Mas não se sente habilitado a falar em nome de umexpert do porte de Juca.

Desprovido de qualquer fair-play e esportividade, Walter Feldman não perde por esperar.


A insegurança explícita dos estádios brasileiros
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José Cruz

  Em nenhum lugar do mundo poderia acontecer uma partida de futebol com tantas “armas brancas” à disposição dos torcedores

Mane-2

 Foi nessas condições que o estádio Mané Garrincha recebeu o jogo Atlético-MG 4×1 Fluminense, ontem:  bastões de ferro de uma estrutura desmontada eram um risco à integridade dos torcedores. O jogo acabou sem tumultos

Walter Guimarães, texto e fotos

Em duas rodadas do Brasileirão já foram disputadas três partidas fora das praças dos times mandantes. Mas, quem é o responsável pela segurança nesses casos? Os empresários promotores dos jogos, o governo local que cede o estádio, o clube mandante?

Pior:

Questiono especificamente sobre um estádio que sediou sete jogos da Copa-2014 e receberá outros tantos na Rio-2016. Parece ridículo falar assim, mas ridículo mesmo é o que encontrei ontem, no entorno do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

As fotos, tiradas uma hora e meia antes da partida entre Fluminense x Atlético-MG, são da desmontagem da estrutura de shows musicais realizados nos últimos dias, no estacionamento externo do Mané Garrincha. As estruturas metálicas, no chão, são verdadeiras armas.

Mane-1

Um amigo me perguntou se eu lembrava, “quando o Pacaembu estava em reformas e torcedores palmeirenses e sãopaulinos começaram a brigar?” Quem lembra bem daquele 20 de agosto de 1995 são os mais de 100 feridos e, principalmente, a família de Márcio Gasparin da Silva, um garoto de 16 anos que morreu num hospital, dez dias depois da batalha. Era a final de uma fadada Supercopa de Juniores e os torcedores utilizaram justamente entulhos da obra para se degladiarem.

Invenção

O governo federal inventou uma Secretaria Nacional do Futebol, num tal Ministério do Esporte, que está a apenas 4km do Estádio Nacional. Entre os programas da Secretaria está o “Torcida Legal”, com medidas voltadas para a segurança e conforto do torcedor. No site do ME está descrito que o programa busca soluções para promover a paz nos estádios.

Acredito que muitos “secretariados” lotados nessa Secretaria tenham comparecido ao jogo. Mas, podem ter entrado por outros portões, talvez da área VIP, do lado oposto ao estacionamento fotografado. Essas “autoridades” não devem ter visto tais restos de desmontagem.

É bem capaz que também estivessem no estádio alguns membros das diversas comissões parlamentares que discutem o futebol brasileiro. Diversas?

Pois bem, além das comissões de esporte da Câmara e do Senado, foram criadas uma Subcomissão Permanente do Futebol Brasileiro e uma Comissão Mista que discute a MP 671, que busca entender e talvez perdoar as dívidas dos times. Aliás, na semana passada, na Comissão de Esporte da Câmara, foi debatida a “subutilização dos estádios da Copa”.

Em relação ao estádio fotografado, o secretário de turismo do DF, Jaime Recena, anunciou que já são 50 (enfatizo, cinquenta) eventos confirmados para 2015, “entre jogos de futebol e eventos culturais”.

Sempre afirmaram que tal arena seria “multiuso”. Ledo engano. Multiuso é apenas o estacionamento. Já que realizar shows “lá dentro” é muito caro. Durante os dias úteis, o estacionamento é usado por ônibus que deveriam ser recolhidos às garagens dos concessionários do transporte público do DF. Mas, para economizar, centenas deles ficam parados, antes do horário de pico.

Bilheteria

Aliás, caro foi o estádio. O mais caro de todos os tempos. Quase R$ 2 bilhões !!! E vejam que gracinha (me desculpa Hebe Camargo) a bilheteria do Mané Garrincha são containers afastados, já que ninguém pode chegar perto do Mamute Albino.

Mane-3

Absurdo!! Aqui não culpo o projeto do arquiteto –  ou devo culpar? Acho que não. Eles nem previam que diversas secretarias do governo do DF utilizariam o estádio como sede.

Para finalizar: meus amigos do Ministério do Esporte, das comissões e subcomissões do Congresso Nacional, mexam suas bundas, antes que outras tragédias aconteçam.

Walter Guimarães é jornalista, mas aqui escreve como alguém preocupado com a vida dos torcedores