Blog do José Cruz

Arquivo : agosto 2015

O milionário investimento público nos desportos aquáticos: R$ 143 milhões
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José Cruz

Continuamos dependentes de poucos atletas, mesmo contando com o generoso cofre aberto do governo federal 

companheiro e mestre na crônica esportiva, Sílvio Lancellotti, privilegiou-me com detalhada mensagem, contestando as críticas que fiz ao desempenho da natação brasileira no Mundial de Kazan, quando chamei Cesar Ciello (foto) de “fujão”. Não competiu e deixou a delegação sem se despedir dos colegas.  cielo

Lancellotti é experiente em cobertura de nível olímpico e tem autoridade para se manifestar. Aceito suas colocações, que sugerem bom debate, não só sobre a natação como o alto rendimento, em geral.

Somos, eu e Sílvio, do tempo em que não havia dinheiro público para o esporte. Várias vezes a família de Gesta de Melo precisou socorrê-lo na presidência da Confederação de Atletismo para não deixar atletas fora de eventos internacionais. Isso é real!

Mas, desde 2001 os tempos são outros. Os resultados deveriam seguir o volume de verbas disponíveis.

Vejam com quanto contou a CBDA  de verbas públicas para preparar nossos atletas, nos últimos dois anos, segundo o Ministério do Esporte:

F O N T E

VALOR R$

Bolsa Atleta

     7.521.875,00

Bolsa Pódio

    2.988.000,00

Convênios c/Governo

  13.204.002,75

Lei Incentivo Esporte

  20.871.733,06

Patrocínio Correios

  95.800.000,00

Lei Agnelo Piva

    3.500.000,00

T O T A L

143.885.610,81

Mais:

Além desses recursos, os clubes onde treinam nossos atletas também captam recursos da lei de Incentivo ao Esporte, com o mesmo objetivo, “preparar delegações’… etc e tal. É a tal duplicidade de aplicações de verbas que tenho insistido.

Cielo, em especial, tem vários patrocinadores, os Correios entre eles. Faz sentido, pois a carreira de atleta é curta e, ao contrário “daqueles tempos” hoje é profissão rentável.

E, por ter muito dinheiro, é que se esperava uma equipe mais competitiva em Kazan, com resultados à altura dos investimentos, que não são de hoje, mas desde 2003! Há três ciclos olímpicos!

E de Cielo, em particular, profissional de altíssimo nível, que deve ter equipe multidisciplinar de gabarito inquestionável, o que torna mais difícil entender suas últimas participações. Principalmente, porque contou com dois elementos indispensáveis para a preparação adequada, tempo e dinheiro, além de técnicos experientes.

Esta realidade, que é a mesma de outras modalidades, surge a um ano dos Jogos Rio 2016 e confirma a tese de que a base foi esquecida, a massificação também. Não temos projeto de governo para isso. Mas, compete ao governo cuidar desse assunto?

Vejam como estamos perdidos, temos muito dinheiro na jogada, mas não sabemos de quem é a competência sobre o desenvolvimento do esporte!

Esta é outra discussão, que só voltará quando outro atleta “fugir” – no bom sentido –, de novo , da raia. Mas a realidade é que continuamos dependentes de poucos atletas, mesmo contando com o generoso cofre aberto do governo federal.


Apesar dos investimentos milionários, natação faz água no Mundial de Kazan
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José Cruz

Assim como nas piscinas, o Ministério do Esporte naufraga e esconde informações oficiais, importantes para evitar futuros vexames “ordinários”

podiuuu

Depois do Pan da ilusão, em Toronto,  o Brasil naufragou em Kazan, e retorna do Mundial de Desportos Aquáticos com apenas quatro pódios na piscina. E direito a vexames, patrocinados pelo fujão César Cielo, e Thiago Simon, que não entrou na eliminatória dos 400m medley.

Hoje, no último dia de competições, das oito finais em disputa, nenhum brasileiro estará presente. E não faltou verba “Pública!”, que turbinou a preparação dos atletas. Que tal?

Só dos Correios, foram R$ 95,8 milhões para a Confederação de Desportos Aquáticos, a CBDDA: R$ 46 milhões em 2014 e R$ 49,7 milhões nesta temporada.

Outros milhões, que contarei em artigo específico, vieram do Ministério do Esporte, da Lei de Incentivo e da Lei Piva. Uma fábula!

Ordinário

Aí, para compensar esses investimentos milionários, saem justificativas como a de César Cielo:

“Normalmente a gente brinca que, no polimento, é que surgem os grandes atletas, e neste ano o meu polimento foi o de um atleta normal. Não saí do ordinário”…

Enquanto isso…

O ministro do esporte, George Hilton, esconde o resultado final do Diagnóstico do Esporte, principalmente o item que trata do financiamento público para o setor.

As informações são de que o balanço desse item não é favorável ao governo, deve ser escondido. E depois do badalado lançamento da primeira fase da pesquisa, sobre hábitos brasileiros em atividades físicas,  o governo espera que o restante fique no esquecimento.

Aqui será sempre lembrado. George Hilton deve essa explicação.


Futebol ganha perdão de 70% das multas e 40% dos juros sobre dívida fiscal
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José Cruz

Vigorou o bom senso no Palácio do Planalto e a presidente Dilma Rousseff vetou o perigoso artigo que reduzia de 14 para 12 anos a idade de formação de atleta. O tema foi alertado pelo advogado Heraldo Panhoca, em artigo aqui publicado

Enfim, os cartolas não têm mais motivos para atrasarem pagamentos de salários ou impostos. O principal motivo que provocava os calotes está resolvido com a sanção presidencial da Lei nº 13.155/2015 sobre o refinanciamento da dívida fiscal dos clubes, estimada em R$ 4 bilhões. dilma

Na parte financeira da lei, o negócio foi de “mãe para filha” e ficou assim, segundo ordens da presidente Dilma Rousseff: 240 meses para pagar os débitos; 70% na redução das multas; 40% na redução dos juros; 100% dos encargos legais; R$ 3.000,00 de parcela mínima. Que tal?

Enquanto o governo se esforça para aumentar a arrecadação, torna fácil a vida do caloteiro de ontem com abatimentos incríveis nos juros e multas da dívida fiscal.

Esperto

Porém, a presidente Dilma vetou o artigo em que os clubes teriam “regime especial de tributação”. Isto é, recolheriam apenas 5% da receita mensal, para pagar de forma unificada o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, PIS – Pasep, Contribuição social sobre o Lucro Líquido, Cofins etc…

Fiscal de clubes

Para fiscalizar se os clubes estão se comportando direitinho, criaram a “Autoridade Pública de Governança do Futebol, APFUT”, que será administrada pelo Ministério do Esporte. Logo ele, que não consegue fiscalizar nem o dinheiro que libera…

Nova loteria

A loteria instantânea Lotex destinará 10% ao Ministério do Esporte para aplicar em “iniciação desportiva escolar”. O dinheiro poderá servir para incentivar apoios em épocas de campanhas eleitorais. Impressionante a facilidade como se criam loterias e não se fiscalizam o dinheiro público que já sai pelo ladrão.

Veto ao cavalo

Não passou a proposta de criação de outra loteria, por cota fixa, para os esportes em geral e até apostas em corridas de cavalo, com parte da renda destinada ao “desenvolvimento do turfe e do cavalo de corrida em geral”.

O assunto sobre esta nova legislação, que turbina a Lei Pelé, em sua sétima ou oitava emenda, voltará a ser comentado neste espaço. Mas observa-se que cresce a intervenção do Estado nos assuntos do esporte, cada vez mais um setor de negócios, espetáculo.


Com bom dinheiro e pistas, para onde vai o atletismo?
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José Cruz

Correu na rede que técnicos estariam se mobilizando para que Roberto Gesta de Melo voltasse à presidência da CBAt, Confederação Brasileira de Atletismo. Brincadeira, claro, que logo trataram de desmentir.

O motivo desse retorno ao passado seria o fraco desempenho da modalidade em eventos internacionais.

José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, assumiu a presidência da CBAt há dois anos. O time que está aí foi herdado de Gesta. Que ficou 27 anos no poder! Sete ciclos olímpicos! Os dois na foto.

Extremostoninhho

Houve época que faltava dinheiro para o atletismo. Hoje, faltam atletas e técnicos. Nos últimos quatro anos, a CBAt recebeu R$ 83 milhões, só da Caixa, patrocinadora oficial.

E também não faltam pistas, pois o Ministério do Esporte está colocando R$ 70 milhões em instalações, Brasil afora.

Está provado, dinheiro não é tudo. Jamaica e arredores que o digam…

E as 1.500 faculdades nacionais de educação física não estão formando técnicos, muito menos de atletismo. As carências de atletas e técnicos são reais!

Enfim, de quem é a responsabilidade para iniciar, identificar e formar atletas, no Brasil?

Do Ministério do Esporte não é. O ministro de lá entende de gente, não de atleta. No MEC, as portas estão fechadas até para o diálogo sobre esporte na escola.

Compete às confederações, formar atletas? E as federações e clubes? Há diálogo entre essas entidades para tentar suprir nossa principal carência?

Em resumo: o Ministério do Esporte liberou o financeiro e o material e esqueceu o “detalhe” humano… O resultado bate à porta a um ano dos Jogos Rio 2016.

Mas há uma esperança, porque 12 anos depois desse modelo financeiro, já se discute sobre o “Sistema Nacional do Esporte”.

Agora vai.


Naufrágio do atletismo alerta para a pós-Olimpíada
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José Cruz

GP de Atletismo é cancelado. A um ano dos Jogos Rio 2016, o Brasil Olímpico ainda não é o Brasil esportivo que há muito deveria estar em andamento. Vivemos a explosão das obras monumentais e da preparação final da equipe de alto rendimento. Mas ainda falta a estrutura sólida para que a pós-Olimpíada não repita o pós-Pan 2007

A mais recente notícia triste que nos coloca na rota dessa previsão é o cancelamento do Grande Prêmio Brasil de Atletismo, por falta de patrocínio. Disputado desde 1985, a competição integrava o calendário das IAAF – Federação Internacional de Atletismo.

pista

O evento seria em setembro, em Belém, como em anos anteriores. Mas o governo daquele estado recuou devido aos graves problemas na economia. São Paulo também fugiu da raia…

Ironicamente, o Ministério do Esporte está investindo R$ 70 milhões na construção/reforma de pistas de atletismo em 11 estados. Essas obras estão associadas a um projeto que dê garantias de manutenção e conservação desses espaços? Como as crianças chegarão a esses centros e quantos técnicos ali estarão à disposição? Quem garantirá essa estrutura, se os governos em geral não conseguem honrar o salários da “Pátria Educadora”?

Dependência

O alto rendimento está profundamente dependente do cofre público e este é o risco para o futuro do esporte. Onde está a iniciativa privada para os grandes eventos? Será porque o atletismo tornou-se, lamentavelmente, um esporte sem expressão no país, a ponto de transformarem o histórico estádio Célio de Barros em estacionamento da Fifa?

A falta de uma política do esporte –   ainda estamos discutindo o “sistema” … –  nos coloca na dúvida permanente: e depois? Sem a tal “política”,  não há como dar garantias de que teremos orçamento a partir de 2017.

O atual debate sobre o Sistema de Esporte passa ao largo do Ministério da Educação e da Saúde, principalmente, porque isso não é discussão de governo, mas da pasta do Esporte, exclusivamente.

Neste quadro, o Brasil de 2017 terá instalações e, quem sabe, o orgulho de um desempenho à altura da festa olímpica em casa. E só! As promessas de legado ainda são “promessas” e, mesmo assim, capengas.


Novas medidas para o futebol darão mais benefícios financeiros ao esporte
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José Cruz

A MP do Futebol – que abrange as demais modalidades – a ser sancionada hoje é mais um generoso benefício do governo ao bilionário esporte, que continua, olimpicamente, a reboque dos cofres públicos

Depois de dois anos de discussão no Legislativo, o projeto sobre a dívida fiscal dos clubes deve ser sancionado hoje pela presidente Dilma Rousseff.  Comentarei mais a partir do documento sacramentado.  dilma

O texto a ser sancionado vai incorporar a Lei Pelé,  documento base do esporte nacional. É sétima ou oitava emenda em 17 anos dessa lei.

É urgente uma rigorosa revisão na legislação do esporte, mas a partir de redefinições de competências do Estado, hoje totalmente intrometido numa atividade que é cada vez mais negócio, espetáculo, business e, pelas facilidades de obtenção de verbas, se tornou fortíssimo foco de corrupção.

Mas, como não temos um Ministério do Esporte ousado para liderar esse debate de grande reforma na legislação, continuaremos com remendos, como os que estão na mesma de Dilma, tratando com “carinho” quem robou verba pública.

Por exemplo, novas loterias serão criadas e a cartolagem bate palmas de olho no crescimento das apostas, porque ali está, também, a grana que pagará os seus salários.

Pior! Poderá ser reduzida para 12 anos o início de carreira profissional, isto é, colocando crianças no perigoso jogo da competição, como revelou o advogado Heraldo Panhoca, em artigo neste blog.

Lei de Incentivo

Uma das expectativas é se a presidente sancionará o artigo que renova a lei de Incentivo ao Esporte, cuja validade termina em dezembro. O artigo entrou de carona na MP, e, se aprovado, continuará turbinando o setor com R$ 400 milhões por ano para projetos de interesse da elite do esporte, na maioria.

Os projetos sociais continuam sendo mínimos e de difícil captação de verbas. Mas aí está mais um assunto que carece de gente competente no Ministério do Esporte – que se transformou num centro de orações – para tentar alguma mudança que torne democrática a aplicação da verba pública.

A MP a ser sancionada hoje é mais um benefício do Estado ao bilionário esporte, que, olimpicamente, continua a reboque dos cofres públicos, inexplicavelmente diante de uma economia falida, que submete o contribuinte a sacrifícios extremos.


As dúvidas sobre o esporte para depois de 2016
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José Cruz

Em entrevista à rádio CBN, o superintendente de esportes do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Marcus Vinícius Freire (foto), fez um balanço da preparação da equipe nacional, que na próxima quarta-feira estará a um ano da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.  Marcus vinicius

A meta, há muito divulgada, é colocar o Brasil entre os 10 primeiros países medalhistas. Precisaremos evoluir 12 posições, saindo do 22º lugar nos Jogos de Londres, com 17 medalhas, quando a Austrália foi décima colocada, com 35 medalhas.

A missão não é fácil, disse Freire. Mas está eufórico a partir dos resultados no Pan-Americano de Toronto, quando o Brasil conquistou, pela primeira vez nos últimos 50 anos, mais medalhas de ouro que Cuba: 41 x 36…

Projeto

Para tentar alcançar a meta, o COB importou 44 técnicos estrangeiros e investe em atletas com potencial de pódio, na ciência do esporte, prevenção de lesões, aumento das equipes multidisciplinares, etc. O governo federal garante a conta, mas o projeto “rumo ao pódio” destoa da realidade nacional para fortalecimento do esporte.

Foram R$ 4 bilhões de verbas públicas que turbinaram a elite do alto rendimento nos últimos quatro anos. Mas são raríssimas as iniciativas de longo prazo nas confederações. E com dúvidas sobre o futuro, porque a crise na economia projeta-nos um panorama suspeito para depois que apagarem a tocha olímpica.

Nos últimos 12 anos de cofre farto não se construiu nada para tentar mudar a estrutura do esporte, que é antiquada e nas mãos de gestores viciados no poder. No Ministério do Esporte sucederam-se quatro políticos leigos no assunto, que transformaram o órgão em cabide de emprego para apadrinhados e desocupados.

Enquanto isso…

Foram esses gestores que colocaram o Estado como o responsável por um segmento da economia – o esporte – que, mundo afora, é espetáculo tratado como negócio lucrativo, business. Em geral, o sistema clube/federação/confederação está superado, e esse atraso contrasta com a modernidade aplicada no planejamento para os Jogos Rio 2016. Em ambos os casos o dinheiro público está garantido, mas, no balanço final, o Tribunal de Contas da União enfrentará, também, um trabalho olímpico…

Foto: esportesolimpicos.ig.com.br


As estranhas relações olímpicas entre Carlos Nuzman & Carlos Arthur Nuzman
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José Cruz

Pode até não haver verba pública nessa jogada, especificamente essa. E o COB recebe muita verba pública, do Ministério do Esporte, das loterias, da Lei de Incentivo. Mas não é uma relação olímpica promíscua? Sinceramente, não é isso?

aneis

Em respostas ao jornal O Globo, referente às críticas de acúmulo de cargos, como presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman disse que não “não existe contrato do Nuzman com o Nuzman. Tem um equívoco aí, não sou credor nem devedor. Há contratos entre as entidades”. Disse mais:São entidades geridas de forma profissional, não personalista. Não decido sozinho”.

Estilo olímpico

Com essa argumentação, Nuzman contesta o ministro Augusto Nardes, do TCU (Tribuna de Contas da União), de que, pela dupla função em órgãos distintos, há conflito de interesses entre as  instituições.

De fato, são instituições distintas. Mas, como dizia Millôr Fernandes, ironicamente, “na teoria é prática é outra”.  Porque, na hora da decisão, quem tem influência pesada ou palavra final, se não o mesmo presidente das duas instituições?

É o “estilo” Nuzman de governar, ter o comando supremo. Age como se não houvesse inteligência fora do seu domínio olímpico. Para isso, cerca-se de amigos-profissionais para não perder o domínio na hora de decidir, inclusive sobre a transação de milionárias parcelas de marketing, de uma entidade para a outra. Quando chega esse momento, Nuzman está nas duas lideranças, nas duas frentes, nas duas presidências,

Exemplo

Há poucos dias, a ESPN publicou reportagem com base em troca de correspondências, em 2010, apreendidas pela Receita Federal. Nelas, o presidente do COB, Nuzman, perdoou dívida de quase R$ 1 milhão de empresa administrada por ele mesmo, a Olympo Marketing e Licenciamento.

Detalhes

O pedido de perdão foi assinado pelo diretor-geral da Olympo, Leonardo Gryner, que é, também, diretor do COB!

E o perdão de quase R$ 1 milhão, foi concedido pelo vice-presidente e secretário-geral, André Richer, amigo de Nuzman, das antigas…

Não há assinatura de Nuzman nessa troca de favores. São os seus “amigos-diretores” que firmam o “pedido” e o “perdão”!

Revela-se aí a troca de favores, jogo de interesses entre instituições e desempenho de pessoas íntimas do comandante maior, Carlos Arthur Nuzman.

Pode até não haver verba pública nessa jogada, especificamente essa. E o COB recebe muita verba pública, do Ministério do Esporte, das loterias, da Lei de Incentivo. Mas não é uma relação olímpica promíscua? Sinceramente, não é isso?

A reportagem da ESPN, assinada por Gabriela Moreira, aqui, é esclarecedora de tudo isso.