Blog do José Cruz

Arquivo : março 2015

O jogo jogado
Comentários Comente

José Cruz

Oportuno e bem fundamentado artigo do arquiteto e urbanista Luiz Fernando Janot, hoje, em O Globo.

“… Na contramão da tendência mundial, o Rio optou por concentrar na Barra da Tijuca a maioria dos seus equipamentos olímpicos”

“… Independentemente dos bons resultados que as obras do “Porto Maravilha” começam a apresentar, não há como deixar de manifestar certa preocupação com o impacto que os megaempreendimentos imobiliários planejados para aquela localidade irão provocar  no restante da área central da cidade”.

 O artigo completo está aqui

 


Deputados montam estratégia para aprovar Proforte na terça-feira
Comentários Comente

José Cruz

 “Subemenda” elaborada pelo deputado Vicente Cândido prevê 240 meses para o pagamento da dívida fiscal do futebol, parcela mínima de R$ 3 mil reais mensais, redução de até 70% das multas e de até 30% dos juros sobre o débito de cada clube

A “Bancada dos Cartolas” –  versão renovada e reforçada da “Bancada da Bola” –  vai impor o texto do  deputado Vicente Cândido (PT/SP), na votação do refinanciamento da dívida fiscal do futebol.

A estratégia, acertada no plenário e nos bastidores da reunião de ontem da Comissão de Esporte, em Brasília, será aplicada mesmo que o governo envie a MP (Medida Provisória) prometida pela presidente Dilma Rousseff, no ano passado, num acerto com atletas do Bom Senso FC.

deputado-Vicente-Candido_Blog_Sinafresp  Os deputados esperam pela MP até terça-feira. Caso contrário, votarão uma “Subemenda Substitutiva Global de Plenário”, elaborada por Vicente Cândido (foto) , e que entrará no lugar do relatório do Proforte, do deputado Otávio Leite. Essa estratégia já foi comunicada ao ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Pepe Vargas, pelos deputados da base governista.

Vantagens

Tendo em vista a péssima relação dos parlamentares com o Palácio do Planalto, desde o início desta legislatura, os deputados da oposição têm como certa a aprovação de um texto que beneficie os clubes.

A “subemenda” tem  vantagens que os cartolas sempre defenderam, como 240 meses para saldar o débito, parcela mínima de R$ 3 mil reais mensais e redução de até 70% das multas e de até 30% dos juros sobre a dívida de cada clube.

Porém, se a MP for enviada ao Congresso Nacional, a estratégia é rejeitá-la e apresentado o “substitutivo” de Vicente Cândido. Nesse caso, a Medida Provisória deve ser votada no Congresso, cabendo a presidente Dilma o direito de veto.

Preferência pela MP

Nos bastidores, deputados torcem para que o governo envie a Medida Provisória, pois terá tramitação mais rápida na Câmara e no Senado, além de entrar em vigência no momento da assinatura da presidente Dilma.

Conforme normas políticas, a MP tramitará inicialmente por uma das duas casas, onde será nomeado um relator. No Senado, é tida como certa a relatoria de Romário (PSB/RJ), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto.


Atletismo: pista da UnB tem verba renovada pelo terceiro ano consecutivo
Comentários Comente

José Cruz

Pelo terceiro ano consecutivo o Ministério do Esporte oferece R$ 14 milhões para a direção da UnB (Universidade de Brasília) reformar duas pistas de atletismo do curso de Educação Física, em seu Centro Olímpico, onde estudam cerca de mil acadêmicos.

O piso foi comprado em 2013, por R$ 5 milhões (foto). Porém, a licitação para a obra ainda está em elaboração. A reforma custará R$ 14 milhões, verba que está no orçamento do Ministério do Esporte, desde 2013. Pistas UnB I

Se o processo cumprir os prazos, a empresa vencedora assinará o contrato em agosto, segundo o diretor do Departamento de Gestão e Infraestrutura da UnB, André Luiz Aquere.

Notícia

Em 2013, a agência de notícias da  própria Universidade de Brasília anunciava:  “A obra (na pista de atletismo) está prevista para ser finalizada em setembro do próximo ano (2014)”.

“Mas, eu recebi o processo dessa reforma só no final de 2013,  quando começamos os estudos preliminares, levantamento topográfico, preparação da documentação técnica, desenvolvimento do projeto etc”, argumentou André Luiz.

Palavra oficial

“Só espero a conclusão do projeto de licitação da UnB para liberar a verba”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves. A propósito, o orçamento da União, onde está o do Esporte, ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional…

20150309_102331

 

Atualmente, o piso comprado em 2013 está coberto com plástico, para evitar deterioração, ao lado da pista, inativa.

Projeção

Considerando que a reforma do Parque Aquático da UnB durou oito anos – foi inaugurado em 2014 –,  a pista de atletismo ainda tem crédito de quatro anos para obras, um ciclo olímpico inteirinho. Tempo suficiente para a UnB  formar mais duas turmas de profissionais de educação física. Sem pista. De repente, ela nem faz falta…


Em crise, Planalto recua e negocia votação da MP da dívida dos clubes
Comentários Comente

José Cruz

Diante da crise política-institucional que bate na cúpula do governo, o Palácio do Planalto abriu diálogo com parlamentares-cartolas que tratam do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes.

Ontem, os deputados Jovair Arantes (PTB/GO), Vicente Cândido (PT/SP) – representantes da CBF –  e Otávio Leite (PSDB/RJ), relator do projeto de lei, conversaram com representantes do Gabinete Institucional da Presidência da República, negociando a votação do tema.

Porque, enquanto o governo acerta o texto final da Medida Provisória, os parlamentares querem votar o relatório de Otávio Leite, com forte influência dos interesses da cartolagem.

O governo sabe que está sem apoio parlamentar para impor seus projetos. E, se insistir, poderá acumular mais uma derrota no tumultuado e suspeito Congresso Nacional. Que, por sinal, nem votou o Orçamento da União de 2015!!!

bomsenso1Memória

No ano passado, em plena campanha eleitoral e popularidade em alta, a presidente Dilma levou o debate para o Palácio do Planalto, apoiou o Bom Senso F.C e prometeu uma medida provisória que, neste momento, está em análise no Ministério da Fazenda.  No bom português, naquela ocasião ela “deu uma banana” para os deputados.

Agora, com prestígio em baixa, Dilma recorreu ao diálogo com as excelências, tentando salvar a promessa da Medida Provisória, evitando mais uma derrota do governo no Congresso Nacional.


Atleta profissional precisa de “apoio” do Estado?
Comentários Comente

José Cruz

No programa “Bem Amigos”, ontem, Galvão Bueno elogiou o tenista João Souza, o “Feijão”, no jogo mais longo da história da Copa Davis, no domingo, quando o brasileiro foi derrotado pelo argentino Leonardo Mayer. Inesquecível desempenho de Feijão, que aliou garra, técnica, resistência física, equilíbrio emocional e salvou dez matchs points em 6h42min!

Emocionado  – e não era para menos –,  Galvão apelou para que “alguém ajude esse garoto”, sugerindo bom patrocinador. Casagrande reforçou a necessidade de apoio financeiro ao talento brasileiro do tênis.

Profissionais

Assim como o vôlei, o basquete, o futebol, o judô, o golfe etc, o tênis é um esporte profissional, apoiado por patrocínios de marcas famosas expostas em valorizados torneios internacionais. Feijão e todos os profissionais do tênis brasileiros estão nesse circuito. Só este ano, o brasileiro já recebeu 111 mil dólares de premiações, aproximadamente 333 mil Reais! – dados da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).  E, aos 26 anos, já embolsou  911 mil dólares, quase três milhões de Reais! Isso é ótimo, até porque atleta tem limitado tempo de atuação profissional! thomaz-bellucci_copa-davis_2_vipcomm

Thomaz Bellucci (85º no ranking mundial), na foto, foi premiado com 75 mil dólares só nos primeiros três meses de 2015, e o tênis já lhe rendeu 3,3 milhões de dólares ao longo da carreira. Da mesma forma, os jogadores de duplas, Marcelo Melo e Bruno Soares, ambos com a conta corrente bem recompensada por suas atuações em circuitos do tênis.

E o mesmo ocorre no atletismo e na natação, por exemplo, com os grandes eventos mundiais pagando premiações em dinheiro. Profissionais desse nível precisam de Bolsa Atleta? Em que essa isso contribuirá para  melhorar seus desempenhos, enquanto jovens talentos da iniciação carecem de apoio mais expressivo e efetivo?

Lado oficial

O secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, acha que mesmo os profissionais precisam da Bolsa, “para não desvirtuar a lei com diferenciações, premiando uns e não premiando outros campões”. Mas, quando essa lei foi idealizada, a ideia era a de oferecer ao atleta o que ainda lhe faltava, porque o dinheiro público se concentrava no Comitê Olímpico e nas Confederações.

Com o tempo, isso mudou. Os Correios investem no esporte, pagam muitas despesas desses tenistas, e também lhes oferece bom “apoio” para que exibam a marca a estatal, o mesmo ocorrendo com os atletas da natação, saltos ornamentais, maratona aquática etc. Todos recebem.

Criada em 2004, a realidade da Bolsa Atleta é outra, uma década depois. São sete mil contemplados, uma quantidade impossível de o Ministério do Esporte controlar sobre a legalidade de todas as concessões. Há espertos recebendo o benefício, como já se mostrou, inclusive em auditoria do Tribunal de Contas da União. Outros não competem mais e continuam embolsando a grana!

Lei de Incentivo

Essa avaliação é indispensável também na Lei de Incentivo, cuja vigência termina em dezembro, podendo ou não ser renovada.  O Estado, apertado financeiramente, com as universidades paradas por falta de verbas, de um governo ainda sem o elementar orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, precisa ser mais rigoroso nas liberações dos recursos públicos para o esporte, principalmente olhando para o lado de baixo, onde a iniciação continua à míngua e, por isso, perdendo talentos por falta do tal “apoio”, que é farto, até em dólares, na parte de cima.

Mas essas revisões não podem ser isoladas de um contexto maior. Afinal, quem é o responsável pelo esporte profissional no Brasil? o Estado ou a iniciativa privada? Essa prática de hoje continuará após 2016? de forma isolada ou numa legislação segura para que os “legados” não sejam esquecidos, como é praxe?

Finalmente: quem está construindo e desenvolvendo esse debate, a partir da formulação de uma política de esporte de longo prazo com a inclusão da escola e da universidade, ou não, nesse circuito?


Tênis continua patinando na Copa Davis
Comentários Comente

José Cruz

Onze anos depois de ter assumido a presidência da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Rosa continua colecionando derrotas no Grupo Mundial da Copa Davis, num jejum de três ciclos olímpicos e meio.

A derrota de Thomaz Belucci para o argentino Federico Delbonis, por três sets a um, fechou o confronto de cinco jogos, em Buenos Aires, com vitória dos donos da casa por três jogos a dois. A crônica desse jogo está no UOL Esporte.

Destaque  ten_feijao-marcelo-sayao-efe3

O destaque da campanha brasileira foi João Souza, o Feijão (foto), que mostrou excelente regularidade e desempenho técnicos, aliados a um impressionante equilíbrio emocional, mesmo diante da provocativa torcida argentina. Feijão é o melhor brasileiro no ranking da ATP, em 72º lugar, com Thomaz Bellucci em segundo, 85º.

Investimentos

O tênis brasileiro é patrocinado pelos Correios que, destinou R$ 34 milhões à Confederação de Tênis, nos últimos sete anos. Porém, esses investimentos não repercutem no surgimento de um número expressivo de novos valores, num país de 50 milhões de estudantes. O esporte ainda carece de um projeto de massificação de longo prazo.

ANO R$ milhões
2008/2009

  3,8

2009/2010

  4,2

2010/2011

  4,5

2011/2012

  5,7

2012/2014      15,9
     Total      34,1

Memória

Fora das quadras e em nível de gestão das verbas públicas, continua a espera do relatório do Ministério Público de São Paulo, que desde 2012 investiga denúncias de irregularidades nas contas do presidente da CBT, Jorge Rosa.

A mais recente informação sobre o assunto é de dezembro último, quando a ex-contadora da CBT, Kátia Mueller, prestou depoimento ao Ministério Público paulista.

Na ocasião, ela apresentou recibos de pagamento de contas pessoais de Jorge Rosa, como salários de empregadas domésticas e compromissos financeiros de uma empresa de confecção da família. Cópias dos documentos foram entregues à imprensa.

“Muitas prestações de contas da Confederação Brasileira de Tênis de verbas recebidas dos Correios e do Ministério do Esporte foram feitas com notas fiscais frias ou fabricadas”, revelou a contadora aos promotores paulistas.

Além disso, aguarda-se resultado das investigações sobre a novimentação de seis contas correntes “emprestadas” à CBT, logo que Jorge Rosa assumiu a Confederação, em 2004.

 Para saber mais:

http://esporte.uol.com.br/tenis/ultimas-noticias/2014/12/12/documento-prova-presidente-da-cbt-usou-dinheiro-publico-com-conta-pessoal.htm


Caixa investe R$ 110 milhões anuais no patrocínio a 12 clubes de futebol
Comentários Comente

José Cruz

A Caixa Econômica Federal investe atualmente R$ 110 milhões anuais em patrocínios a 12 clubes de futebol. As aplicações variam de R$ 30 milhões/ano, no Corinthians, o mais valorizado, a R$ 500 mil/ano, no ASA e no CRB, ambos de Alagoas.

O número de clubes patrocinados e os valores destinados variam ano a ano. Esses patrocínios são independentes das verbas das loterias federais aplicadas no esporte, quase R$ 1 bilhão, em 2014, conforme publiquei na semana passada, aquicaixafutebol

A verba para o patrocínio de 12 clubes é parte do que a Caixa dispõe par aplicar em publicidade, optando pelos futebol para veicular sua marca, devido à visibilidade da modalidade na TV,principalmente.

Porém, se somarmos as verbas das loterias repassadas ao  alto rendimento com o patrocínio aos clubes do futebol teremos investimentos totais  de R$ 1 bilhão anual, fora a parceria com o Comitê Paraolímpico, motivo de futuro artigo.

Os valores atualizados de patrocínio são os seguintes, segundo a assessoria da Caixa são os seguintes:

CLUBEVALOR ANUAL R$
Corinthians/SP30.000.000,00
Flamengo/RJ25.000.000,00
Vasco da Gama/RJ (1)15.000.000,00
Atlético Paranaense / PR6.000.000,00
Coritiba FC /PR6.000.000,00
EC Vitória  ES6.000.000,00
Sport Club Recife/PE6.000.000,00
Figueirense FC/SC4.500.000,00
Chapecoense/SC4.000.000,00
Atlético Goianiense/GO (1)2.400.000,00
ABC Futebol Clube/RN2.000.000,00
América FC / RN2.000.000,00
CRB / AL500.000,00
ASA  de Arapiraca / AL500.000,00
T O T A L109.900.000,00
 (1)  Licença de uso de imagem; patrocínio em negociação.

 


Esporte recebeu R$ 932 milhões das loterias federais, em 2014
Comentários Comente

José Cruz

Verba é destinada a cinco instituições para projetos de alto rendimento. O valor foi 20% a mais sobre os repasses de 2013

DESTINAÇÃO

 R$ Milhões

Ministério do Esporte

508,9

Clubes de Futebol

102,9

Comitê Olímpico Brasil.

220,6

Comitê Paraolímpico

39,2

Confed. Bras. de Clubes

60,4

TOTAL

932,0

Os valores destinados ao esporte são resultado das apostas em dez tipos de sorteios: Megasena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Lotomania, Quina, Timemania, Instantânea, Federal e Dupla Sena.

loterias

O futebol recebe de três loterias: Lotogol, Timania e Loteca.

Para que se tenha uma ideia do que significa essa participação das loterias no orçamento do esporte, a Lei de Incentivo tem orçamento anual de R$ 400 milhões, isto é, menos da metade do repassado pelas loterias às instituições beneficiadas.

Segundo o artigo sexto da Lei Pelé, um terço da verba recebida pelo Ministério do Esporte é distribuída entre as secretarias de Esporte estaduais,

A vantagem desses recursos para o esporte é que, nos últimos anos, observa-se crescimento em torno de 20% nas apostas das loterias, com respectiva repercussão nos repasses para o esporte.

Futebol

Fora das loterias, a Caixa patrocina 14 clubes de futebol, com investimento anual de R$ 110 milhões. Este assunto será tratado no próximo artigo.


Andres Sanchez: “Na Câmara, tem mais louco que no Corinthians”
Comentários Comente

José Cruz

“… o futebol é uma coisa à parte, porque há anos, muitos dirigentes roubaram, muitos fizeram má gestão, muitos fizeram bom;  mas, infelizmente, por problemas neste país hipócrita de imposto pra lá, imposto pra cá, e ninguém sabe o que paga, a Receita entende uma coisa, a lei manda pagar outra, os clubes foram penalizados.”

Futebol & montadoras

Em discurso emocionado de seis minutos, na Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanchez afirmou que, no Brasil, “futebol é mais importante que montadora. Disse isso para ju0002050019370_imgstificar a necessidade de o governo renegociar a dívida fiscal dos clubes, atualmente em discussão entre os políticos e o Palácio do Planalto.

Ao afirmar que é uma “pessoa um pouco sincera” e que não sabe falar em público, porque é “tímido”,  discursou em tom de desabafo, como se estivesse em mesa de bar. E fez revelação para explicar o atual momento de dificuldades da economia do futebol:

“O futebol é uma coisa à parte, porque há anos, muitos dirigentes roubaram, muitos fizeram má gestão, muitos fizeram bom, mas, infelizmente, por problemas neste país hipócrita de imposto lá, imposto pra cá, e ninguém sabe o que paga, a Receita entende uma coisa, a lei manda pagar outra, os clubes foram penalizados.”

Assim como hospitais, montadoras e outros segmentos da economia, que foram beneficiados com refinanciamentos de suas dívidas fiscais, o deputado Sanchez acredita que o futebol também deve entrar nesse rol de privilégios, “porque futebol é mais importante que montadora”, afirmou.

Mas, segundo ele, “a imprensa fica criticando essa negociação “e esquece essa porra de montadoras”, provocando risos entre os seus colegas, inclusive no presidente da Comissão de Esporte, deputado Márcio Marinho (PRB/BA\), que acabara de ser eleito para o cargo.

Desculpas

Ao final, Sanchez desculpou-se pela “sinceridade e desabafo”. E justiticou:

“Hoje, até na igreja se fala palavrão”.

Por questões técnicas ou por iniciativa do deputado Márcio Marinho, o trecho do discurso com o palavrão foi retirado da sonora, liberada pela Câmara dos Deputados.

“Coisa de louco”    

curintiaNa saída do plenário da Comissão de Esporte, Andres Sanchez foi cumprimentado pelo estudante de Ciências Sociais, o mineiro Daniel Seran, que vestia a camisa da organizada “Fiel Belo Horizonte”. Ele estava ali para abraçar o seu ídolo-gestor.

Seran pediu ao deputado que faça, na Câmara, a mesma gestão de reforma desenvolvida quando na presidência do Corinthians, “que foi a base para o Corinthians crescer”, revelou o torcedor. Ainda agitado e abraçado ao garoto , Sanchez fez um desabafo final, antes de deixar o plenário:

“É difícil. É difícil. Aqui (na Câmara) só tem louco. Tem mais louco que no Corinthians…” – afirmou, sorrindo, demonstrando o tom de brincadeira.

Presidente

O novo presidente da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados é Márcio Marinho, que está no seu terceiro mandato parlamentar. Natural de Cabo Frio, Marinho se elegeu pelo PRB da Bahia. Pastor da Igreja Universal, chefiada pelo bispo Edir Macedo, Márcio Marinho é “radialista” e, assim como o ministro do Esporte, George Hilton, também PRB,  é pastor da Igreja “apresentador e animador”.