Confederação de Ginástica promove eleição, mas esconde informações
José Cruz
A Confederação Brasileira de Ginástica realiza hoje e amanhã sua assembleia geral para eleição de diretoria.
A atual presidente, Maria Luciene Cacho Resende, eleita em 2008, disputará a reeleição. Marco Martins, da Federação de Brasília concorre pela oposição.
A assembleia geral e eleição são os principais momentos de demonstração da democracia esportiva de uma entidade, que deve orgulhar seus atletas, principalmente.
E a ginástica, modalidade que por sua beleza e atuação de nossos atletas conquistou o torcedor brasileiro, também valorizada pelo ouro olímpico de Arthur Zanetti nos Jogos de Londres, torna-se opaca e suspeita na sua gestão.
Na página da Confederação não há qualquer referência sobre a assembleia de amanhã.
A CBG não leva aos seus atletas e admiradores informações sobre este importante momento na vida administrativa da entidade.
Nem o edital de convocação de assembleia foi publicado. Nem notícia de sua assessoria de imprensa. Nada!
Patrocinada pela Caixa Econômica Federal e Sadia, a Confederação recebe, também, recursos do Comitê Olímpico Brasileiro (Lei Piva) e do Ministério do Esporte.
Procurei na página da Confederação os valores recebidos nesta temporada. Procurei os últimos balanços financeiros. Nenhum registro. Muito estranho!
Também por isso, a gestão de Maria Luciene está sendo contestada por dirigentes estaduais, fazendo-se prever um pleito tumultuado em Sergipe, sede da Confederação.
Recebi documentos mostrando dezenas de irregularidades na atual gestão, mas preciso analisá-los antes de publicar.
Mas a forma escondida como a assembleia está sendo realizada, longe da divulgação pública, já é indício de que alguma coisa não vai bem por aquelas bandas. E o mais estranho é que o estatuto da Confederação mantenha esta barbaridade: eleição amanhã, prestação de contas só em fevereiro…