Atletismo: em 18 anos Brasil ganha segunda medalha de ouro no juvenil
José Cruz
A geração 2016 do atletismo brasileiro terminou o Campeonato Mundial Juvenil em 13º lugar, com uma medalha de ouro (Thiago Braz, o salto com vara) e três de bronze.
Os Estados Unidos foram os campeões. Quênia ficou em segundo lugar. Veja o quadro de medalhas
Apesar da evolução brasileira, o único ouro, em Barcelona, evidencia o atraso da modalidade.
Em 26 anos e 14 edições do Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo (primeira edição em Atenas, 1986), a medalha de Thiago Braz é a segunda de ouro que o Brasil conquista na competição.
A primeira foi em 1994, com Clodoaldo Gomes da Silva, que venceu os 20km nas ruas de Lisboa.
Agora, ao final do evento de Barcelona no ‘Placing Table’ (que classifica os países atribuindo pontos da 1ª a 8ª colocação em cada prova) terminamos na 12ª colocação, novamente atrás do Quênia, da Etiópia e da Jamaica e apenas um ponto à frente de Bahamas.
Perguntar não ofende
– Uma única medalha de ouro, em 18 anos, para uma confederação que desde 2001 conta com o aporte da Caixa e os repasses da Lei Piva, é um desempenho satisfatório?
– O aporte de verbas públicas está sendo bem investido na base e na preparação de novos talentos?
– O nosso atletismo (e o nosso esporte olímpico geral) não carecem – com urgência – de uma política de Estado para o esporte?
– Não estaria na hora (ou já passamos dela…?) de copiar, sem vergonha alguma, os programas de esporte escolar e esporte universitário de países como Estados Unidos, Jamaica e Cuba, por exemplo?
Análise
Voltarei a este assunto. O professor Fernando Franco, do Centro de Estudos de Atletismo, conclui análise com os resultados para melhor projetar o futuro do nosso atletismo.