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Arquivo : Vôlei

Bebeto de Freitas ganha reconhecimento internacional
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José Cruz

O vôlei volta a colocar o Brasil em destaque mundial, desta vez no Hall da Fama, que hoje receberá Bebeto de Freitas (foto) , Fofão e Renan Dal Zotto. bbfreitas

Com o seu potencial técnico e de gestor do esporte ignorados no Brasil, é nesse patamar de excelência que Bebeto de Freitas, técnico medalha de prata nos Jogos de Los Angeles, 1984, será acolhido. Um reconhecimento internacional merecido, também pelo exemplo de desportista de caráter, que não se dobra ao  comportamento dos tradicionais cartolas.

A cerimônia, em Holyoke, estado de Massachussetts (EUA), será às 19h (de Brasília) e poderá ser acompanhada neste link: http://www.volleyhall.org/ .  Holyoke é a cidade onde o vôlei foi criado, em 1895.


Bebeto de Freitas entra para o Hall da Fama do Vôlei
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José Cruz

Esquecido pela vaidosa cúpula do esporte brasileiro, Bebeto de Freitas ganha reconhecimento internacional, o segundo em menos de um ano. Crítico e irônico na análise do momento político-esportivo, ele pede a “atuação do FBI no combate à corrupção no Brasil”

bebeto

Em outubro, o ex-jogador e técnico da “geração de prata” entrará para o seleto grupo do Hall da Fama do Vôlei. Será a oitava personalidade brasileira condecorada, em Holyoke, Massachusetts (EUA), onde o vôlei foi criado, em 1895. Em 2014, Bebeto teve seu nome incluído no livro que homenageia as trinta mais importantes personalidades do vôlei na Itália.

Após conquistar cinco títulos dirigindo o clube italiano Maxicono Parma (1990-1995), Bebeto treinou a Seleção da Itália, sagrando-se campeão da Liga Mundial, em 1997, e Campeão Mundial em 1998. Esse feito o colocou como o único técnico brasileiro a ter título por outro país em todas as modalidades do esporte. No Brasil, já havia se consagrado, quando dirigiu as Seleções Olímpicas de 1984 e 1988, conhecida como “geração de prata”.

Emoção

Quando o seu trabalho é reconhecido por adversários dentro das quadras, no bom sentido, tem realmente um valor diferente. É um prêmio muito importante, pois o reconhecimento vem lá de fora e isso me enche de orgulho. Estou muito contente,uma vida dedicando tudo para o crescimento do esporte me sinto muito feliz”.

Crítica

Crítico com boa argumentação, cultura herdada do tio, João Saldanha, o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos, Bebeto lamenta o momento político-esportivo. Ele não silenciou diante do escândalo de corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei e ainda cobra: “Continuamos sem saber o que aconteceu e vamos ficar assim, sem saber nada daquele episódio na CBV”.

Diante das denúncias de corrupção, em geral, ele fala sério, mesmo na ironia, referindo-se às prisões de cartolas, diante do escândalo na Fifa. “A nossa salvação é pedir um FBI no Brasil. A Polícia Federal já não dá conta de investigar tanta denúncia por aqui. Por isso, estou mudando de time de coração. Sempre fui um botafoguense apaixonado. Agora, visto a camisa do FBI”.

Para saber mais sobre a carreira desse ex-jogador, técnico e gestor do esporte leia a reportagem que Bebeto de Freitas concedeu ao “Esporte Essencial. Aqui.

Foto: www.lancenet.com.br


Fraudes no vôlei e o bombástico relatório da CGU
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José Cruz

A Confederação Brasileira de Vôlei continua contribuindo para a onda de corrupção nacional com dinheiro público. Agora, de forma oficial, as revelações são estarrecedoras e mostram como foi a suspeita gestão do ex-presidente Ary Graça (foto)

ary  O recente relatório da CGU (Controladoria Geral da União), revelado pelo repórter Lúcio de Casto, aqui, mostra como as emoções do esporte olímpico e a conquista de valorizados títulos que orgulham o esporte escondem transações criminosas, há anos.

Não se trata de “suspeita”, de “ouvir dizer” ou “me contaram”. São constatações dos auditores da CGU, com base em documentos oficiais da própria Confederação Brasileira de Vôlei, que nos últimos 40 anos teve apenas dois três presidentes, Carlos Arthur Nuzman, Ary Graça e o atual, Walter Pitombo Larangeiras.

O relatório da CGU está neste link: http://sistemas.cgu.gov.br/relats/uploads/6670_%20Relatorio%20201407543%20BB.pdf

 Tênis

Esse bombástico relatório da CGU se junta a outros aqui revelados, como da Confederação Brasileira de Tênis, cujo presidente, Jorge Rosa, apresentou nota fria em prestação de contas ao Ministério do Esporte. As investigações daí decorrentes apontam para outras fraudes que em breve serão conhecidas, tão logo o processo saia do “segredo de justiça”.

Está evidente que os balanços publicados anualmente pelas entidades do esporte não são suficiente para demonstrar transparência no uso de verbas públicas que sustenta o esporte brasileiro – R$ 6 bilhões no último ciclo olímpico. No caso da CBV é balanço suspeito, diante das constatações de fraudes e operações ilícitas constatadas pela CGU.

CPI, JÁ!

Por isso, é inadiável a criação de uma “CPI do Dinheiro Público”, que faça uma varredura das verbas repassadas pelos cofres públicos ao Comitê Olímpico, ao Comitê Paraolímpico e às confederações desde o início do governo PT, em 2003 .Quem sabe em 2015, já como senador da República, o hoje deputado Romário lidere esse movimento.

Uma CPI com quebra de sigilo fiscal e bancário de todos os que assinam pelas entidades do esporte, diante da falta de confiança que há muito se tem dos cartolas em geral, pela falta de transparência nas operações com verbas do governo. E poderemos ter a surpresa de constatar que Ricardo Teixeira, no futebol, é um amador diante do alto rendimento olímpico.


CGU investiga crise no vôlei. Ministério do Esporte corta verbas
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José Cruz

A CGU (Controladoria Geral da União) já investiga as denúncias de irregularidades na gestão financeira da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), a partir do relatório de uma auditoria “confidencial e reservada” que apontou, também, favorecimento em negócios com ex-diretores da entidade. É mais uma ação que ajudará passar a limpo a gestão do ex-presidente Ary Graça, desde 2012 presidente da Federação Internacional de Vôlei.

A revelação foi do advogado Neuri Barbieri (foto), vice-presidente da CBV, que responde em nome do presidente Walter Pitombo Laranjeira, de 82 anos, ausente por motivo de saúde.

neuri

Em reunião com jornalistas, hoje, no Rio de Janeiro, Neuri explicou como as denúncias repercutiram na rotina da CBV, inclusive com a possibilidade de rompimento de contrato com o tradicional parceiro, Banco do Brasil. Para dar novos rumos à gestão administrativa e financeira, CBV encomendou novo modelo à Fundação Getúlio Vargas, ao custo de R$ 1,6 milhão. “Não queremos mais correr riscos”, resumiu Neuri. “Estamos aqui para fazer voleibol”, completou o diretor de marketing, Renan Dal Zotto, ex-craque e técnico de vôlei.

Corte em contratos

A situação na Confederação mais premiada dentre as modalidades olímpicas é tão grave que até o Ministério do Esporte cortou verbas para o vôlei. Dos R$ 42 milhões solicitados no ano passado para serem executados este ano foram liberados somente R$ 2,5 milhões, isto é, cerca de 5% do solicitado.

“Esse corte no pedido foi conseqüência da crise? Não sabemos, mas repercutiu no nosso trabalho e planejamento”, disse Neuri Barbieri. Para 2015 foram encaminhados ao Ministério projetos que envolvem R$ 25 milhões, contemplando vários segmentos, como capacitação de treinadores, por exemplo.

Omissão

Mas, afinal, o que levou a CBV, até então modelo de gestão no desporto brasileiro? Foram vários fatores, segundo Neuri. A omissão dos presidentes de federações foi uma delas. “Tínhamos bons resultados das seleções e, por isso, confiávamos na gestão de Ary Graça, que era do estilo centralizador. As federações foram omissas”, afirmou.

Em entrevista acompanhada pelos demais diretores da CBV, Neuri Barbieri lembrou que os contratos que provocaram o escândalo no vôlei, como pagamento de comissão a ex-diretores para intermediar patrocínios, nunca foram apresentados em assembléia. Neuri é presidente licenciado da Feeração Paranaense de Vôlei.

Novidade

A gestão financeira das confederações brasileiras sempre foi um mistério devido à falta de transparência, principalmente a partir de 2003, quando o governo do PT abriu as torneiras para o esporte de alto rendimento, financiando projetos de convênios com o Ministério do Esporte, Lei de Incentivo, patrocínio estatal (BB, Caixa, Correios, Infraero, Eletrobras, Petrobras etc).

Ao ser se conhecer que diretores da CBV se beneficiavam do cargo para faturar em nome de suas empresas, como já foi divulgado, o escândalo ganhou proporções, porque se tratava de má gestão na confederação tida como “modelo”.

Mas surpreende, também, que as questões sejam agora colocadas de forma tão clara, sem meias-palavras, como na entrevista de hoje, em que os prejuízos e perspectivas da modalidade foram colocadas, com detalhes, como contarei em outra mensagem, além da reportagem do companheiro Vinícius Konchinski. Essa transparência que parece surgir coincide com a chegada do jornalista Jandry Vicentin à chefia da assessoria de imprensa da CBV.

Neuri colocou à disposição o relatório de auditoria – “reservado e confidencial” – pedindo que evitassem divulgar dados de seu conteúdo. Mas, numa passada pelo documento, observei que o principal já havia sido divulgado pelo jornalista Lúcio de Castro, da ESPN Brasil.

O que falta

O detalhe é que essa auditoria da CGU se limita à gestão de Ary Graça. E a que veio antes, de Carlos Arthur Nuzman, o idealizador do modelo que até então vigorava? Sem suspeitas, mas com direito a pedir “transparência”, porque falamos de verbas públicas, essa é a investigação histórica que ainda nos falta. Não só no vôlei, mas em todas as confederações, cuja fiscalização é ignorada pelo doador maior, o Ministério do Esporte.


Vôlei abre as portas para conversar com jornalistas
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José Cruz

O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras (foto), e demais diretores receberão a imprensa para um bate-papo, amanhã, quando também será apresentada a nova equipe de comunicação da entidade.

Pitombo

Nesse encontro, espero conhecer o relatório da auditoria que avaliou a gestão do presidente anterior, Ary Graça. A CBV, como as demais confederações e todas as entidades que praticam o esporte de alto rendimento, são sustentadas por verbas públicas: Ministério do Esporte, Lei de Incentivo, Lei Piva, estatais, além de recursos municipais e estaduais, e isso sugere transparência total.

No ano passado, a CBV registrou o recebimento de R$ 31 milhões em convênios federal, estadual e municipal. E outros 29 milhões de patrocínios, aí incluído o Banco do Brasil, principal parceiro, conforme registro no balanço de 2013.


Resultados das Seleções escondem problemas na gestão do vôlei
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José Cruz

Os problemas da gestão na Confederação Brasileira de Vôlei são antigas, de 1997, quando o TCU identificou irregularidades no patrocínio com o Banco do Brasil. Essa “memória”, que recuperei no processo 925/97-7 do Tribunal, está no final deste artigo.

Em setembro do ano passado divulguei que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) enfrentava problemas de gestão financeira. Em março deste ano, o repórter Lúcio de Castro publicou os primeiros indícios de que a coisa ia mal, inclusive com o pagamento de comissão, para ex-diretores da CBV negociarem o contrato de patrocínio com o Banco do Brasil. Na semana passada, soubemos como as promoções do vôlei transformaram-se negócios de família, envolvendo o ex-presidente Ary Graça.

Estamos em agosto, a um mês de completar um ano das primeiras denúncias. A CBV já tem o relatório da Price Waterhouse sobre auditoria realizada. A questão é tão grave, que o ex-presidente, Ary Graça (foto), se demitiu. aryyy

Há quase dois anos na presidência da Federação Internacional de Vôlei, Ary queria dirigir a CBV à distância, tendo seu vice, Walter Pitombo Larangeiras, como seu representante. Diante das denúncias, pediu as contas.

Em quadra, é a modalidade esportiva mais vitoriosa no país, apesar de, internamente, nossas competições estarem limitadas a meia dúzia de estados e a apenas 12 equipes de cidades da elite da economia brasileira. Logo, a diretoria da CBV não pode usar a euforia das conquistas nas quadras para esconder a realidade de sua gestão financeira, iludindo o torcedor como se ali tivéssemos modelo administrativo equivalente ao esportivo.

E se o vôlei se tornou “escola de referência internacional” é porque há 23 anos tem patrocínio do Banco do Brasil, em todas as categorias. A CBV também recebe das loterias, via Comitê Olímpico, e de convênios com o Ministério do Esporte. Portanto, é uma instituição financiada por verbas públicas. Logo, a transparência deve ser pública. Mas é escondida.

Afinal, o relatório da auditoria será encaminhado ao Ministério Público? Os nomes até aqui denunciados estão mesmo envolvidos em falcatruas? Há outros personagens além dos divulgados até aqui? Quem? Desde quando? A Polícia Federal deve investigar se houve enriquecimento ilícito? Quem, enfim, decidirá sobre o destino desse tal relatório?

Memória Importante

Em 1997 a Confederação de Vôlei figurou num episódio estranho, identificado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), quando Ary Graça já era presidente, em substituição a Carlos Arthur Nuzman. O Tribunal chegou a esse caso a pedido do então deputado federal Augusto Carvalho.

O TCU comprovou que  houve significativa redução na quantidade de etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia: 19 etapas realizadas em 1994, 17, em 1995 e apenas 10 em  1996. Mas o valor do contrato com o Banco do Brasil não foi alterado: R$ 10,5 milhões para as três temporadas. E, surpreendentemente, foram pagos pela CBV 40% de comissão à Sport Media, segundo o TCU.

O ministro relator desse processo, Fernando Gonçalves, aprovou a proposta dos auditores e, quem sabe, a diretoria da CBV tivesse que devolver o dinheiro das etapas de vôlei de praia não realizadas.

Porém, o ministro Gonçalves adoeceu e novo relator do processo foi o ministro Adhemar Ghisi, que já morreu. Seu relatório foi favorável à CBV, alegando que a parceria com o Banco do Brasil “era bem sucedida”.

Mais

Sobre a redução das etapas de vôlei de praia, vejam o que decidiu o ministro Ghisi:

“Na realidade, não houve um descumprimento de cláusula contratual que tenha redundado na redução das etapas do circuito de vôlei de praia. Na verdade, o que ocorreu foi a ausência de previsão contratual para o número de tapas nos anos de 1995 e 1996, o que possibilitou sua redução”.

Ou seja, como não previram, a CBV fez o que bem entendeu. O Banco do Brasil pagou e não levou. E o dinheiro que sobrou não se sabe onde foi aplicado. E o TCU, através do então ministro Ghisi, disse que isso era muito normal.

Ajuda?

Bernard “jornada nas estrelas” Rajzman, premiadíssimo jogador de vôlei e, há bom tempo, destacado diretor do Comitê Olímpico do Brasil, é genro do ministro Adhemar Ghisi.

 


CBV esconde resultados da auditoria sobre suspeitas de falcatruas
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José Cruz

 

Há uma disputa interna na CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), entre os que querem esconder e os que desejam dar transparência à auditoria da Price Waterhouse, que investigou sobre denúncias de irregularidades nas finanças da entidade, que divulguei, em março.

Recentemente, a CBV contratou assessoria da Fundação Getúlio Vargas para formular proposta de gestão transparente no vôlei. É um recurso para, de forma discreta, tentar ajudar esquecer problemas.

Apoiado pelo Banco do Brasil há 23 anos, o vôlei conquistou 19 medalhas olímpicas e mais de 50 títulos mundiais na quadra e na areia, em todas as categorias. Estamos falando de uma potência esportiva dentro e fora das quadras.

Segredo

Mas, o que apurou a auditoria da Price? Segredo, como sugere a assessoria da CBV:

“O relatório foi entregue oficialmente à Confederação e está nas mãos do departamento jurídico da entidade. Algumas providências já foram tomadas e outras estão sendo analisadas. O relatório é interno”.

Memória

Em quatro décadas, entre 1975 e 2012, a CBV teve apenas dois presidentes, Carlos Arthur Nuzman e Ary Graça. E o atual, Walter Pitombo Laranjeira, foi vice-presidente desses dois dirigentes. Pitombo conhece muito bem os bastidores e a história desse esporte. Silenciará diante das denúncias, permitindo que seu nome figure entre os suspeitos de práticas ilegais, como as já denunciadas?

Enquanto isso…

Em março, por ocasião das denúncias, a direção do principal patrocinador assim se manifestou:

“A direção do Banco do Brasil condicionou a manutenção do apoio ao vôlei ao pronto esclarecimento dos fatos denunciados e à imediata adoção de medidas corretivas” … “Apesar de não ter responsabilidade legal ou contratual para fiscalizar a aplicação dos recursos do patrocínio, o Banco do Brasil entende que é necessário a CBV adotar novas práticas de gestão que tragam mais transparência para a aplicação dos recursos…”

Agora, ao ser indagado sobre os resultados da auditoria da Price, disse o Banco:

“O Banco do Brasil entende como positivas a contratação da auditoria externa e da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e permanece acompanhando atentamente as ações decorrentes das apurações realizadas.”

Indagado, o Ministério do Esporte não se manifestou.

Finalmente

E o que dizem os atletas e o próprio técnico Bernardinho, modelo de liderança e caráter, sobre essa questão?

Afinal, são eles que, por seus resultados, dão sustentação à parceria da CBV com o Banco do Brasil. Ficarão omissos nessa questão, contrastando os brilhantes resultados no esporte com suspeitas de desmandos de bastidores?

 

 

 


Derrotado na Liga Mundial, vôlei ainda deve transparência em suas contas
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José Cruz

Cinco meses depois das denúncias de irregularidades no uso de verbas públicas pela Confederação Brasileira de Vôlei, ainda não se tem notícia oficial sobre resultados da auditoria financeira

A Seleção Brasileira de Vôlei perdeu para os Estados Unidos por 3 x 1, hoje, na Itália, valendo o título da Liga Mundial. Depois de dois excelentes primeiros sets, o time do técnico Bernardinho desandou e foi abatido pelos norte-americanos, campeões depois de seis anos.

Enquanto isso…

Internamente, foi concluída a auditoria nas contas da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), para apurar denúncias de irregularidades no uso de verbas públicas, que dão sustentação financeira à entidade.

A questão é: o resultado irá ao Ministério Público, para ampliar a investigação e pedir a quebra de sigilo bancário dos nomes envolvidos nas denúncias?

Como divulgado em março, foi confirmado o pagamento de comissões de até R$ 10 milhões a ex-funcionário da CBV, para intermediar patrocínios com o Banco do Brasil. O banco, por sua vez, declarou que as negociações e acordos sempre foram diretamente com a CBV.

E agora?

A evolução desse processo é importantíssima, a fim de que se tenha a transparência indispensável na gestão de verbas públicas do esporte.

E essa é ótima oportunidade para passar a limpo a gestão de uma entidade que nos últimos 40 anos esteve nas mãos de apenas dois gestores, Carlos Arthur Nuzman (de 1975 a 1997) e Ary Graça (1997 a 2013). E, nesse tempo, um vice-presidente comum, Walter Pitombo Larangeiras, o Toroca, atual presidente.

Logo, o atual mandatário da CBV deve se interessar em trazer a público os resultados da auditoria. Afinal, ele esteve intimamente vinculado à diretorias anteriores, acusadas de terem escondido as tais irregularidades.

Alagoano, Toroca já foi vereador em Maceió como um dos principais aliados ao senador Renan Calheiros.


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