Rio 2016: golfe, um campo minado de suspeitos buracos
José Cruz
Foto: Alex Ferro / Comitê Rio 2016)
Um dos mais agressivos empreendimentos para os Jogos Rio 2016, a construção do campo de golfe, na reserva ambiental de Marapendi, na região da Barra da Tijuca, tem mais furos de suspeitas irregularidades que os 18 buracos para a tradicional competição, como demonstram os integrantes do movimento carioca “Golfe para quem”?
A mais recente denúncia demonstra, com documentos obtidos nos arquivos do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações), que aquela valorizada área pertence ao governo federal.
Em construção acelerada, o campo de golfe está em litígio desde 1970, há praticamente meio século. Mas decisões políticas do prefeito Eduardo Paes atropelam as ações judiciais.
Hoje, ao meio dia, com reprise à meia noite, o Sportscenter apresentará a segunda reportagem da série. Imperdível, para que se observe como os interesses olímpicos-imobiliários atropelam áreas públicas e normas judiciais.
Pior:
A obra do campo de golfe invade expressiva área da Mata Atlântica. O projeto se caracteriza por crime ambiental, sem que os governantes da cidade ou do estado do Rio de Janeiro tomem qualquer iniciativa.
E depois dos Jogos…
Quem se responsabilizará pela gestão do campo de golfe?
Será entregará à iniciativa privada, como ocorreu com o Estádio do Remo da Lagoa, fechando o espaço público para a população?
Será asfaltado para estacionamento dos condomínios de luxo, nos arredores, como fizeram com o estádio de atletismo Célio de Barros?
Ou será destruído, como o Velódromo do Pan 2007?
Para saber mais
Vejam estas reportagens, dos companheiros Marcelo Gomes e Roberto Salim, da ESPN, e a do repórter Vinicius konchinski, do UOL Esporte:
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/esporte/2014/08/24/campo-de-golfe-da-rio-2016-entra-na-mira-da-justica-e-nova-polemica.htm