Blog do José Cruz

Arquivo : caos

A energia do Mané e a saúde pública no DF
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José Cruz

12 de dezembro de 2013 – ex-governador do DF, Agnelo Queiroz

“Importada da Coréia do Sul, a Subestação Estádio Nacional Mané Garrincha foi construída com a melhor tecnologia disponível para este tipo de atendimento, e custou pouco mais de R$ 23 milhões”

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16 de junho de 2015 – secretário da Saúde do DF, João Batista de Sousa

“No Hospital de Base, a subestação de energia é a mesma da inauguração. Se eu ligar todos os equipamentos de uma vez, a energia cai”

“O equipamento de ressonância magnética da unidade é totalmente ultrapassado”

Enquanto isso…

O estádio, construído com recursos públicos, custou R$ 1,7 bilhão.

Em um ano, o estádio, de 72 mil lugares, recebeu apenas 22 jogos, média de 12.624 torcedores.

Finalmente

… 35 doentes internados em hospitais estão infectados por superbactéria, resistente a antibióticos. Cinco infectados morreram. Motivo da infecção: falta de higiene, imundice, inclusive nos blocos cirúrgicos …

O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, responsável pela obra do Mané Garrincha, está nos Estados Unidos, estudando inglês…

Um ano depois da “Copa das Copas” dá para entender o que é “padrão Fifa”…

 


Centro Olímpico do Espírito Santo vive caos a um ano dos Jogos Rio 2016
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José Cruz

Alex Cavalcanti

Colaboração para a Folha, em Vitória

Faltando pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, algumas das modalidades esportivas com maior potencial para conquistar medalhas estão sofrendo um “apagão” logístico e financeiro.

No Centro Olímpico do Espírito Santo (Coes), em Vitória, a falta de equipamentos e de infraestrutura e salários atrasados podem comprometer as chances de atletas de ponta, como o atual campeão brasileiro de taekwondo, Charlles Maioli.

“Estamos jogados às traças aqui. Justamente em um ano decisivo, com os Jogos Panamericanos e o Pré-Olímpico, estamos sem estrutura para treinar”, diz Maioli, campeão na categoria até 68 kg.

A reportagem completa, publicada na Folha de S.Paulo, está aqui.


Na capital da Copa das Copas, hospitais ficarão sem refeições
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José Cruz

estadio-nacional-brasilia-maquete1-440x279Em Brasília, onde o Governo do Distrito Federal gastou R$ 1,6 bilhão na construção de um estádio de futebol com72 mil lugares, a empresa fornecedora de alimentos para os funcionários de 16 hospitais e quatro UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) vai paralisar os serviços. Motivo: o governo, de Agnelo Queiroz, deve R$ 20 milhões à indústria de alimentação “Sanoli”, sendo R$ 8 milhões de julho e R$ 12 milhões de agosto.

Esse é o efeito do arrocho nas contas do governo distrital, um mês e meio depois de o Brasil ter realizado a “Copa das Copas”. Em 2013 e início deste ano, o governador Agnelo Queiroz determinou remanejar em torno de R$ 200 milhões dos orçamentos das Secretarias de Saúde, Segurança e Educação, para reforçar o caixa das obras do estádio Mané Garrincha.

Alerta

Em nota distribuída nos hospitais da cidade, no sábado passado, a direção da Sanoli advertiu que “sente-se no dever de esclarecer que se viu obrigada a paralisar os serviços de alimentação nos refeitórios dos hospitais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal”.

Disse mais:

“Temos percorrido todos os caminhos administrativos e burocráticos na busca de uma solução para que o pagamento fosse regularizado, e notificamos judicialmente a Secretaria de Saúde, no último dia 4”.

Ontem, a assessoria da Sanoli informou, por telefone:

Temos matéria prima para no máximo 15 dias. Além de não termos o dinheiro que nos é devido, nos falta crédito, enquanto não pagarmos os nossos compromissos. Vamos suspender o fornecimento de alimentos, na medida em que os suprimentos forem acabando; primeiro para os funcionários, depois para os acompanhantes hospitalares e finalmente os doentes”.

Enquanto isso…

A assessoria da Secretaria da Saúde nega:

“Não há nenhum motivo para que a empresa Sanoli suspenda o fornecimento de refeições aos hospitais do DF, uma vez que a Secretaria de Saúde vem realizando os pagamentos regularmente. Desde o início deste governo, em 2011, a Secretaria de Saúde pagou a empresa Sanoli cerca de R$ 350 milhões. Na semana passada, foi feito um repasse financeiro de quase R$ 4 milhões à empresa. Para essa semana está agendado outro repasse no valor de R$ 8 milhões.”

Mas…

A assessoria da Sanoli confirmou, ontem à noite, que existe o débito de R$ 8 milhões, referente a julho. E ainda falta pagar agosto.

Vitimas da Copa

Os problemas na rede pública de saúde da capital da República são tão graves que doentes morrem sem receber atendimento ou por falta de medicamentos, fato que se tornou comum Brasil afora.

O mais recente caso no Distrito Federal é de 14 de agosto, quando um bebê de três meses, com pneumonia, aguardava vaga em uma UTI no hospital de Planaltina, nos arredores da capital. Ele morreu sem receber o tratamento adequado, apesar de a Justiça ter determinado a internação do paciente.


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