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Esgrimistas questionam Confederação por “falta de transparência”
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José Cruz

“…sugerimos que a Confederação apresente à comunidade informações relativas à sua receita e às suas despesas”

A Associação Brasileira de Esgrimistas (ABE), que reúne os 80 principais competidores do país, questionou a presidência da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) sobre a “falta de transparência e clareza” nas contas da entidade, mantida por verbas públicas, como a Lei Piva, via Comitê Olímpico do Brasil (COB).  E alertaram para o “clima de desconfiança e incerteza entre os praticantes da modalidade” no que diz respeito à aplicação das verbas recebidas.

esgrima

“Acreditamos que uma gestão mais transparente contribuiria não apenas para a compreensão, por parte da comunidade esgrimística, de como a CBE administra seus recursos financeiros e operacionais, mas sobretudo para preservar a reputação da Confederação que tanto prezamos”, afirmou o presidente da ABE, Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha, em ofício ao presidente da Confederação, Gerli dos Santos.

Em 2 de junho último, publiquei artigo sobre algumas despesas da CBE, entre elas o pagamento de uma segunda sede, em Brasília, além da oficial, no Rio de Janeiro.

O ofício da ABE

Sr. Presidente Gerli dos Santos,

Na condição de presidente da Associação Brasileira de Esgrimistas e cumprindo, portanto, nosso estatuto social ao buscar representar os esgrimistas a ela associados, gostaria de compartilhar o sentimento que predomina entre muitos de nós.

Temos recebido inúmeros questionamentos com relação à falta de transparência e clareza no que diz respeito às contas da Confederação Brasileira de Esgrima. Pelo que podemos apurar, há um clima de desconfiança e incerteza entre os praticantes da nossa modalidade.

Em diversas ocasiões, a ABE procurou alertar quanto à importância dessa questão. Acreditamos que uma gestão mais transparente contribuiria não apenas para a compreensão, por parte da comunidade esgrimística, de como a CBE administra seus recursos financeiros e operacionais, mas sobretudo para preservar a reputação da Confederação que tanto prezamos.

Conforme anteriormente debatido em reunião entre nossa diretora Maria Julia Herklotz e o vice-presidente da CBE, Ricardo Machado, sugerimos que a Confederação apresente à comunidade informações relativas à sua receita e às suas despesas.

Não solicitamos uma prestação de contas oficial, como aquela apresentada aos órgãos competentes, e sim o simples compartilhamento de informações financeiras relevantes – as quais, aparentemente, têm sido mais acessíveis à imprensa do que aos verdadeiros interessados.

Estamos certos de que a divulgação desses dados seria suficiente para o esclarecimento de várias questões levantadas pela imprensa e pelos próprios esgrimistas.

Uma vez que temos interesses convergentes, espero que leve em consideração as palavras deste documento a despeito de nossa condição independente da Confederação.

Com os mais respeitosos cumprimentos,

Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha

Presidente


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