Bebeto de Freitas entra para o Hall da Fama do Vôlei
José Cruz
Esquecido pela vaidosa cúpula do esporte brasileiro, Bebeto de Freitas ganha reconhecimento internacional, o segundo em menos de um ano. Crítico e irônico na análise do momento político-esportivo, ele pede a ''atuação do FBI no combate à corrupção no Brasil''
Em outubro, o ex-jogador e técnico da ''geração de prata'' entrará para o seleto grupo do Hall da Fama do Vôlei. Será a oitava personalidade brasileira condecorada, em Holyoke, Massachusetts (EUA), onde o vôlei foi criado, em 1895. Em 2014, Bebeto teve seu nome incluído no livro que homenageia as trinta mais importantes personalidades do vôlei na Itália.
Após conquistar cinco títulos dirigindo o clube italiano Maxicono Parma (1990-1995), Bebeto treinou a Seleção da Itália, sagrando-se campeão da Liga Mundial, em 1997, e Campeão Mundial em 1998. Esse feito o colocou como o único técnico brasileiro a ter título por outro país em todas as modalidades do esporte. No Brasil, já havia se consagrado, quando dirigiu as Seleções Olímpicas de 1984 e 1988, conhecida como ''geração de prata''.
Emoção
“Quando o seu trabalho é reconhecido por adversários dentro das quadras, no bom sentido, tem realmente um valor diferente. É um prêmio muito importante, pois o reconhecimento vem lá de fora e isso me enche de orgulho. Estou muito contente,uma vida dedicando tudo para o crescimento do esporte me sinto muito feliz”.
Crítica
Crítico com boa argumentação, cultura herdada do tio, João Saldanha, o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos, Bebeto lamenta o momento político-esportivo. Ele não silenciou diante do escândalo de corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei e ainda cobra: “Continuamos sem saber o que aconteceu e vamos ficar assim, sem saber nada daquele episódio na CBV”.
Diante das denúncias de corrupção, em geral, ele fala sério, mesmo na ironia, referindo-se às prisões de cartolas, diante do escândalo na Fifa. “A nossa salvação é pedir um FBI no Brasil. A Polícia Federal já não dá conta de investigar tanta denúncia por aqui. Por isso, estou mudando de time de coração. Sempre fui um botafoguense apaixonado. Agora, visto a camisa do FBI”.
Para saber mais sobre a carreira desse ex-jogador, técnico e gestor do esporte leia a reportagem que Bebeto de Freitas concedeu ao “Esporte Essencial. Aqui.
Foto: www.lancenet.com.br