Governo paga para o basquete perder
José Cruz
Em três anos, Confederação de Basquete recebeu R$ 60 milhões de verbas públicas. Foi daí que saíram R$ 3 milhões para pagar o “convite”, a fim de que a Seleção Brasileira pudesse disputar o Mundial da Espanha, onde foi eliminada, ontem
Os 84 x 56 da Sérvia sobre o Brasil, ontem, no Mundial de Basquete, correspondem aos 7 x 1 da Alemanha, na Copa do Mundo: fomos goleados.
Sem esquecer que, com os jogadores que aqui atuam, perdemos a seletiva ao Mundial. E só chegamos ao evento graças a um “convite” de R$ 3 milhões, pagos pelo governo federal.
Recorri às pesquisas de Fábio Balassiano, que assina o excelente blog “Bala na Cesta”, para levantar valores, além de outros que atualizei: o basquete sobrevive graças ao dinheiro público e sem um projeto der massificação. Os recursos oficiais são destinados a vários projetos, mas o que se questiona, também, é a gestão dessa verba e a falta de metas de longo prazo. Isso sem falar se compete ao governo financiar o alto rendimento.
Confira as receitas entre 2011 e junho deste ano:
FONTE | R$ MILHÕES |
Lei Piva | 10.279,00 |
Lei Incentivo Esporte | 20.530,00 |
Patrocínio Eletrobras | 15.000,00 |
Ministério Esporte | 14.197,00 |
T O T A L | 60.006,00 |
Patrocínio
Em junho passado, acabou a parceria entre a CBB e a Eletrobras. O Bradesco é o novo patrocinador do basquete, mas usa recursos da Lei de Incentivo ao Esporte para tal. Ou seja, o cofre público continua pagando a conta do desperdício.