Vôlei: Confederação terá R$ 41 milhões do Ministério do Esporte
José Cruz
A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), que passa por denúncias de irregularidades em sua gestão, garantiu, no final do ano passado, junto ao Ministério do Esporte, a aprovação de projetos que totalizam R$ 41 milhões para aplicar, este ano, na preparação das seleções de quadra e praia, de olho nos Jogos Rio 2016.
O surpreendente é que, ao se ler a destinação dos recursos, fica a dúvida: onde serão aplicados os R$ 60 milhões (valor de 2012) de patrocínio do Banco do Brasil, exclusivo para as seleções, se o Ministério já está suprindo a preparação das equipes?
Esta é a questão que coloco há mais de cinco anos: quem controla o uso das várias fontes oficiais captadas pelas confederações – Lei de Incentivo, convênios do Ministério do Esporte, Lei Agnelo Piva (via COB) e patrocínio das estatais –, se está havendo duplicidade de aplicação, etc?
O mesmo ocorre com a natação, por exemplo, que tem R$ 3,5 milhões da Lei Piva, capta mais de R$ 10 milhões da Lei de Incentivo e ainda tem o patrocínio dos Correios. Qual o órgão que fiscaliza a real aplicação dessa fartura de dinheiro público?
O Ministério do Esporte não é. Porque lá trabalham apenas oito funcionários no setor de prestação de contas. E não há fiscais para viajar pelo país e constatar, no local, se o projeto está sendo executado.
EVENTO | VALOR R$ |
Preparação equipe vôlei de praia | 10.902.159,35 |
Campeonato de Seleções Estaduais | 5.069.029,34 |
Campeonato de Seleções Estaduais | 4.251.200,21 |
Infraestrutura técnica para jogos | 11.423.096,75 |
Seleção/treinamento novos talentos | 8.019.009,15 |
Preparação Selções Sub 19/21 vôlei praia | 1.925.684,00 |
TOTAL | 41.590.178,80 |
Veja aqui as demais propostas aprovadas pelo Ministério do Esporte para 2014.