Apoio à tenista nº 1 do Brasil veio do exterior
José Cruz
A reportagem de Felipe Pereira, do UOL Esporte, sobre a tenista número um do Brasil e 97ª do mundo, Teliana Pereira, revela como a Confederação Brasileira de Tênis age com autoritarismo e, depois, com desprezo, diante dos destaques da modalidade. É, também, a prova mais evidente da falta de um plano de esportes, mesmo 11 anos depois de o Ministério ter sido criado.
Nesta madrugada, Teliana Pereira foi derrotada pela russa Anastasia Pavlyuchnkova, por 7/6 e 6/4. Mas coube a ela, exclusivamente, levar o Brasil de volta a um Grand Slam, vinte anos depois de sua última participação.
Memória
No ano passado, a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal sugeriram a suspensão do convênio do Ministério do Esporte com a CBT, para injetar dinheiro na academia de Larry Passos, ex-técnico de Guga, em Santa Catarina, alegando que os objetivos não estavam sendo cumpridos. O Ministério chegou a liberar R$ 2 milhões.
A propósito, do presidente da Confederação de Tênis, Jorge Rosa: no ano passado, ele desviou R$ 440 mil da Lei de Incentivo ao Esporte. A denúncia foi publicada com provas de notas fiscais frias por ele entregues na prestação de contas, e Jorge foi intimado a devolver o dinheiro.
O Ministério do Esporte garante que ele devolveu. Não sei, pois nunca vi a guia de recolhimento da grana aos cofres públicos.
Jorge, que como os demais cartolas será assalariado do governo federal, continua gestor de verbas públicas, como da Lei Piva, convênios com o Ministério do Esporte, e verbas dos Correios.