Blog do José Cruz

Avanços e recuos do esporte e da educação fisica

José Cruz

Aos 53 anos, Brasília tem uma ainda recente história, e um dos capítulos da capital da República está no livro “Esportes – ponto de partida.

Escrito pelos jornalistas  Luiz Roberto Magalhães e Paulo Rossi, a publicação é uma preciosidade. Principalmente, porque, como disse Luiz Roberto,  boa parte foi escrita a partir de entrevistas e depoimentos de testemunhas “daqueles” tempos.

Fartamente documentado, Ponto de Partida, conta bastidores de atletas que aqui começaram carreiras e se tornaram famosos.

Alguns registros

Joaquim Cruz, ouro nos 800m, Jogos de Los Angeles; o judoca Luciano Correa, campeão mundial, categoria 100kg, em 2007; Ketleyn Quadros, também judoca, bronze nos Jogos de Pequim e a primeira brasileira a conquistar o pódio olímpico em provas individuais; Lars e Torben Grael, que começaram carreira velejando no Lago Paranoá; o “Mão Santa”, Oscar Schmidt. Leila e Ricarda, no vôlei, antes de Paula Pequeno, Tandara e Fabíola, todas com passagem pela Seleção Brasileira; o tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet, enfim.

Mas…

Um dos atores do livro é o carioca Marco Antônio Moraes, que aqui chegou com a fundação da cidade, depois de aprovado em concurso do GDF. Professor de Educação Física, ele se envolveu com o esporte, em geral, e o vôlei, em particular.

No depoimento que deu e nas fotos que apresentou Marco Antônio, hoje com 74 anos, mostrou que “naquele tempo” os estudantes tinham participação efetiva nas aulas de educação física e na prática de uma ou outra modalidade esportiva. Era matéria era curricular, obrigatória.

Essa é “memória” triste, mas indispensável, no l.ivro de Luiz Roberto e Paulo Rossi.

Ao mostrar como o governo já foi exigente nesse quesito, os autores exibem a regressão no sistema de ensino ao longo dos anos. Educação Física é matéria ''obrigatória'', há lei neste sentido. Hoje, sem a prática esportiva de ontem, tornou-se aula de lazer, de faz de conta

Os governos que se sucederam relaxaram e abriram mão dessa preciosidade que é a prática de educação física, tanto colocando os alunos em contato com o esporte quanto contribuindo com a formação do caráter dos jovens.

Nesse aspecto, nosso atraso é sem igual. Pior: não há previsão para solucionar o grave problema a curto nem a médio prazos, pois as excelências do Ministério da Educação não gostam de debater sobre esse assunto.

Esporte – Ponto de Partida

Editado pelo Instituto Terceiro Setor

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