Sesi de SC recebe R$ 10 milhões para desenvolver esportes olímpicos
José Cruz
Só este ano, Ministério do Esporte já aprovou R$ 161 milhões em projetos para cinco capitais e o Distrito Federal
O Sesi (Serviço Social da Indústria) de Florianópolis, tradicional instituições de esporte e lazer para empregados da indústria, tornou-se parceiro do Ministério do Esporte para desenvolver o esporte de alto rendimento.
Dois convênios, totalizando R$ 10,3 milhões, foram assinados com o Ministério do Esporte. O dinheiro será aplicado nas instalações esportivas do Sesi da capital catarinense e servirá, também, para “capacitar professores de atletismo, badminton, basquete, hóquei sobre grama, rugby, tênis de campo e vôlei”
O primeiro convênio, de R$ 5,1 milhões, foi assinado em 7 de março, e o outro em 13 de maio, R$ 5,2 milhões.
Rio 2016
De olho nos Jogos Rio 2016 o Ministério do Esporte abriu os cofres e só este ano já liberou R$ 161,017 milhões para confederações, ligas e clubes de cinco capitais – Rio Grande do Sul, Florianópolis, São Paulo,Rio de Janeiro, Belo Horizonte – e o Distrito Federal. O dinheiro sai por conta do ''Plano Brasil Medalhas 2016'', lançado em 2012 pelo governo federal.
O CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro), que constroi um centro de treinamento em São Paulo, e tem como meta ficar entre os cinco primeiros países nos Jogos Rio 2016, foi a instituição que mais recebeu recursos do Ministério do Esporte neste ano: R$ 38.213.180,00.
Olímpicos
Entre as modalidades olímpicas, os clubes sociais formadores de atletas – Pinheiros, (SP), Grêmio Náutico União e Sogipa, em Porto Alegre, Tijuca Tênis Clube, no Rio, e Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, receberam 12,4 milhões. Desses, o Pinheiros aprovou R$ 4,9 milhões, seguido do Grêmio Náutico União, com R$ 4 milhões.
Já em nível de confederações, a de Basquete – que teve o contrato de patrocínio suspenso pela Eletrobras – foi a mais privilegiada: R$ 12 milhões.
A Liga Nacional de Basquete também aprovou projetos, num total de R$ 10 milhões junto ao Ministério do Esporte, para competições, compra de equipamentos etc. Individualmente, o basquete é a modalidade mais favorecida pelo Ministério do Esporte, com R$ 22 milhões só nesta temporada.
A Confederação de Rugby, que vai estrear nos Jogos do Rio de Janeiro, foi contemplada com R$ 8,4 milhões, seguida do Pentatlo Moderno, com R$ 7,8 milhões. O golfe, que também será novidade em 2016, recebeu R$ 3,1 milhões.
No ranking das confederações, Tênis de Mesa aparece com R$ 7,6 milhões, seguida de Lutas Associadas, com R$ 5,7 milhões, Judô, R$ 3,8 milhões, e a de Desportos Aquáticos, R$ 3,3 milhões. Os repasses são feitos pelo ministério mediante apresentação de projetos. Os valores são liberados em parcelas.
Reforço
Os recursos do Ministério do Esporte reforçam os caixas das entidades esportivas que já contam com verbas da Lei Piva, através do Comitê Olímpico, Lei de Incentivo ao Esporte, Confederação Brasileira de Clubes (R$ 101 milhões disponíveis este ano para a iniciação) e seis estatais (Banco do Brasil, Caixa, Eletrobrás, Infraero, Correios, e Petrobras).
Além disso, o Ministério do Esporte está aplicando este ano R 183 milhões em Bolsa Atleta, que atende a 5.691 competidores.
Está comprovada a estatização da economia do esporte de alto rendimento, porém a gestão é privatizada e aí é que se cria o conflito e surgem as denúncias e suspeitas de corrupção, nem sempre apuradas com o rigor que a legislação impõe.