Blog do José Cruz

O novo capítulo do doping

José Cruz

Ao confessar que  se dopou, Lance Armstrong aumenta o capítulo triste do esporte de alto rendimento, de desmentidos e confissões.

A norte-americana Marion Jones também negou, por longo tempo, que não estava dopada ao ganhar cinco medalhas nos Jogos de Sydney 2000.

Mas em 2007 ela admitiu a ilegalidade e foi presa por ter mentido às autoridades americanas.

Há seis anos, o velocista Antonio Pettigrew, também confessou uso de drogas proibidas, quando o revezamento 4×400 dos Estados Unidos ganhou ouro na Olimpíada de 2000.

Antonio, morto em 2010, aos 42 anos, levou para o ralo outro velocista famoso, Michael Johnson, cinco medalhas de ouro olímpicas.

Pettigrew, que nunca testou positivo em controles antidoping,  revelou que se dopara em 2008, durante o julgamento de seu treinador, Trevor Graham, envolvido no escândalo dos laboratórios Balco.

E teve o caso de 1988, quando nos Jogos de Seul Ben Johnson ganhou ouro nos 100m. Poucos dias depois o exame antidoping acusava a fraude.

E por aí vai…

Essas histórias e depoimentos me levam ao amigo Afonso Morais, também jornalista, dos bons. Ex-ciclista e ainda mais jovem, ele atingiu nível para disputar famosas provas no exterior.

Para isso, precisava “reforçar” o físico e “ganhar força”. Afonso deu uma banana para o alto rendimento.

Hoje, ele continua atleta: corre e pedala por prazer, desviando do pódio.

Mas no esporte de alto rendimento o negócio, oculto, é rentável.

Aí a conversa é outra, até a próxima vítima, seu desmentido e confissão.