Apesar da má gestão, o basquete se dá bem
José Cruz
Na mensagem anterior, comentei sobre a ousadia do ex-ministro Orlando Silva, que ignorou auditorias da Controladoria Geral da União e autorizou contratos financeiros para uma entidade acusada superfaturar contratos e desviar dinheiro, o Instituto Contato, de Florianópolis. Até a Polícia Federal age no caso.
Agora, é o ministro Aldo Rebelo que repassa R$ 14,8 milhões par a Confederação Brasileira de Basquete, uma entidade suspeita de má gestão da verba pública.
O balanço de 2011 mostrou que, fosse a CBB uma entidade privada estaria falida, tais os desmandos ali praticados. Fez empréstimos bancários com juros altíssimos, apesar de ter patrocínios da Eletrobras, Bradesco, Nike, verbas da Lei Piva, etc.
Neste aspecto, associo-me à indignação do companheiro Fábio Balassiano, que detonou em seu blog, Bala na Cesta
Há vários aspectos que podem ser questionados a partir desse contrato de R$ 14,8 milhões: compete ao governo federal se envolver numa atividade profissional como o basquete, que por má gestão, não consegue andar com as próprias pernas?
Em segundo lugar, os assessores do ministério analisaram os balanços da Confederação de Basquete para liberarem esse volume de dinheiro?
Que projetos a CBB desenvolveu nos últimos anos para massificar a modalidade?
Depois de 10 anos criado, o Ministério ainda não apresentou um projeto consistente de esporte para o país. Mas mantém o cofre aberto para satisfazer candidatos, como Carlos Nunes, que disputará mais um mandato este ano para continuar à frente da Confederação de Basquete.
O ministro Aldo Rebelo ignora o artigo 217 da Constituição, que determina a aplicação prioritária de verbas no desporto escolar. E privilegia o profissional, o rentável, o esporte de gestão duvidosa, inclusive.