Para incentivar o debate sobre a prática da EF na escola
José Cruz
“… Isso é uma coisa que eu sempre senti falta no Brasil – o reconhecimento institucional para a ensinagem. Eu sempre dei muitas aulas, trabalhava feito louco, de segunda pela manhã até sexta a noite, ‘enfrentando’ centenas de aluninhos… Honestamente, poucas vezes deixei a peteca cair, sempre tentei manter uma atmosfera de ensinagem estimulante. Meus alunos reconheciam isto, sempre tive uma avaliação muito positiva por parte deles. Quando eu lecionava na saudosa Faculdade de Educação Fisica do Mackenzie, o meu mais-que-amigo-quase-irmão Marcos Merida, o diretor da época, volta e meia me chamava na sua salinha para mostrar as avaliações que os alunos faziam do meu trabalho… Ele ficava super- satisfeito, me dava uma super-força, mostrava como eu estava sempre entre os ‘top 3’ docentes daquela universidade. Mas era uma coisa pessoal dele, como o grande líder e educador entusiasta que sempre foi. Nunca houve um apoio institucional de fato para quem se sobressaísse na ensinagem.”
O texto completo sobre este assunto, cuja publicação foi sugerida pelo professor Archimedes Moura, está aqui e é de autoria de Jorge Knijini.
Jorge Knijnik, da School of Education at University of Western Sydney, atua nas áreas de PDHPE (personal development, health and physical education), na formação de professores primarios (5-12 anos) e de professores para PDHPE no Ensino Medio (13 – 18). Jorge também é orientando alunos de doutorado nas temáticas de relações sociais no esporte e na Educação Física (gênero, etnia, raça), filosofia e da sociologia do esporte e da educação física.