Afinal, onde a base se esconde?
José Cruz
Durante os Jogos de Londres muito se ouviu sobre “investimentos na base”. Ou “o dinheiro não chega à base”.
Mas, afinal, onde está a base?
Está por aí, pelos estados, pelas cidades escondidas, Brasil afora, esperando que o dinheiro público, um dia, chegue onde tem um atleta em potencial, um talento.
Afonso Morais foi ao Nordeste visitar a família. E com a sensibilidade de repórter que enxerga notícia escondida ele não perdeu a chance de entrevistar um ex-campeão de corridas de rua, hoje técnico, que explica, em parte, sobre a tal “base e suas dificuldades.”
Afonso, colaborador deste blog, me alertou para as limitações técnicas da gravação, feita num celular.
Não se preocupe, Amigo. O que importa é a mensagem. Ela está muito clara e complementa, perfeitamente, a entrevista do técnico campeão olímpico, Luiz Alberto de Oliveira, que ontem publiquei. Essas duas postagens ajudam a enter um pouco mais os problemas do nosso esporte, rico em dinheiro e pobre em gestão.
Escondido no Nordeste
Por Afonso Morais
Na ressaca de uma das mais decepcionantes campanhas olímpicas do Brasil, a entrevista a seguir pode esclarecer as razões do fraco desempenho do atletismo brasileiro nos Jogos de Londres. Com a experiência de quem venceu inúmeras competições, o ex-atleta Francisco Armendes Cardoso, de 38 anos, nos faz entender como, apesar dos 26 milhões de reais disponíveis para a Confederação Brasileira de Atletismo (sendo 24 milhões de verba pública), a modalidade retrocedeu 20 anos nesta edição das Olimpíadas, já que o país também não conquistou nenhuma medalha no atletismo nos Jogos de Barcelona, em 1992.
Confira a entrevista