Blog do José Cruz

Arquivo : agosto 2012

Natação recebeu R$ 45,5 milhões em três anos e fez água… Já o judô!
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José Cruz

Os Correios investiram R$ 45,5 milhões na Confederação de Desportos Aquáticos, nos últimos três anos. Trouxe duas medalhas: prata e bronze e a queda do campeão olímpico dos 50m.

Já a Infraero destinou R$ 7 milhões ao judô, no mesmo período. Numa delegação de 14 atletas quatro foram ao pódio, com uma medalha dourada. 

Sobre isso, farei análise com detalhes dos investimentos públicos no esporte de rendimento. Aguardem, há novidades!

Está claro que a natação fez água… Isso sem falar no vexame de não termos uma delegação feminina altamente competitiva, o que revela a falta de massificação da modalidade.

Já no masculino, ficamos na dependência de pouquíssimos nomes consagrados, com raríssimas novidades.

E um deles se “cansa”, como ocorreu com Cielo …

Mas somos um país olímpico…

E o tênis, o que foi fazer em Londres? Por favor, não culpem os atletas. A história é outra.

Mas a Confederação de Tênis teve  investimentos de R$ 17 milhões dos Correios. E qual o trabalho de base dessa modalidade no Brasil?

E o presidente, Jorge Rosa, está aí, pronto para assumir seu terceiro mandato …

O resultado olímpico renova, também, a cada quatro anos, o perfil de nossos gestores esportivos e suas “eficientes” administrações…

O Ministério do Esporte tem a obrigação de exigir balanço transparente dos senhores cartolas. E, se possível, tentar dar rumos ao país que se diz “olímpico”.

Conseguirá, com a Copa aí, batendo à porta?

Sinceramente? querem me enlouquecer!


Londres 2012: Geração Nelson Mandela, quem diria!
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José Cruz

Ao ver a comemoração da equipe de remo da África do Sul na conquista da medalha de ouro no “4/sem” me fez lembrar como havia seres estúpidos naquele país.

Há 18 anos, apenas 18 anos, terminava o regime do apartheid, que por sinal foi a causa daquele país ter sido afastado dos jogos olímpicos.

Seria impossível não se emocionar ao ver o atleta negro Sizwe Ndlovu pular dentro da minúscula embarcação e abraçar seus colegas brancos e sorridentes James Thompson, John Smith e Matthew Brittain.

                                                 esportes.estadao.com.br

Detalhe

Todos eles, principalmente Ndlovu, conviveram com aqueles dias “negros”, ou seria melhor chamá-los de “dias desbotados”??

No final do regime eles tinham, repectivamente, 14, 8, 4 e 7 anos de idade.

Um viva ao Nelson Mandela e companheiros de luta… A geração que ele preparou está aí, unida pelo esporte.

No twitter: www.twitter.com/blogdojosecruz


O atletismo pode ajudar a salvar a pátria?
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José Cruz

Fernando Franco

Vai começar a correria, no bom sentido. A modalidade que sintetiza a origem dos Jogos, o atletismo, abre a pista nesta sexta-feira, nos em Londres.

O Brasil tem 14 medalhas na competição, sendo quatro de ouro, três de prata e sete de bronze.

Afinal, o atletismo pode fazer uma boa campanha em Londres?

Individualmente, acredito que apenas Fabiana Murer, no salto com vara, poderá conquistar medalha, a partir de uma análise que fiz dos resultados de nossos atletas na última temporada. Revezamentos e maratonas comentarei no momento das provas.

Maurrem Maggi está com 36 anos, sem a mesma forma de 2008. Há quatro anos, saltou cinco ou seis vezes acima de 6,80 na mesma competição. Não repetiu mais a performance. Para chegar à final terá que saltar acima de 6,75. Este é o seu desafio.

A equipe masculina não deverá conquistar pódio nas provas individuais. Creio que alguns atletas escalados para o revezamento 4x100m possam participar dos 100m, mas as possibilidades de sucesso serão mínimas, quanto muito chegar ás quartas de final.

No geral, falta regularidade aos nossos atletas. Eles fazem resultados excepcionais em um determinado dia e dificilmente voltam a materializar essas marcas.

Seis brasileiros disputam o atletismo logo no primeiro dia:

Keila Costa, qualificação do salto triplo

Fez 12,97m no Mundial Juvenil de 2000 e ficou em 11º lugar. Este ano fez 14,31m em maio. É a 22º marca do ranking mundial, liderado pela ucraniana Olha Saladuha, com 14,99m. Chegará à final, mas com salto acima de 14m na classificação. No Mundial adulto de 2011 ficou em 12º lugar.

Rosângela Santos – primeira fase dos 100 m

Com 11s21 é o 27º tempo do ranking mundial. Shelly Pryce, da Jamaica lidera, com 10s70. Rosângela já esteve em dois Mundiais juvenis. Ficou em quarto, em 2008 (11s71) e não foi à final em 2010. Poderá chegar à semifinal, mas para isso precisará correr abaixo de 11s10.

Andressa de Moraislançamento do disco

Não foi à final no Mundial juvenil de 2008, quando marcou 47,44 na qualificação. É a 12º do ranking (62,21m), registrado em junho.

Geisa Coutinho e Joelma – preliminar dos 400m.

As 15 primeiras do ranking correm na faixa dos 49s. Geisa tem 51s46 e Joelma 51,54. Parada dura para a dupla brasileira avançar.

Mauro Vinícius da Silva – qualificação do salto em distância

Sagrou-se campeão mundial indoor este ano, mas com 8,10m está em 27º lugar do ranking mundial. No Troféu Brasil, saltou 7,97m. Aos 26 anos, repete seu salto quando tinha 20 anos. O líder da prova é o inglês Greg Rutherford, com 8,35m.

Fernando Franco é o responsável pelo Centro de Estudos de Atletismo, em Brasília

No twitter: www.twitter.com/blogdojosecruz

 


Rápidas Olímpicas
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José Cruz

Por Walter Guimarães

O sorriso de Mayra

O sorriso da judoca Mayra Aguiar, no meio do golpe pela disputa da medalha de bronze, foi imagem única. Ela percebeu que não tinha como a adversária evitar a queda de costas e, discretamente, esboçou uma comemoração antecipada. Esta gaúcha merece, aliás, merecia o ouro, mas o bronze deve ser bem comemorado.

Foto: ahe! Judô

Placar

O Brasil está assim no quadro de medalhas:

Associação de Judô Expedito Falcão (PI): 1 ouro;

Corinthians: 1 prata;

Sogipa: 2 bronze.

Batendo cabeça

O desencontro das declarações do técnico Ricardo Moura, da Confederação de Desportos Aquáticos, e de César Cielo, sobre a estratégia adotada no revezamento 4x100m, assustam. A cobrança pelos resultados dos pupilos e companheiros, respectivamente, mostram que a natação brasileira não está sintonizada.

Decepções e alegrias

A vela e o vôlei já não assustam mais como há poucos anos.

Já o handebol feminino assusta como nunca. Bela evolução das meninas


Segundo Tempo: PF entra em campo em mais um caso esdrúxulo
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José Cruz

Pausa no noticiário olímpico,  porque a Polícia Federal entrou em campo. E a Controladoria Geral da União também, para recolher documentos na ONG Bola pra Frente, de Jaguariúna (SP), que comprovariam desvios de recursos liberados pelo Ministério do Esporte. Grana grossa está sob suspeita.

A operação da Polícia Federal chama-se “Gol de Mão”

O assunto é antigo, vem de 2008 quando escrevi:

A ONG Bola pra frente, de Jaguariúna (SP), foi a terceira instituição privada sem fins lucrativos que mais recebeu recursos do Ministério do Esporte, em 2008: R$ 8,5 milhões. Tanto dinheiro até passaria despercebido, não fosse por um detalhe: a Bola pra Frente é dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, vereadora de Jaguariúna pelo PCdoB, mesmo partido do ministro do Esporte, Orlando Silva”

Os dados acima, oficiais, foram apurados pelos companheiros da Associação Contas Abertas.

Hoje, quatro anos depois da primeira denúncia, a imprensa divulga que a Bola pra Frente recebeu R$ 28,1 milhões para atender 18 mil crianças do Segundo Tempo. “Mas o dinheiro não foi aplicado de forma adequada”, completa a notícia de Edson Luiz, no Correio Braziliense.

Foram identificados indícios de superfaturamento na aquisição de alimentos, e suspeita de uso de empresas fantasmas como fornecedoras”.

A CGU constatou que o número de crianças e adolescentes atendidos com atividades esportivas foi inferior aos 18 mil informados pela entidade.

Esta é mais uma prova que, sob a gestão do então ministro do Esporte, Orlando Silva, não havia fiscalização nas instituições contempladas com verbas públicas, principalmente às ligadas aos companheiros do PCdoB.

Demitido em outubro do Ministério do Esporte, acusado de irregularidades administrativas, Orlando Silva é candidato à Câmara de Vereadores de São Paulo, na eleição de outubro.

É o típico caso de ter usado o cargo público para, liberando verbas a currais eleitorais, se promover politicamente, como historicamente ocorre há décadas em todos os ministérios, independentemente de partido que ali está instalado.


Aldo Rebelo apoia projeto de lei que reduz mandatos dos cartolas
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José Cruz

A manifestação está na entrevista do ministro do Esporte ao repórter Gustavo Franceschini, do UOL, em Londres.

O ministro fala sobre medalhas, Copa do Mundo,Olimpíada, novo velódromo no Rio, Ricardo Teixeira, João Havelange, problemas nacionais do esporte etc…

Acho que as instituições que governam o esporte no Brasil e o futebol precisam passar por um processo de democratização e de modernização compatíveis com a evolução da sociedade e as exigências do próprio esporte. Acho que os resultados, em havendo democratização e profissionalização, vão aparecer”.

Confira