Blog do José Cruz

Arquivo : julho 2012

Sem dinheiro, Brasil está fora dos Mundiais Universitários de Rugby e Basquete 3 x 3
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José Cruz

As seleções brasileiras universitárias de rugby e a de basquete 3×3 estão fora dos respectivos campeonatos mundiais por falta de recursos financeiros para as viagens.

O pedido de verbas, encaminhado pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) ao Ministério do Esporte, não tinha sido liberado até ontem. Tarde demais, pois os eventos começam nesta terça-feira.

Pedidos

“Não vamos aos Mundiais de Rugby e o Basquete 3 x 3 porque o trâmite do convênio com o Ministério do Esporte não houve tempo para firmar o convênio e comprar as passagens. Vale ressaltar que fizemos a solicitação em janeiro deste ano”, respondeu o presidente da CBDU, Luciano Cabral.

O dirigente explicou:

“Lamentamos o cancelamento da participação nestes dois mundiais, mas não podemos assumir uma viagem sem a certeza de recebimento dos recursos. Sei do prejuízo para os atletas e também para própria CBDU, pois estes dois eventos internacionais eram os mais estratégicos do nosso calendário, tendo em vista que seremos sede dos próximos Mundiais justamente nestas duas modalidades. Mas a razão deve pautar nossas ações”, afirmou Luciano.

A França recebe o Mundial de Rugby com 19 seleções. O Brasil estava na Grupo C e jogaria a primeira etapa contra a Espanha, Bélgica, Quênia e Japão.

No feminino, as brasileiras enfrentariam a Espanha, Grã-Bretanha e Romênia.

Basquete

Já o Mundial de Basquete 3×3 será na Sérvia, mas também com a ausência dos brasileiros. Em 2014 o evento está marcado para a Bahia. Será?

No Mundial Feminino, o Brasil estava no Grupo 2, ao lado de Sérvia, China, Hungria, Romênia e Itália

No masculino, os brasileiros enfrentariam a Sérvia, Arábia Saudita, Romênia, Hungria, Alemanha e Israel.

Prejuízo

Observe, caro Leitor, que o Brasil será sede dos dois campeonatos mundiais. Tradicionalmente, a formalidade desse compromisso é feita ao final dos eventos que agora se realizam na França e na Sérvia. No entanto, não teremos representantes para assumir a sede das competições.

Que tal?

O Ministério do Esporte ficou de responder até amanhã sobre os motivos da não liberação de recursos. Mas, agora é tarde. A Bandeira Nacional Brasileira já foi retirada da programação oficial.

Qual o prejuízo dessas ausências para a imagem esportiva do país olimpico?

 

 

 


CBDE II – Novas denúncias revelam desprezo com atletas
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José Cruz

Depois da notícia que publiquei ontem ( Desporto escolar: CBDE, desleixo com os atletas ), sobre a quarta colocação do Brasil nos Jogos Escolares Pan-Americanos, na Guatemala, recebi novas denúncias que publico na íntegra.

Elas dão a dimensão da precariedade da gestão e a necessidade de uma reação urgente do Ministério do Esporte, financiador da Confederação Brasileira de Desporto Escolar. Mais: os dirigentes da CBDE mostram desprezo com  representantes brasileiros em eventos internacionais.

Inacreditável que isso esteja ocorrendo no Brasil Olímpico Rio 2016.

“Cruz ,

Lá vão algumas coisas que não estão na sua denúncia:

Toda a delegação do Brasil viajou com a própria roupa.

Não viajamos com uniforme. Eles só foram entregue um dia antes da competição , enquanto os outros países desfilavam nas ruas com seus uniformes. Nós…, coitados de nós.

No hotel da delegação do atletismo tínhamos meio litro de água por dia, por pessoa!

A comida nos 3 primeiros dias era regulada, não podia repetir e era dada uma quantidade pequena para cada atleta.
Abraços”


Desporto escolar: CBDE, desleixo com os atletas
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José Cruz

A partir da notícia sobre a quarta colocação do Brasil nos Jogos Escolares Pan-Americanos, na Guatemala, recebi a seguinte mensagem, que revela a realidade do setor e o descaso governamental Por questões óbvias resguardo a identidade do autor:

Os atletas, de 16 e 17 anos, foram convocados pela CBDE (Confederação Brasileira de Desporto Escolar) e saíram de Brasília no dia 23 de junho, em direção a Guatemala. O voo fez escala no Panamá e a delegação ficou 12 horas no aeroporto.

1ª surpresa

Foi então que os atletas receberam a notícia de que as refeições na viagem eram por conta de cada um, a CBDE não iria pagar o almoço nem janta. Como isso não foi avisado antes da viagem, muitos atletas não tinham dinheiro suficiente para todo o tempo fora do Brasil e ficaram sem se alimentar. Outros tiveram suas refeições pagas pelos técnicos.

Fantasma

Mas havia um técnico de judô na delegação, mas o Brasil não tinha atletas dessas modalidade na competição.

Nenhuma das delegações do Brasil tinha equipe completa, o que acabou por prejudicar a nossa participação. Ao final, ficamos atrás até de outros países sul-americanos, como o Equador, que participou com equipes completas. Estivemos no handebol, vôlei, futebol, atletismo e natação.

Retorno

Na volta para o Brasil, a primeira parte da delegação desembarcou em Brasília no dia 29 de junho – domingo passado – às 22h30. Ninguém da CBDE estava no voo, apenas os técnicos.

Os atletas de outras cidades passaram a noite no aeroporto, deitados no chão dos corredores, sem direito a refeição ou local para dormir.

Foi oferecido apenas um lanche simples, sendo que a maioria viajaria somente na manhã do dia seguinte, dia 30, alguns por volta das 12h. Até então, estavam sem janta ou café da manhã.

Uniforme

Os uniformes que a delegação usou tinha o símbolo do Ministério do Esporte. Nas costas estava “Brasil”. Acredito que foi liberada verba pública para a viagem. Não tenho certeza sobre isso.

Estou preocupado porque vejo jovens, todos menores de
idade, representando o Brasil mas passando por este tipo de situação.

Não sei se isso é comum, mas não me parece certo eles serem convocados e depois ficarem atirados como estavam no aeroporto, fiquei muito triste com essa situação, principalmente porque estavam com uniforme da representação brasileira.”

Minha análise

Na segunda-feira, encaminhei esta mensagem ao Ministério do Esporte, perguntando se desejava se pronunciar. Não obtive resposta.

No mesmo dia tentei contato com a direção da CBDE. Até ontem, sexta-feira, ninguém atendia os chamados ao “novo telefone” – 61 3321- 576. A mensagem por email também foi ignorada. O presidente da CBDE chama-se Sérgio Rufino.

As denúncias são gravíssimas. Deixo de lado as críticas sobre o desempenho do Brasil porque, como se observa, foi uma delegação apenas “para constar”.

Enquanto jovens atletas são tratados de forma tão desprezível pelas instituições do esporte nacional, Brasília anuncia que será sede das Olimpíadas Escolares Mundiais – Gymnasiade 2013, evento gigantesco que se realiza a cada quatro anos. Somos, de fato, o país dos contrastes. Recursos humanos de um lado; já os financeiros…

Desporto escolar

No ano passado, o Comitê Olímpico Brasileiro recebeu R$ 15 milhões para o desporto escolar. Os recursos foram aplicados na Olimpíada Escolar e os atletas foram recebidos em excelentes hotéis e alimentação de primeira.

No entanto, quem organiza a delegação para os Jogos Sul-Americanos é a CBDE, que não paga a refeição dos atletas no deslocamento. Será que seus diretores tiveram esse “privilégio”?

Desordem

Está aí mais uma prova da “desordem no esporte”. E não é por falta de dinheiro ou de instituições ou de leis. É falta de política efetiva, de metas, de planejamento, de entrosamento entre os órgãos diretivos, de diálogo, enfim.

Esta notícia é publicada na mesma semana que outra, também neste blog, anunciou que verbas públicas destinam-se, também, ao pagamento de salários de funcionários do Comitê Olímpico e Comitê Paralímpico Brasileiros. Quem sabe de diretores, o que será gravíssimo. Ainda não tenho essa última confirmação, que solicitei ao TCU.

Observe a distância entre os fatos: atletas em evento internacional viajando sem dinheiro para a indispensável alimentação ou conforto necessário após competirem, precisando se espichar no chão de um aeroporto expondo ao vexame o uniforme do Brasil que representam.

De outra parte, recursos financiam as Olimpíadas Escolares, organizadas pelo COB. Mas quem cuida da viagem internacional é a CBDE que, como se observa, não está nem aí!!!

CPI

Mais do que nunca a CPI do Esporte se torna oportuna.

O Comitê Olímpico informa que não teremos desempenho melhor que nos Jogos de Pequim, apesar de o dinheiro público ter quase dobrado em quatro anos. Afinal, o que está ocorrendo? quem é o grande gerente desse negócio que tem fartos recursos – humanos, inclusive – mas não prevê evolução nos resultados e, de outra parte, abandona seus jovens competidores em salões de aeroportos?

Já que o Ministério do Esporte não se manifesta diante desse desmando que dura anos, quem sabe o deputado Romário, que foi atleta e sabe o que significa  a relação com cartolas, se anima sair em defesa daqueles que são a razão de ser do esporte, atletas e técnicos.


Antes que o dia termine
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José Cruz

Por Janaína Lazzaretti

Almoçar com amigos é sempre bom. A pausa no trabalho combina perfeitamente com leveza e descontração. Na véspera da decisão do jogo do Corinthians, porém, o sentimento é outro. Ansiedade, expectativa, tensão… tudo junto e misturado. Impossível não ‘contagiar’ a mesa com a inquietude latente própria de momentos únicos… Deixa eu ser mais clara: o Corinthians nunca esteve em uma final de Libertadores. É o jogo da nossa história. Estamos em 77 ou 2012? Pensamentos que me invadiam. Pobres dos meus acompanhantes Ananda Rope e José Cruz (meu primeiro chefe e mestre de jornalismo, junto de Paulo Rossi).

Não conseguia comer, nem conversar direito. O dia seguinte, quarta-feira, 4 de julho, era histórico. Eu e outros 30 milhões de corintianos sabíamos disso. “Não estarei no Pacaembu no principal jogo do Timão?” Tinha que dar um jeito. Mas qual? “comprar passagem, ir para a porta e esperar um milagre!”, lancei. Veementemente recebi um “não seja louca” dos amigos. Mas eu sou… – “louca por ti… “

O apelo a colegas de editorias de esporte, que trabalham em São Paulo, já tinha sido feito. Busca em sites. Insistência com amigos sócios-torcedores. Ninguém tinha ingresso. Os amigos do Comitê Paralímpico Brasileiro, onde trabalho, não aguentavam mais meu semblante apreensivo. Meu chefe, Jaderson Alencar, me deu folga no dia seguinte: “Vai, tenta”.

O risco de comprar passagem aérea e ficar de fora era gigante. Para quem não me conhece: 1m60, pequenininha. Ninguém apoiava a ideia. Até que às 20h30 recebo uma mensagem inesperada, dessas de dilacerar o coração. Um amigo médico, o Kei, disse que um conhecido não poderia ir ao jogo, tinha que cumprir o plantão. Coitado do moço e que sorte a minha. O setor no estádio era o amarelo, no meio da torcida organizada. Ficaria sozinha, ainda não tinha passagem. E daí? Era o Corinthians na final da Libertadores, valia a pena. Eu estaria lá

Consegui uma promoção vinda dos céus, às 23h de terça-feira: menos de 9h de intervalo entre a compra e o voo. Ufa! O dia demorou a terminar, não dormi. A TAM só não foi mais sensacional porque cancelou o voo, marcado para 12h. O aeroporto de Brasília estava invadido por corintianos. Nova partida anunciada e todos apreensivos para chegar a São Paulo. Previsão: 17h30 estaríamos na capital paulista, a sede do jogo.

O ambiente era de paixão e loucura: num único voo mais de 50 pessoas vestidas com o uniforme do time que buscava fazer história. Menos de 10% dos torcedores com ingresso. O hino do Corinthians foi entoado mais de 10 vezes por crianças, velhos, empresários, presidentes (inclusive o Andrew, aqui do CPB)…

Enfim, a chegada.

Como eu esperava, correria total, um trânsito caótico. Às 19h, o Pacaembu já estava lotado. Mas a sorte estava ao meu lado. Se antes assistiria ao jogo ‘sozinha’, na arquibancada amarela, no fim consegui o improvável: chegar à cadeira laranja, ter excelente vista e a companhia de amigos fanáticos. Ainda não acreditava: eu estava na final da Libertadores. Era o Corinthians enfrentando o bicho-papão Boca Junior.

Independentemente do resultado, já era um sonho tudo aquilo. A nação corintiana impressiona. A raça do time invicto também. Foram 14 jogos sem perder, 22 gols. Osmar Santos diria: “o time do povo foi campeão.” Vou poder contar para os meus filhos que estive ali. Se não vi Neco, Cláudio, Baltazar, Basílio, Sócrates tive o prazer de ver o show do Emerson, Cassio, Chicão, Alessandro, Paulinho, Tite… Parabéns para todo elenco: vocês foram responsáveis por uma noite memorável. Inesquecível. Uma noite interminável…

Os gols ultrapassam descrições. Gritei. Pulei. Abracei. Estão no campo da emoção e eternizados na memória! Que noite! Que viagem!

Mais tarde, já na casa da amiga Cacau, não consegui dormir. Muitos “loucos”  pelas ruas gritavam o que estava engasgado há mais de 30 anos.

Enfim, faria tudo de novo. Em dobro, se preciso. Porque, aventuras assim só para quem pertence a um “bando de loucos”.

Vai, Corinthians!

Janaina, Kei Nagata e Ariane Bete: amigos aproximados pela paixão entre “loucos”


A bola e a dúvida: agora vai?
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José Cruz

A Fifa voltará a testar a eficiência da “bola inteligente” no Mundial do Japão, em dezembro, e na Copa das Confederações, no Brasil.

O anúncio é uma mudança de rumos na conservadora Fifa, cujo presidente, Joseph Blatter, vê como positivas as discussões sobre os erros de arbitragens – impedimentos, bola que não ultrapassou a linha de gol etc.

Em 2005 publiquei reportagem no Correio Braziliense sobre o assunto, com infografia que detalha a tecnologia em teste.

Confira aqui: abolaeaduvida

Enquanto isso…

…continuo pesquisando nos órgãos de controle do governo federal sobre o uso de verbas públicas para o pagamento de salários de entidades esportivas.


Dinheiro público paga salários olímpicos
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José Cruz

Parabéns corintianos, bela conquista, mas volto à rotina de nossos assuntos porque há muito para tratar.

Republico a mensagem do final da tarde de ontem, sobre o uso de recursos públicos em folhas de pagamentos das entidades esportivas, entre elas o Comitê Olímpico Brasileiro.

Neste sentido consultei o Tribunal de Contas da União e Ministério do Esporte, assim como o Comitê Paralímpico Brasileiro, também contemplado com verbas do governo.

Enquanto isso, vamos ao tema que originou este debate:

O deputado Romário apelou à Lei de Acesso à Informação para que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgue os salários de seus funcionários, por ser um órgão privado que recebe recursos públicos.

“Seria simpático dar essa transparência”, disse Romário. Eu particularmente, não trabalharia na CBF por menos de R$ 150 mil mensais. Há salários assim no COB?”

A pergunta foi ao presidente do Comitê Olímpico, Carlos Arthur Nuzman, na audiência pública desta quarta-feira, na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

“Somos obrigados a colocar online, ao TCU e CGU, todas as informações financeiras com gastos públicos. Os dados são auditados e estão disponíveis”, respondeu Carlos Nuzman.

“E nesses gastos disponíveis estão incluídos os salários? – quis saber o deputado Romário.

“Não”, disse Sérgio Lobo, diretor financeiro do COB, um tanto constrangido, respondendo a pedido de Nuzman.

A resposta resumida, seguida de rápido silêncio, deixou implícito que salários são pagos com recursos públicos, mas com a concordância dos órgãos de fiscalização do governo federal.

“Logo, devem se tornar públicos em obediência à Lei de Acesso à Informação”, concluiu Romário, após a audiência.

Sem revelar valores, Sérgio Lobo afirmou que parte dos recursos da Lei Agnelo Piva pagam salários no COB. Os recursos, vindos das loterias federais, contemplaram o Comitê com R$ 904 milhões no primeiro decênio, entre 2001 e 2011?

Para Essa operação interna, até agora desconecida, o COB dispõe de dados de uma empresa especializada no assunto para calcular o salários de seus técnicos compatíveis com os de mercado, segundo Sérgio Lobo.

A Lei Agnelo Piva foi criada em 2001 e funciona da seguinte forma: 2% das arrecadações das loterias federais sáo repassados aos comitês Olímpico e Parolimpico para aplicação eprojetos de esporte?

As despesas são auditadas pelo Tribunal de Contas da União. No COB, um sistema de comunicação instantânea permite que técnicos do TCU acompanhem a movimentação da conta no mesmo momento em que o uso determinado recurso é utilizado.


Dinheiro público paga salários no Comitê Olímpico
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José Cruz

O deputado Romário apelou à Lei de Acesso à Informação para que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgue os salários de seus funcionários, por ser um órgão privado que recebe recursos públicos.

“Seria simpático dar essa transparência”, disse Romário. Eu particularmente, não trabalharia na CBF por menos de R$ 150 mil mensais. Há salários assim no COB?”

A pergunta foi ao presidente do Comitê Olímpico, Carlos Arthur Nuzman, na audiência pública desta quarta-feira, na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

“Somos obrigados a colocar online, ao TCU e CGU, todas as informações financeiras com gastos públicos. Os dados são auditados e estão disponíveis”, respondeu Carlos Nuzman.

“E nesses gastos disponíveis estão incluídos os salários? – quis saber o deputado Romário.

“Não”, disse Sérgio Lobo, diretor financeiro do COB, um tanto constrangido, respondendo a pedido de Nuzman.

A resposta resumida, seguida de rápido silêncio, deixou implícito que salários são pagos com recursos públicos, mas com a concordância dos órgãos de fiscalização do governo federal.

“Logo, devem se tornar públicos em obediência à Lei de Acesso à Informação”, concluiu Romário, após a audiência.

Sem revelar valores, Sérgio Lobo afirmou que parte dos recursos da Lei Agnelo Piva pagam salários no COB. Os recursos, vindos das loterias federais, contemplaram o Comitê com R$ 904 milhões no primeiro decênio, entre 2001 e 2011?

Para Essa operação interna, até agora desconecida, o COB dispõe de dados de uma empresa especializada no assunto para calcular o salários de seus técnicos compatíveis com os de mercado, segundo Sérgio Lobo.

A Lei Agnelo Piva foi criada em 2001 e funciona da seguinte forma: 2% das arrecadações das loterias federais sáo repassados aos comitês Olímpico e Parolimpico para aplicação eprojetos de esporte?

As despesas são auditadas pelo Tribunal de Contas da União. No COB, um sistema de comunicação instantanêa permite que técnicos do TCU acompanhem a movimentação da conta no mesmo momento em que o uso dedeterminado recurso é realizado.


Copa 2014 cai na real e governo terá que cortar obras em três cidades-sedes
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José Cruz

Ministros do TCU disseram ao deputado Romário que a Fifa contribuiu para aumentar significativamente o valor de alguns projetos originais para 2014

Nos próximos meses três cidades-sedes da Copa do Mundo 2014 vão “derrubar obras de mobilidade urbana” previstas na matriz de responsabilidade. Motivo: faltará tempo para concluí-las.

Essa foi uma das notícias que deixou o deputado Romário (PSB-RJ) indignado ao sair de encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zynler e com o relator do assunto Copa, ministro Valmir Campelo, hoje à tarde. Os ministros não revelaram quais as cidades serão atingidas pelos “cortes”.

“Eu já sabia que não teria boas notícias nesse encontro com os ministros do TCU, mas essa é a pior de todas, porque é justamente no setor de mobilidade urbana, é o que ficaria de legado para a população”, protestou o deputado.

Desgaste

Segundo Romário, os ministros estão convencidos de que o governo terá que enfrentar esse desgaste político de cancelar obras, pois será pior iniciar um projeto, gastar recursos e não concluí-los.

Valmir Campelo disse que o quadro é pior do que se pensa. Por exemplo, “agora há certeza de que sem dinheiro público não realizaríamos a Copa”.

Isso e exatamente o contrário do que discursou o presidente Lula, antes de deixar o governo, “de que essa seria a Copa da Iniciativa privada” .

Os ministros também informaram que muitos termos aditivos incluídos nos projetos da Copa ocorreram por influência da Fifa, contribuindo para aumentar significativamente o valor dos projetos originais.

“Ela (Fifa) tem parcela de culpa no aumento dos gastos públicos”, disse Romário, repetindo as informações que ouviu do presidente do TCU.

 


Brasil é quarto no Pan-Americano Escolar, atrás do Equador …
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José Cruz

O Brasil terminou em quarto lugar os Jogos Pan-Americanos Escolares, na Guatemala, atrás das “potências” Venezuela, Equador e Guatemala, os três primeiros no quadro de medalhas.

O evento, inexpressivo, com apenas 10 países e sem a participação da Argentina, reuniu atletas, de 16 e 17 anos, em 15 modalidades.

Os Brasileiros foram convocados pela CBDE (Confederação Brasileira de Desporto Escolar) e as principais medalhas vieram do atletismo e natação.

No futebol feminino, com apenas quatro equipes no torneio, nossas garotas ganharam a medalha de bronze, com vitória final sobre o Equador por 5 x 4. Porém, na fase classificatória as brasileiras sofreram 13 gols e somaram apenas 3, saldo negativo de 10.

 Quadro final de medalhas

 

PAÍS

OURO

PRATA

BRONZE

VENEZUELA

106

59

51

ECUADOR

36

57

39

GUATEMALA

32

42

78

BRASIL

21

21

9

PUERTO RICO

5

8

7

PANAMA

2

3

7

NICARAGUA

2

12

21

REP. DOMINICANA

0

0

0

TOTAL

204

202

21

 

O que é isso?

Esse resultado demonstra o que chamo de “desordem institucional no esporte”.

A Olimpíada Escolar é realizada anualmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Já a CBDE se encarrega de organizar a delegação para eventos internacionais. E o Ministério da Educação não está nem aí…

Enfim, além de gastar muito dinheiro, para que servem, de fato, as Olimpíadas Escolares e  Universitárias?

Qual a integração desses eventos com os progrmas pedagógicos escolares?

Quantos atletas campeões ds Olimpíadas Escolares foram aos Jogos Pan-Americanos Escolares?

Como essa “desordem”, financiada com recursos públicos, contribui para o desenvolvimento do desporto escolar?

Pois é nesse panorama que Brasília receberá as Olimpíadas Escolares Mundiais – Gymnasiade – no ano que vem, mais uma invenção do governador Agnelo Queiroz.

Para saber mais: http://www.cbde.org.br/modules/news/