Tênis: depois das denúncias, silêncio. Cumplicidade?
José Cruz
Encaminhei cinco questionamentos a membros do conselho Fiscal da Confederação Brasileira de Tênis e ao responsável pelas auditorias nos balanços anuais da CBT pedindo mais esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades aqui publicadas, vindas do segundo vice-presidente, Arnaldo Gomes.
Pedi informações sobre as contas correntes laranjas da Confederação, cedidas pelo Instituto Tênis; indaguei se é legal este tipo de operação, usar contas bancárias de terceiros, diante da legislação brasileira.
Perguntei mais:
Se o auditor dos balanços e os membros do conselho fiscal conhecem em detalhes as receitas e despesas referentes às etapas da Copa Davis, aqui realizadas com a chancela da Confederação Brasileira de Tênis;
Indaguei, enfim, se esses senhores, fiscais de bens públicos recebidos pela CBT, participaram das reuniões de prestações de contas trimestrais impostas pelo estatuto da confederação.
Ninguém se manifestou. Silêncio. Suspeito de cumplicidade!
São profissionais que têm responsabilidades paralelas ao presidente da CBT, Jorge Rosa, gestor maior do dinheiro que recebe de várias fontes do governo federal e, por isso, devem esclarecimentos públicos.
Que fique bem claro: o dinheiro que movimentam não lhes pertence, pois sai dos cofres da ECT, do Ministerio do Esporte, do bolso do torcedor-apostador das loterias, da renúncia do imposto de renda. Portanto, todos têm obrigação de dar esclarecimentos. Não é a simples publicação do balanço financeiro, peça técnica e burocrática, que os isenta de responder às duvidas de suas ações.
Pelo silêncio, omissão ou negligência em seus atos, diretores, auditores e fiscais poderão se tornar cúmplice da ilegalidade, se as denúncias aqui publicadas forem confirmadas na ação judicial que se inicia. Da mesma forma como Jorge Rosa invocou, há sete ou oito anos, para afastar Nelson Nastás da CBT.
Porém, no quesito transparência, o que temos é o continuísmo da gestão anterior