Blog do José Cruz

Jogos de Verão, que nem a UNE divulgou, gastou mesmo R$ 400 mil…

José Cruz

Sobre os Jogos de Verão da UNE, de 14 a 23 de janeiro de 2011, que consumiram R$ 400 mil dos cofres públicos, o Ministério do Esporte respondeu, enfim, que o evento foi realizado.

A garantia tem a palavra do então reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aloísio Teixeira, que pediu a grana e executou o programa.

Como a verba era “descentralizada”, cabia à própria Universidade fazer e aprovar a prestação de contas.

Depois, a turma do Ministério leu o relatório da UFRJ, gostou e aprovou. Tudo em dia.

A nota ministerial diz que o programa integrou a 7ª Bienal de Ciência, Cultura e Arte do 13º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), que foi realizado na UFRJ.

As atividades abarcavam campeonatos, oficinas e apresentação de performances de esportes radicais”.

Tudo na Praia do Flamengo, com oficinas de prática de vôlei e a 1ª Copa UNE de Futebol de Praia, que teve a participação de 10 times “oriundos de toda América Latina…

Lembro que o dinheiro foi gasto em “flores, pastas, bolsas…” por aí, conforme prestação de contas.  Nada de bolas de futebol, de vôlei ou material esportivo para o grande campeonato com atletas de 10 países. Nada!

O meu espanto e insistência no caso é porque a própria UNE não sabe o que fez com os R$ 400 mil.  Não respondeu a uma só indagação encaminhada!

Pior!!!

Nem a promotora, União Nacional dos Estudantes, divulgou os “Jogos de Verão” em sua página na ''internet!!!  Nada de notícia.

Imaginei que se orgulharia ter organizado uma competição continental, citado a origem dos clubes visitantes, divulgado os campeões, enfim. Mas não! Silêncio total. Nem o então ministro do Esporte, padrinho da liberação do dinheiro, ex-presidente da entidade e a ela intimamente vinculado deu as caras por lá.

Mas, aí está a resposta do Ministério do Esporte, doador dos R$ 400 mil que, oficialmente, foi muito bem aplicado.

E quem sou eu para duvidar da palavra dessa gente? Pelo contrário! Está tudo muito claro, sim. Transparência é por aí.

E não se fala mais nisso.