As mulheres e o esporte de rendimento
José Cruz
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, a carioca Aída dos Santos foi a única mulher na delegação brasileira. Terminou em quarto lugar no salto em altura.
Ousadas, elas avançaram. Nos Jogos de Pequim, em 2008, dos 277 atletas brasileiros, 133 eram mulheres.
Melhor: foram elas que salvaram a história brasileira no evento, com duas medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze. Conquistas inéditas no atletismo, judô e taekwondo. Entre os homens, nenhum no topo do pódio.
Hoje, aos 74 anos, Ainda estará em Brasília, para fazer uma análise sobre esta evolução em quase meio século olímpico. Ela participará do debate sobre “As mulheres no esporte”, às 15h, na Comissão de Turismo e Esporte da Câmara dos Deputados.
Aída dividirá a mesa de debates com outras estrelas nacionais: Jaqueline Silva (vôlei de praia), Leila Barros (vôlei) e Amanda Miranda (futebol).
Das competidoras para a área acadêmica, e a representante será a jornalista, psicóloga e escritora Katia Rubio, da Escola de Educação Física e esporte da Universidade de São Paulo. Autora de 15 livros acadêmicos na área da psicologia do esporte e estudos olímpicos, Katia é referência nacional e internacional em estudos olímpicos.
O programa desta tarde, como se observa, oferecerá teoria e prática conjugadas sobre mulheres no esporte. Sabemos do que elas são capazes. Mas nos faltam programas para que o potencial brasileiro feminino tenha evolução e representatividade maiores, a partir da prática da educação física nas escolas públicas nacionais.