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Arquivo : Jorge Rosa

Jorge Rosa disputa vaga no conselho da Federação Internacional de Tênis
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José Cruz

Acostumados a longos mandatos, cartolas brasileiros buscam espaço em órgãos internacionais para manterem prestígio e desfrutar das mordomias que o esporte oferece. Depois de Ary Graça, presidente da Federação Internacional de Vôlei, Jorge Lacerda da Rosa, presidente da Confederação de Tênis, tenta vaga na Federação Internacional da modalidade  

Investigado pelo MP de São Paulo, por suspeitas de corrupção, Jorge Rosa disputa hoje, com 26 concorrentes, uma das 13 vagas no conselho administrativo da ITF – Federação Internacional de Tênis. A votação faz parte da agenda do Encontro Anual da ITF, que se realiza em Santiago, no Chile.

O conselho é responsável pelas principais decisões da modalidade, como gerir e supervisionar competições internacionais da ITF e administrar as finanças da federação. Rosa Lacerda disputará a vaga com Katrina Adams, vice-presidente da Associação dos Estados Unidos de Tênis, e Jose Luis Escañuela Romana, presidente da Real Federação de Tênis Espanhola, entre outros 23 candidatos.

Presidente  tenis cartolas

Na mesma reunião, 280 delegados vão eleger o novo presidente da ITF. Quatro candidatos disputam a vaga:  o espanhol Juan Margets Lobato, David Haggerty, dos Estados Unidos, Anil Khanna, da Índia, e o suíço Rene Stammbach (nessa ordem, na foto de Paul Zimmer). Um deles irá suceder ao italiano Francisco Ricci Bitti, que comanda a ITF desde 1999, e que também preside a ASOIF (Associação das Federações de Esportes Olímpicos).

Mudança de rumo

A candidatura do presidente da CBT a um cargo internacional consagra uma reviravolta no seu discurso de candidatura em 2004, quando disputou pela primeira vez o cargo na confederação brasileira.

Crítico do então presidente, Nelson Nastás, Jorge pregava mandato único de quatro anos com uma reeleição. Mas está há 11 anos no poder, graças a uma mudança no estatuto da CBT, que permitiu novas candidaturas.

Investigado

Se vier a ser eleito para a ITF Jorge não terá credenciais para gerir as finanças da entidade, pois é investigado pela Polícia e Ministério Público de São Paulo, por denúncias de corrupção na Confederação de Tênis, algumas já comprovadas. O processo tramita há três anos, e Jorge Rosa foi denunciado pelo ex-vice presidente da CBT, Arnaldo Gomes.

Na memória 

faz 120 dias  – quatro meses –  que José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está preso, na Suíça

… faz 93 dias do lançamento da primeira de cinco pesquisas do Diagnóstico do Esporte. E as outras?


Tênis: um olho na Davis e outro na Justiça
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José Cruz

Brasil x Croácia abrem hoje, em Florianópolis, a série de jogos, até domingo, pela repescagem da Copa Davis.  equipe-brasileira-posa-para-foto-antes-de-duelo-com-a-croacia-1442423314996_615x300

A equipe nacional, do capitão João Zwetsch (foto, terá Thomaz Bellucci, João Souza, o Feijão, e os duplistas Bruno Soares e Marcelo Melo. A SporTV anuncia transmissão, a partir das 10h.

Para refrescar a memória:

Há três anos o Ministério Público Federal, em São Paulo, investiga, via Polícia Federal, denúncias de “suspeitas de corrupção” com ver pública na CBT (Confederação Brasileira de Tênis), dirigida por Jorge Rosa Lacerda, há 11 anos no poder.

As primeiras denúncias foram do então vice-presidente da CBT, Arnaldo Gomes, que comprovou as irregularidades, como o desvio de R$ 430 mil, da Lei de Incentivo. O Ministério do Esporte promoveu auditoria especial, comprovou a fraude e determinou a devolução do dinheiro, corrigido. Mas, o  dirigente não foi punido e continua gestor de verbas públicas, já que a CBT é patrocinada pelos Correios. Os valores repassados à CBT pela patrocinadora são os seguintes:

   A N O   VALOR R$
2008 / 2009  3.800.000,00
2009 / 2010  4.200.000,00
2010 / 2011  4.500.000,00
2011 / 2012  5.700.000,00
2012 / 201415.900.000,00
2014 / 201617.900.000,00
 T O T A L 52.000.000,00

Contas fantasmas

Uma das investigações do MPF é sobre o uso pela CBT de contas correntes de outra instituição, também comprovada. Com isso,  Jorge Rosa driblou a Justiça, que havia determinado bloqueio de recursos recebidos pela CBT, a fim de honrar compromissos financeiros.

O processo do MPF também recebeu informações e documentos oficiais da contabilidade da Confederação, que atestam o uso de recursos da entidade para o pagamento de contas particulares e de familiares do presidente da CBT. A demora para expedir a setença sobre denúncias de corrupção no esporte é incentivo para que gestores se convençam de que a impunidade é possível.

Taekwondo

Outra confederação investigada pela Polícia Federal é a de Taekwondo, no Rio de Janeiro, com processo no Ministério Público Federal. Este assunto será tratado em novo artigo,

 


Liberdade de imprensa: Justiça de São Paulo arquiva processo de Jorge Rosa
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José Cruz

Jorge Lacerda (foto), que preside a CBT (Confederação Brasileira de Tênis), não conseguiu silenciar este blog.  jorgerosa

O Juiz de direito Marco Aurélio Gonçalves, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, negou a Jorge Rosa o pedido para me processar por calúnia e difamação, juntamente com Arnaldo Gomes, ex-vice-presidente da CBT. A decisão é de março, mas somente ontem recebi cópia da sentença. Por enquanto, eu e Arnaldo estamos livres da perseguição do cartola.

Resumo

Há dois anos denunciei, em entrevista com Arnaldo Gomes, falcatruas numa prestação de contas da CBT ao Ministério do Esporte, no episódio do aluguel de quadras no Clube Harmonia, na capital paulista, ao custo de R$ 440 mil. Mas as quadras foram “cedidas por empréstimo”, como foi provado, com declaração da presidência do tradicional clube.

Logo, a nota fiscal de “aluguel de quadras”, fornecida por uma empresa paulista, era falsa naquela prestação de contas. Tanto, que os próprios gestores públicos determinaram que Jorge Rosa devolvesse o dinheiro, corrigido, o que foi feito, segundo o Ministério do Esporte.

Em resumo, disse o Senhor Juiz Marco Aurélio Gonçalves:

A liberdade de imprensa é um dos sustentáculos do estado social democrático de direito. Tal liberdade deve ser exercida de forma ampla. Não encontrando obstáculos por parte do Estado, no qual se inclui o Poder Judiciário.”

Mais:

“Os fatos aqui postos sobre os pesados olhos da jurisdição penal melhor estariam colocados em demanda cível, a qual certamente não encampará qualquer pretensão indenizatória, outra mordaça voraz à liberdade de imprensa. É que contra a palavra se combate com palavra”.

Decisão

“Ante o exposto, rejeita-se a queixa, nos termos do art. 395, III, do Código de Processo Penal, dada a ausência de justa causa, pela a atipicidade da conduta”.

Como já havia informado à assessoria da CBT, o espaço deste blog está à disposição de Jorge Rosa para se manifestar sobre este e outros episódios de graves irregularidades que denunciei, os quais estão em “segredo de Justiça”, em São Paulo.


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