Ciclismo brasileiro registra 39º caso de doping em seis anos
José Cruz
O ciclismo brasileiro de competição acaba de chegar ao 39º caso de doping nos últimos seis anos, média de 6,5 ocorrências por temporada, uma a cada dois meses. Silvana Teresa Diniz Pinto, do ciclismo duplo paraolímpico categoria B2, foi flagrada pelo uso de “Hidroclorotiazida”, substância proibida no regulamento da Agência Mundial Antidopagem. Tentamos contato com a atleta, mas sem sucesso. O exame foi promovido pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem).
A notificação à atleta, em 7 de dezembro último, foi encaminhada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação de Ciclismo, aplicando suspensão automática de um mês e prazo de cinco dias para apresentação de justificativa, que se encerra hoje.
A informação sobre mais este caso, pública, e os demais flagrantes estão registrados na Comissão Antidoping da Confederação Brasileira de Ciclismo.
Enquanto isso…
Um grupo de desportistas, liderados por Roberto Smera, de Santos (SP), lançou um movimento nacional para colher assinaturas em um manifesto para tentar “resgatar a credibilidade do ciclismo de elite brasileiro”.
“Tendo em vista a situação preocupante e o total descaso das Federações Estaduais, equipes, técnicos e ciclistas com o esporte, a presente petição tem por objetivo solicitar à Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e à Comissão Anti-Doping da Confederação Brasileira de Ciclismo (CAD-CBC) a imediata intervenção para que seja realizada uma detalhada investigação das causas e cadeia de eventos que resultaram na disseminação generalizada e crescimento exponencial do uso de substâncias dopantes de aumento de desempenho pelos atletas nos últimos anos”, diz o manifesto, que pode ser assinado aqui.