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J.Hawilla detona cartolas e explica como ocorria a corrupção na CBF
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José Cruz

Confirma-se a tese de que o principal patrimônio esportivo-cultural do país, a Seleção Brasileira, é valioso produto para subornos, enriquecimentos ilícitos, evasão de divisas e sonegação fiscal. A cada negócio tendo a camisa Canarinho como disfarce, cartolas e empresário aplicavam no fisco um desmoralizante “drible da vaca”

É devastador o depoimento de J. Hawilla à Justiça dos Estados Unidos, sobre as relações comerciais de sua empresa, a Traficc, com a CBF, em mais um capítulo que revela, lá fora, o submundo do futebol, aqui dentro. À transcrição do depoimento, em dezembro de 2014, o jornalista Jamil Chade teve acesso, e publicou detalhes na edição de hoje de O Estado de São Paulo.

Para driblar a “democrática” concorrência entre empresas e conquistar direitos sobre um determinado evento de futebol, J.Hawilla tinha um recurso simples: pagava  “propina” a Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero. Fez isso desde 1991!

Salve-se quem puder

O depoimento de J.Hawilla – que devolverá R$ 575 milhões para ficar livre da cadeia – reforça o desmonte da máfia de cartolas que tinha a CBF como carro-chefe.

Agora mesmo que Del Nero não sai mais do país, e está explicado o porquê de Ricardo Teixeira ter deixado os Estados Unidos, onde morava, para voltar a viver no Rio de Janeiro: aqui, a possibilidade de continuar impune e longe da cadeia e real.

Enquanto isso…

… Marin que se lixe!


Seleção Brasileira tem gestão criminosa
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José Cruz

A reportagem de Jamil Chade sobre o “leilão” da Seleção Brasileira, em negócios da CBF, realizados em paraísos fiscais, longe do controle da Receita Federal, poderá mudar os rumos da discussão sobre a dívida dos clubes, no Congresso Nacional.RTeixeira

O contrato que entregou à Internacional Sports Events a operação dos jogos da Seleção foi firmado nas Ilhas Cayman, a partir de 2006 (renovável até 2016), quando tinha Ricardo Teixeira ainda no comando da CBF. Os documentos apresentados na reportagem mostram que foram pagos 1,05 milhão de dólares a cada amistoso da Seleção.

Patrimônio 

Essa revelação ressuscita a tese sobre a representatividade da Seleção Brasileira, que se apresenta em nome da Nação, desfila com a Bandeira Nacional e prática o principal patrimônio esportivo do país. No entanto, a renda dessas exibições não contribui para o fortalecimento do futebol, internamente. “Clubes e federações estão quebrados”, dizem os cartolas.

Mas a reportagem desmonta o debate que se realiza no no Congresso Nacional, em torno da Medida Provisória nº 671. O vantajoso parcelamento da dívida fiscal sustenta-se no argumento da fragilidade financeira dos clubes e das federações. Amarelinha

Mas, como entender que, enquanto clubes choram pela clemência do governo, a CBF use o nosso principal produto, a Seleção Brasileira, para negócios com empresas de fachada em paraísos fiscais?

Enfim, essa matéria de Jamil Chade é mais uma valiosa peça para confirmar que o futebol nacional, produto de emoções, esconde negócios altamente suspeitos, favorecendo o enriquecimento ilícito, a evasão de divisas e a sonegação fiscal. Futebol com gestão criminosa.


Aos trancos e barrancos
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José Cruz

Havia uma trave no meio do caminho, que mudou toda a história da classificação: no chute do atacante chileno, no último minuto da prorrogação, e no pênalti. É do jogo, claro.

Havia mais – e o principal: um goleiro que se redimiu, Julio César, o responsável pela classificação.

Nas entrevistas, Felipão dizia que a Seleção melhorava a cada jogo. Mas, contra o Chile, o que era aquilo que em campo?

Um fiapo de time! Um fiasco? É um grupo para ser campeão? Tem qualidade técnica e equilíbrio emocional?

Depois que sofreu o empate o time de Felipão se perdeu. Que jogadas foram exibidas que nos faça acreditar em algo melhor? É possível mudar? Há gente para mudar? Tempo? Só saberemos na segunda-feira, porque amanhã é folga coletiva. Bah!

O Brasil está nas quartas-de-final. Aos trancos e barrancos, o torcedor sobrevive ao sonho do hexa. Melhor que isso, só os feriados que vêm por aí.

 


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