Centenário Palmeiras, Ronaldinho e a dívida fiscal
José Cruz
A diretoria do Palmeiras trabalha para anunciar hoje, data do centenário do clube, a contratação de Ronaldinho Gaúcho.
O salário exigido pelo ex-melhor do mundo é de R$ 600 mil e outras vantagens. A “vaquinha” para esse investimento é iniciativa de palmeirenses históricos.
Independentemente de onde virá a grana, essa contratação é negociada enquanto cartolas, de joelhos, pedem perdão de suas dívidas fiscais ao governo federal.
Como se sabe, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei com privilégios esdrúxulos para que os devedores renegociem R$ 4 bilhões de calotes ao INSS e à Receita Federal.
Em dezembro, o Palmeiras devia R$ 40 milhões à Timemania, loteria criada pelo ex-ministro Agnelo Queiroz “para salvar os clubes…” Pior: além da Timemania, a dívida do centenário clube paulista era de R$ 274 milhões, em 2013, segundo a BDO Auditores Independentes.
Muito estranho esse duplo comportamento dos cartolas, que choram suas misérias diante do governo federal, enquanto escancaram negócios milionários na contratação de atletas. Reforçam, com isso, as suspeitas de que o futebol encobre mesmo lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas, negócios no escuro etc.