Em plena crise da economia, governo financia caos do basquete
José Cruz
“A entidade vem apresentando déficits sucessivos e, consequentemente, seu patrimônio líquido está negativo, passivo a descoberto. A administração da entidade deve planejar e/ou buscar alternativas de curto prazo para reverter esta situação”
Alerta da auditoria independente sobre a precaridade na gestão financeira da Confederação de Basquete
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB), sustentada por verbas públicas, fechou 2014 com déficit de R$ 13 milhões. Crescimento de mais de R$3,6 milhões sobre o passivo de 2013. Esta é a realidade que está no balanço financeiro da CBB, com análise dos números de Fábio Balassiano, em seu blog “Bala na Cesta”, que aconselho a leitura de toda a série deste tema.
(I)responsabilidade
Desde 2010 a situação da Confederação de Basquete é de falência, fosse ela uma empresa privada. Não fechou porque, apesar da gestão precária do presidente Carlos Nunes, o basquete continua, inexplicavelmente, recebendo verbas e mais verbas dos cofres públicos, do Ministério do Esporte, em especial, através de convênios e da Lei de Incentivo.
No ano passado, mesmo depois de Fábio Balassiano ter divulgado o déficit de R$ 9 milhões em 2013, o Ministério do Esporte liberou R$ 12 milhões para a Confederação! Em 2011, quando a situação já era precária, lá se foram R$ 5 milhões da mesma pasta.
Receita e prejuízo
No ano passado a CBB teve receita de R$ 24,5 milhões, e aí estão os ingressos do governo federal que, por extensão, financia o prejuízo que a CBB acumula há cinco temporadas.
Quem tem interesse nesse jogo suspeito, já de longo prazo? Quem está ganhando dinheiro nessa jogatina oficial, num governo que corta verbas orçamentárias da Saúde e da Educação para economizar nos cofres públicos e aumentar o seu superávit?
Essa realidade deve para ser investigada pelo TCU ou pela Polícia Federal?
Afinal, quando a operação Lava-Jato chegará aos cofres do esporte olímpico?