O eficiente padrão Fifa
José Cruz
Chove torrencialmente em Recife e o trânsito está travado neste 15º dia de jogos da Copa do Mundo. Ruas alagadas assustam, principalmente, os moradores de regiões mais pobres, informam os repórteres que por lá circulam.
Mas o gramado da Arena Pernambuco é padrão Fifa e está intacto, e o jogo Estados Unidos x Alemanha se realiza sem problemas. A drenagem do terreno foi feita com esmero técnico.
Essa é a diferença que tanto se discutiu na pré-Copa: se para um estádio de futebol receber quatro ou cinco jogos é possível qualidade nos serviços, porque o mesmo não é dispensado à população, que há décadas sofre com as inundações periódicas? Que políticas de longo prazo tivemos, Brasil afora, para evitar ou, no mínimo, amenizar a catástrofe das águas?
Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Paraná já passaram por isso logo no início da Copa. E quem se lembra dos que perderam suas casas e, até hoje, estão desabrigados?
Enquanto isso…
No mesmo padrão desse histórico desleixo governamental, o Bom dia Brasil de hoje mostrou que 40 mil alunos de 1.300 escolas do Paraná ainda não receberam os livros de português, matemática, ciências, geografia e história. Em Brasília ocorre o mesmo “fenômeno”…
A imagem da reportagem, numa escola de Maringá, mostrou a professora escrevendo no quadro o capítulo da lição do dia, enquanto os alunos copiavam para, só então, começarem a estudar. Isso acontece em tempos de informações instantâneas, dos eficientes tabletes etc. Mas, no Brasil da “Copa das Copas” nem o livro didático está disponível.
Porém, nos estádios padrão Fifa, todos vibram “num só ritmo”…
Que tal?