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Atletismo de ouro: ah, essas mulheres!
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José Cruz

disco

 

Depois de nove finais, o Brasil conseguiu um valiosíssimo pódio no Campeonato Mundial de Atletismo Juvenil, no Estádio Hayward Field, em Eugene, nos Estados Unidos.

O feito foi da lançadora do disco, Izabela Rodrigues da Silva (foto), da equipe BM&F/Bovespa, de São Paulo. Ela marcou 58,03m. Izabela nasceu em Adamantina (SP), em 1995. Ela tem 118kgs e 1,76m de altura. Valerie Allman, dos Estados Unidos, com 56,71m, ficou com a medalha de prata, e a indiana Navjeet Dhillon com o bronze (56,36m).

O Mundial de Atletismo Juvenil reúne 1.500 atletas – até 19 anos – de 167 países, e termina neste domingo.

Depois de Maurren Maggi, no salto em distância, e Fabiana Murrer, no salto com vara, a geração feminina continua escrevendo algumas linhas na história do atletismo internacional, agora com a novata Izabela.

As brasileiras terão hoje nova chance de pódio, com o revezamento 4x100m, às 21h20, de Brasília. O quarteto é formado por Letícia Cherpe de Souza, Vitória Cristina Rosa, Mirna Marques da Silva e Tamiris de Liz.

No masculino, o Brasil está na final do salto triplo, com Mateus Daniel Adão de Sá. Ele se classificou com 16,15m, sua melhor marca, para a disputa decisiva deste domingo.

O Mundial de Atletismo Juvenil é a sala de apresentação da nova geração do esporte, estágio final para os competidores que estão chegando à categoria adulta e se candidatando à vaga para os Jogos Rio 2016.

História

A medalha de Izabela é a 11ª do Brasil e a terceira de ouro em todas as competições mundiais juvenis. As outras duas douradas foram ganhas por Clodoaldo Gomes da Silva, na corrida de 20 km (Lisboa 1994) e Thiago Braz, no salto com vara (Barcelona 2012).

 

 


As chuteiras de ouro de Neymar
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José Cruz

Neymar usará chuteira dourada, no jogo contra o Chile, sábado, no Mineirão.

É modelo exclusivo, informam os companheiros da Folha de S.Paulo. Depois da Copa, a preciosidade custará R$ 1,2 mil, no mercado

chumar

E lembrar que Pelé, Rivelino, Tostão, Garrincha, Sócrates, Zico, Gerson, Júnior, Falcão … e por aí vai, usavam chuteiras de couro duro e batiam aquele bolão…

Reserva, mas com classe

Na Copa de 1950, Nilton Santos ficou na reserva porque não quis trocar a chuteira velha pela nova. Ele conta isso no seu livro, “Minha bola, minha vida”:

Já no Sul-Americano, o técnico Flávio Costa implicou com minha chuteira e comentou:

– Sua chuteira tem o bico muito mole para ser de um beque (como era chamado o jogador de defesa).

Argumentei que tinha sido convocado por ele, com o futebol que jogava com aquela chuteira. Não foi o bastante, ele retrucou:

– Beque meu joga com chuteira de bico duro e não dribla. E na hora do “bico”?

Não tive mais argumentos, pois não tinha a tal “hora” comigo. Eu não sabia chutar de bico (chute forte, sem precisão, para aliviar a defesa). Na época, todo jogador de defesa usava esse recurso. Só que eu, talvez por não gostar de jogar na defesa, não aprendi a dar de “bico”. Por isso, fiquei na reserva, com o protesto do Zizinho, que era meu incentivador e achava que eu deveria ser o titular porque sabia tocar bem a bola.”

Só jogava nos treinos coletivos. Nos treinamentos, só dava eu e o Nena – um beque central do Internacional de Porto Alegre. Ele gostava de mim e me chamava de menino. Às vezes, dizia assim:

– Como é que você está menino?

Eu dizia: “Estou bem”.

E ele: “Então vamos engrossar o treino”?

E não tinha para ninguém”.

Craques & marketing

Agora, a chuteira dourada Neymar tem o seu nome gravado, nome do filho, do pai, da mãe, da namorada, CPF, RG, data de nascimento, grupo sanguíneo, prefixo do helicóptero dele, email e por a vai…

E lembrei a simplicidade dos jogadores “daquelas” Seleções, que também foram craques, quando o jogo da bola era mais importante que marcas & marketing.

Sugestão de leitura:

“Minha bola, minha vida” – depoimento de Nilton Santos sobre a carreira dele.

Editora Gryphus


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