Tênis: um olho na Davis e outro na Justiça
José Cruz
Brasil x Croácia abrem hoje, em Florianópolis, a série de jogos, até domingo, pela repescagem da Copa Davis.
A equipe nacional, do capitão João Zwetsch (foto, terá Thomaz Bellucci, João Souza, o Feijão, e os duplistas Bruno Soares e Marcelo Melo. A SporTV anuncia transmissão, a partir das 10h.
Para refrescar a memória:
Há três anos o Ministério Público Federal, em São Paulo, investiga, via Polícia Federal, denúncias de “suspeitas de corrupção” com ver pública na CBT (Confederação Brasileira de Tênis), dirigida por Jorge Rosa Lacerda, há 11 anos no poder.
As primeiras denúncias foram do então vice-presidente da CBT, Arnaldo Gomes, que comprovou as irregularidades, como o desvio de R$ 430 mil, da Lei de Incentivo. O Ministério do Esporte promoveu auditoria especial, comprovou a fraude e determinou a devolução do dinheiro, corrigido. Mas, o dirigente não foi punido e continua gestor de verbas públicas, já que a CBT é patrocinada pelos Correios. Os valores repassados à CBT pela patrocinadora são os seguintes:
A N O | VALOR R$ |
2008 / 2009 | 3.800.000,00 |
2009 / 2010 | 4.200.000,00 |
2010 / 2011 | 4.500.000,00 |
2011 / 2012 | 5.700.000,00 |
2012 / 2014 | 15.900.000,00 |
2014 / 2016 | 17.900.000,00 |
T O T A L | 52.000.000,00 |
Contas fantasmas
Uma das investigações do MPF é sobre o uso pela CBT de contas correntes de outra instituição, também comprovada. Com isso, Jorge Rosa driblou a Justiça, que havia determinado bloqueio de recursos recebidos pela CBT, a fim de honrar compromissos financeiros.
O processo do MPF também recebeu informações e documentos oficiais da contabilidade da Confederação, que atestam o uso de recursos da entidade para o pagamento de contas particulares e de familiares do presidente da CBT. A demora para expedir a setença sobre denúncias de corrupção no esporte é incentivo para que gestores se convençam de que a impunidade é possível.
Taekwondo
Outra confederação investigada pela Polícia Federal é a de Taekwondo, no Rio de Janeiro, com processo no Ministério Público Federal. Este assunto será tratado em novo artigo,