Judô retrocede no Mundial, mesmo com investimento público de R$ 77 milhões
José Cruz
Depois do futebol, da natação e do atletismo, o judô também faz água no Campeonato Mundial, o evento mais importante antes dos Jogos Rio-2016. Os resultados deixam sob suspeita as previsões do governo federal e do COB de colocarem o Brasil no top 10 dos países olímpicos
Mais uma vez confirma-se a tese de que só dinheiro não resolve, enquanto torna-se urgente uma rigorosa investigação sobre os rumos da verbas públicas para o esporte. Quem será o “juiz Sérgio Moro” nessa investigação milionária?
O até então vitorioso judô brasileiro retrocedeu dez anos e igualou seu desempenho no Campeonato Mundial de Cazaquistão-2015 às duas medalhas conquistados no Cairo, em 2005. Desta vez, apenas Érika Miranda (até 52 kg), na foto, e Victor Penalber (até 81 kg) foram ao pódio, ambos com medalha de bronze.
No Mundial anterior, Rio-2013, os judocas brasileiros conquistaram seis medalhas, sendo uma de ouro, quatro de prata e uma de bronze.
Investimentos
Mesmo sem os dados da Petrobras, que não informou, apesar dos pedidos, nos últimos sete anos muito dinheiro público foi destinado à Confederação Brasileira de Judô (CBJ), R$ 77 milhões, média de 77,5 milhões/ano, conforme dados do Ministério do Esporte e levantamentos deste Blog.
FONTE DO RECURSO | V A L O R R$ |
Lei de Incentivo – 2007/2014 | 29.318.443,00 |
Ministério do Esporte -2010/2014 | 25.471.447,00 |
Lei Piva (loterias Caixa) 2012/2015 | 15.777.085,00 |
Infraero – Patrocínio (2012/2015) | 7.000.000,00 |
T O T A L | 77.566.975,00 |
Bolsa-Atleta
Além desses investimentos, houve outros, diretos nas contas dos judocas, através da Bolsa Atleta.
Segundo o Ministério do Esporte, são R$ 3,2 milhões/ano para 257 bolsistas do judô aí incluídos os cegos dos eventos paraolímpicos. Já a Bolsa Pódio consumiu R$ 948 mil/ano, mas, desses, 19 são paraolímpicos.
Para saber mais: