O pódio paralímpico
José Cruz
Joaquim Cruz não “fracassou” ou “decepcionou” na volta às pistas, ontem, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, como circulou na imprensa.
Joaquim voltou à pista, mas não foi competidor. Técnico que é, ele foi guia! E guia não corre à frente do potencial do atleta que dirige, é proibido. Apenas orienta para que o competidor não saia da raia.
Nem sua atleta, a norte-americana Ivonne Mosquera Schmidt, “fracassou”. Ela estava entre as finalistas do maior evento esportivo mundial da modalidade!
Quem superou doenças e pratica esportes sem enxergar, como Ivonne, nunca fica atrás. E o pódio nem sempre é o prêmio maior.
O paralímpismo festeja a vida, também.
E é neste contexto que entra Joaquim Cruz, olímpico, engrandecendo seu currículo de atleta e valorizando o esporte, independentemente de novos títulos.