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Análise dos balanços mostra o Flamengo na liderança da gestão financeira
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José Cruz

Confira os detalhes dos balanços financeiros de 2014 dos vinte principais clubes do país

Das várias análises, a partir dos balanços financeiros de 2014 dos 20 principais clubes, uma delas mostra que o Flamengo voltou a fazer valer a força de sua marca famosa. O rubro-negro carioca está na liderança de arrecadações de “patrocínios e publicidade”, “bilheterias”, “direitos de TV” e “clube social e esporte amador”.

Os valores apurados, somados a outros, garantiram ao clube um superávit financeiro de R$ 64,3 milhões, em 2014. Devido à recuperação do Flamengo,a partir dos graves problemas herdados pela gestão anterior, Amir Somoggi tem o rubro-negro carioca como “referência” na gestão financeira.

As informações constam da análise realizada pelo consultor em marketing, Amir Somoggi. Ele constatou, também, que o bicampeão Cruzeiro fechou o último exercício no vermelho, passivo de R$ 252,9 milhões. DIVIDA~1

Custos do futebol

Em 2014, os custos com futebol dos clubes analisados atingiram R$ 2,41 bilhões. Isso significa um crescimento de 0,5% em relação a 2013 (R$ 2,40 bilhões). Em 2012 o futebol consumiu R$ 1,93 bilhão. E, desde 2003, os custos com futebol subiram 487%, enquanto as receitas cresceram bem menos, 377%.

Pega na mentira

Nos últimos anos, os cartolas declararam que, sem o refinanciamento da dívida fiscal – em discussão no Congresso Nacional – os clubes iriam à falência. No entanto, o estudo de Somoggi demonstra que na última década os custos com o futebol subiram 487%.

Enquanto isso…

As receitas aumentaram 377%, no mesmo período. A diferença mostra fragilidade no planejamento e gestão. Gastaram mais do que arrecadaram. Resultado: prejuízo.

Com a agravante de que a “famosa” dívida fiscal desses vinte clubes somaram R$ 2,1 bilhões, aumento de 6% sobre o ano anterior. Atualmente essa dívida representa 34% dos débitos dos clubes.

A análise completa dos balanços contábeis dos clubes pode ser lida neste link 


Governo,deputados e Bom Senso acertam votação do PL sobre dívida dos clubes
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José Cruz

O Governo federal e deputados de diferentes partidos estão mobilizados para votar antes do recesso parlamentar o projeto de lei que fixa regras para o parcelamento da dívida fiscal dos clubes junto à Receita Federal e INSS, conhecido como “Lei de Responsabilidade Fiscal”, originalmente “Proforte”.

A reunião preliminar para acertar a votação foi nesta quinta-feira, na Liderança do Governo, na Câmara dos Deputados, com representantes da Casa Civil da Presidência da República, do secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, do diretor de Estratégia do Bom Senso F.C, e do deputado Vicente Cândido (PT/SP), autor intelectual da proposta. vicente-candido Não compareceram representantes dos clubes de futebol nem da CBF.

Na próxima terça-feira será, às 10h, será acertada a votação do relatório do deputado Otávio Leite (PSDB/RJ), que já está na Mesa da Câmara, aguardando o acordo entre as partes.

Durante a votação, os deputados poderão apresentar emendas ao relatório do deputado Otávio Leite.

O deputado Vicente Cândido (foto), que também é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, tem uma proposta substitutiva ao relatório oficial, cujo teor não foi divulgado. Depois da Câmara, o projeto de lei vai à votação no Senado. O Bom Senso discorda de alguns pontos da proposta de Cândido. “Queremos a responsabilidade dos clubes e da própria CBF mais clara, mais bem definida e isso vamos debater na próxima reunião”, disse Ricardo Borges Martins, diretor de Estratégia e Comunicação do Bom Senso F.C. As questões dos prazos para a vigências da responsabilidade fiscal e antecipação de receitas em ano de mudança de diretoria também são temas que provocam divergências entre os atletas e o parlamentar.

Enquanto isso…

O deputado Jovair Arantes (GO), líder do PTB, que não compareceu à reunião de hoje, apresentou emenda à Medida Provisória nº 656/2004, que trata da redução das alíquotas de contribuição do PIS, PASEP e Confins.

Jovair foi o presidente da Comissão Especial que discutiu sobre a dívida fiscal dos clubes. Sua emenda prevê o parcelamento da dívida dos clubes e das demais entidades esportivas, olímpicas e paraolímpicas, inclusive, em até 180 meses, enquanto a projeto de lei do relator fixa o prazo de 300 meses ou 25 anos. O pagamento dos débitos à vista terá perdão de “100% das multas de mora e de ofício, de 40% das isoladas, de 45% dos juros de mora e 100% sobre o valor do encargo legal.”

A proposta do deputado está na “Emenda 024”, página 63, que pode ser acessada aqui.

Atualizado às 20h20


A dívida fiscal dos clubes é fantasma! Ninguém sabe o valor total
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José Cruz

Manchete do UOL informa que a sonegação fiscal este ano deve chegar aos R$ 500 bilhões. Um por cento desse total é dívida do futebol, coisa de R$ 5 bilhões, acumulados desde os anos 1990.

Nos últimos meses, governo, cartolas, atletas e, recentemente, a TV Globo discutem sobre essa dívida fiscal. Mas não se sabe, até hoje, qual o valor real do calote. Porque, nesses R$ 5 bilhões não estão incluídos os recolhimentos do FGTS. O secretário de Futebol, Toninho Nascimento, começou o debate, há mais de um ano, falando em R$ 3 bilhões. Hoje, cartolas falam em R$ 5 bi. Nem a presidente Dilma sabe o valor exato, o que equivale dizer que discutem sobre uma dívida “fantasma”.

Pior:

O governo está preocupado em “salvar” o futebol, mas o buraco é mais embaixo e o calote também. Porque, na dívida fiscal geral, que não se sabe o valor, repito, estão incluídos os débitos de clubes sociais, federações e confederações. Essas entidades vão se beneficiar da “Lei de Responsabilidade Fiscal”, conforme o projeto de lei que está para ser votado. Mas, enfim, quando o esporte deve ao governo? quem tem esse valor?

Os cinco mais

Os últimos valores disponíveis sobre a dívida dos clubes de futebol é de dezembro de 2013, e já foram alterados, pois em sete meses incidiram juros, correção e multa. Mas, há sete meses, o Brasiliense F.C, de Brasília, era o maior devedor, pois nunca recolheu os impostos ao fisco, segundo informações de depoentes nas audiências públicas na Câmara dos Deputados

 

CLUBERECEITA FEDERALINSSTOTAL
Brasiliense F.C296.815.368,267.544.024,15304.359.392,41
Botafogo129.550.733,0336.695.487,75165.646.220,78
Flamengo70.503.466,7575.309.504,63145.812.971,38
Corinthians96.947.661,6535.002.884,28131.950.545,93
Vasco81.234.470,4825.014.773,24106.249.243,72

 Previsão

A semana promete e é possível que os deputados votem amanhã ou na quarta-feira o projeto de lei que trata da dívida fiscal dos clubes. Atenção: é possível!, não há certeza! Porque, da eficiência dos parlamentares e do apito de um juiz de futebol ninguém sabe o que pode sair.

Sugestão de leitura

http://blogdejj.esporteblog.com.br/211315/RADIOLA-DE-FICHA/


Dilma recebe cartolas: sonegação oficial e explícita da dívida fiscal
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José Cruz

Como o Botafogo ganhou muito dinheiro e não honrou o compromisso fiscal

Depois dos jogadores, hoje à tarde a presidente Dilma receberá cartolas do futebol. Discutirão sobre o projeto de lei da gestão do futebol e a renegociação da dívida fiscal de R$ 4 bilhões.

O projeto de lei, elaborado por deputados-cartolas e apoiado pelo Ministério do Esporte, quer:

 Parcelar o débito em 300 meses (contribuinte comum tem só 60 meses);

Baixar os juros de 11% (taxa Selic) para 5% (taxa TJLP).

 Sugestão

A presidente Dilma poderá conhecer junto aos devedores como boa parte da dívida não é paga. No bom português, sonegada.

Basta indagar ao presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, por exemplo, sobre o acordo judicial que não honrou, mesmo com muito dinheiro em caixa.

Dados oficiais da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, revelados inicialmente no jornal Extra, pela repórter Marluci Martins, mostraram que, entre 2009 e 2013, o Botafogo faturou R$ 627.191.242,50.

Conforme sentença judicial, pagaria R$ 125.438.248,50 da dívida fiscal e trabalhista. Porém, honrou apenas R$ 30.344.015,87.

Ou seja, míseros 5% da receita! Sonegação explícita de R$ 95.094.232,63.

Herança em dia

Com isso, a diretoria do Botafogo, que herdou do ex-presidente, Bebeto de Freitas, uma dívida consolidada e negociada, com todas as certidões negativas em mãos, tornou-se inadimplente, mesmo tendo faturado muito.

É importante que a assessoria do Palácio do Planalto informe a Presidente Dilma Rousseff sobre essa realidade. As informações e valores aqui publicados estão no Processo – público – 0011.22800-71.2010-5.01.000, de 14 de junho de 2013. Da 1ª Região do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro e foram obtidos nos balanços contábeis do clube.

Finalmente

Está evidente a má vontade de muitos dirigentes em não honrar seus compromissos com o fisco, na esperança de que o governo, “bonzinho”, atenda aos apelos das “dificuldades” dos clubes.

Mas a realidade é outra. E quantos clubes agiram como o Botafogo de 2009 para cá? O Ministério do Esporte, tão presente nessa parceria com os cartolas, tem esses dados para passar a presidente Dilma?


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