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CEV: a eficiente informação do esporte e da educação física pela Internet
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José Cruz

Porque hoje é sábado… troco o tradicional artigo de análises e debates por uma homenagem a um Mestre da Comunicação Esportiva, Laércio Elias Pereira. Seu trabalho, praticamente anônimo e voluntário, contribui para a discussão e difusão sobre a ciência do esporte em geral, comandando uma rede de 40 mil debatedores

laercioLaércio, um dos poucos pensadores sobre o esporte no Brasil, soube casar a chegada da Internet com a coleção e difusão de informações sobre os esportes em geral.

Foi assim que, em 1996, surgiu o CEV  – Centro Esportivo Virtual –,  portal que hoje congrega 40 mil pessoas, mundo afora,  debatendo e trocando dados sobre todos os segmentos da atividade física humana.

As 45 mil obras cadastradas no CEV, 23 mil artigos e periódicos, seis mil teses e seis  mil trabalhos de congressos, entre outros documentos nacionais e estrangeiros, mostram a dimensão desse valioso reduto de debate para estudiosos, jornalista e professores e profissionais da atividade física em geral.

“O objetivo do CEV é ser a porta de entrada para a informação e documentação esportiva, nacional e internacional”, resumiu Laércio.

Vantagens

Quando o assunto é “esporte”, o ponto de partida para buscar o dado correto e atualizado ou o especialista em determinado tema é o CEV.  Com a vantagem de, pesquisando, se relacionar com profissionais de todas as áreas  – dopagem, economia do esporte, estudos olímpicos, ginástica, políticas públicas, futebol, atletismo, aprendizagem motora, legislação esportiva, biomecânica, ciclismo, paralímpicos, fisiologia do exercício, natação… São 155 Comunidades de debates sobre temas específicos.

“Cada comunidade tem de um a quatro coordenadores, que chamamos de `Tocador´. Vários coordenadores pilotam mais de uma comunidade”, explica Laércio. Em Manaus, por exemplo, o advogado Alberto Puga pilota a CEVLeis, sobre legislação esportiva, uma das mais concorridas e dinâmica.

 Começo

O Centro Esportivo Virtual começou como um projeto de doutoramento em Ciência da Informação, na Escola de Comunicação e artes da USP, sob o título “O fluxo de informação em Educação Física e Esporte no Brasil”.  Continuou como um doutorado na Faculdade de Educação Física da Unicamp, em 1998, com título Centro Esportivo Virtual: Um Recurso de Informação em Educação Fisica e Esportes na Internet”.  Foi a primeira tese da Unicamp transmitida pela Internet.

“Trouxe da USP a fronteira do conhecimento da ciência da informação e do Núcleo das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação “Escola do Futuro”. Na Unicamp, o CEV teve a sua primeira sede física, no Núcleo de Informática Biomédica – NIB -, e foi um dos primeiros projetos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo – LABJOR.

Na prática, segundo Laércio, “o centro do CEV são as pessoas – vetores de tecnologia, como se diz em Ciência da Informação. Fazemos a ligação das páginas pessoais – quem é quem – com as publicações da biblioteca, as notas de participação nas comunidades e com outros autores que tenham participado na autoria de livros, artigos e bancas de mestrado e doutorado.”

O vínculo de Laércio com o esporte vem de longe. Formado em Educação Física, foi técnico e preparador físico de handebol. E trabalhou como voluntário nos Jogos Olímpicos de Munique, 1972. Teve passagem pelo Ministério da Educação, quando o desporto escolar tinha diretriz específica e eficiente, sob o comando de Bruno da Silveira, ainda hoje uma das referências no esporte escolar nacional.

Depoimento

O CEV foi criado como uma das ações do “Esporte na Rede” do então Ministério Extraordinário dos Esportes. Teve participação decisiva dos servidores Maristela Gonçalves e Ricardo Penna Machado.  Em 2002 recebeu apoio da Rede CENESP-UDESC, graças ao apoio dos  servidores públicos do esporte, Celso Giacomini, Gianna Perin e Ivair de Lucca.

Depois de  12 anos, o CEV voltou a receber apoio do Ministério do Esporte (bolsas de doutorado) integrando o Projeto Inteligência Esportiva do Ministério do Esporte e UFPR . Nesse aspecto, agradeço a Ricardo Leyser e Fernando Mezzadri. Mas, com a nova administração do Ministério do Esporte, não tenho notícia sobre a continuidade da parceria.”

Saiba mais: www.cev.org.br


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