Blog do José Cruz

Arquivo : Bom Senso FC

Deputado Romário lidera frente de apoio ao Bom Senso F.C
Comentários Comente

José Cruz

Rp,[aro

Deputado Romário, senador Randolph Rodrigues, Alex  e Ricardo Martins, do Bom Senso, debatem sobre atualização no projeto de lei da dívida dos clubes

Uma frente parlamentar apartidária reforça as propostas do Bom Senso FC para tentar mudar o projeto de lei que trata da renegociação da dívida dos clubes de futebol. Enfim, os cartolas em geral e a CBF em particular têm uma oposição aos forte domínio que até então tinham sobre os políticos.

O grupo foi formado por iniciativa do deputado Romário (PSB/RJ) e do senador Randolph Rodrigues (PSOL/AP). Os deputados Júlio Delgado (PSB/MG), André Figueiredo (PDT/CE), Chico Alencar (PSOL/RJ), Miro Teixeira (PROS/RJ), Rubens Bueno (PPS/PR) e o senador Álvaro Dias (PSDB/PR) também integram o grupo.

A primeira reunião da Frente com o Bom Senso está sendo realizada na Câmara dos Deputados, com o relator do projeto de lei, deputado Otávio Leite (PSDB/RJ), sobre mudanças no texto, que deverá ser votado até amanhã.

Já está acertado que sairá do projeto  a proposta de criação do “Fundo Nacional de Iniciação Esportiva”, que representava um risco para que dinheiro público fosse parar nas mãos de empresários do futebol.

Um ponto que está em debate é o que trata da antecipação de receitas dos clubes. O Bom Senso defende que os presidentes no último ano de gestão não recebam receitas antecipadas, da TV, por exemplo.

A reunião com representantes do Bom Senso – Alex (Coritiba e Dida (Inter) entre outros –  e deputados é uma das tantas que se realizarão nestes dois dias de esforço concentrado no Congresso Nacional.

Na reunião do Colégio de Líderes, hoje às 14h30, será definida a pauta de votações na Câmara dos Deputados. O projeto de lei da renegociação da dívida fiscal dos clubes poderá entrar na ordem do dia e, se aprovado, passará ao Senado Federal.

“As causas do Bom Senso tem defensores nesta Casa para tentar melhorar o projeto de lei que ajuda os clubes, mas não ajuda os atores, que sã os jogadores”, disse o deputado Romário.


Em dia de Dunga, Dilma entra em campo
Comentários Comente

José Cruz

Ao receber os atletas do Bom Senso F.C e anunciar que o governo incluirá alterações no projeto de lei sobre a renegociação da dívida fiscal dos clubes, Dilma enfrenta, sim, a poderosa CBF.

Porque, o tal projeto de lei foi elabora e aprovado, inicialmente, por deputados-representantes de José Maria Marin, a partir do idealizador da peça, Vicente Cândido (PT/SP), que é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. E a CBF agiu, ostensivamente, por seus representantes, na tramitação do projeto. Uma vergonha! Vem briga política por aí, com boa parte da bancada do PT do lado dos cartolas, afrontando o Palácio do Planalto

Claro que não foi nada combinado, mas, à “renovação” da CBF anunciando o retorno de Dunga, o governo respondeu, coincidentemente, com uma proposta mais democrática, o diálogo, para tentar melhorar o nosso cambaleante futebol.

Interferir nos suspeitos negócios do mundo do futebol é uma jogada ousada da presidente Dilma Rousseff, mas está em jogo, também, um calote de R$ 4 bilhões dos clubes aos cofres fiscais.

Ao receber os atletas do Bom Senso F.C e anunciar que o governo incluirá alterações no projeto de lei sobre a renegociação da dívida fiscal dos clubes, Dilma enfrenta, sim, a poderosa CBF. Porque, o tal projeto de lei foi elabora e aprovado, inicialmente, por deputados-representantes de José Maria Marin, a partir do idealizador da peça, Vicente Cândido (PT/SP), que é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. E a CBF agiu, ostensivamente, por seus representantes, na tramitação do projeto. Uma vergonha! Vem briga política por aí, com boa parte do PT do lado dos cartolas.

Memória

Não lembro de ter visto, no Executivo, ação tão ousada, de qualquer governo democrático, na tentativa de interferir na rotina do futebol, como agora. Vamos ver até quanto o Palácio do Planalto poderá avançar, diante da independência das confederações e limites do próprio Estado de interferir nas instituições privadas.

Mas, com a derrota da Seleção nas nossas barbas, logo na “Copa das Copas”, foi uma mulher que entrou em campo para, primeiro, se “estarrecer”  com as barbaridades do mundo da bola. E, em seguida, colocar a estrutura do governo em campo para tentar dar rumos à gestão do futebol. E, em plena campanha eleitoral, esse diálogo é pra lá de oportuno e simpático…

Mudanças?

Porém, a presidente Dilma está mexendo em questões pontuais, como atraso no pagamento dos jogadores, falta de transparência etc. Mas não toca na origem do problema, que é antigo, viciado, suspeito e corrupto. É dessa mudança que precisamos para o esporte em geral, e não para o futebol, exclusivamente. Não temos uma política de esporte de Governo. E o Plano Decenal do Esporte nunca saiu do papel.

A cada derrota surpreendente altera-se a legislação. Mas, governos afins, neste, inclusive, não definiram o que se quer com o a prática esportiva em todas suas manifestações.

Mais: o que compete ao Estado (o principal doador financeiro), aos estados e municípios? Qual a fronteira entre o Ministério do Esporte, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e as confederações?

Nosso atraso é tão grande que o gestor do “desporto escolar” é o COB, responsável pelo alto rendimento. E isso há mais de 10 anos, sem qualquer ação do  Conselho Nacional de Esporte. A propósito, esse “Conselho” é chapa branca, apenas de concordância. Por isso, dispensável.

Mas, a bola da vez é a do futebol, e as “novidades” são Dunga e Dilma no campo de jogo.

Agora vai!


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>