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CBV esconde resultados da auditoria sobre suspeitas de falcatruas
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José Cruz

 

Há uma disputa interna na CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), entre os que querem esconder e os que desejam dar transparência à auditoria da Price Waterhouse, que investigou sobre denúncias de irregularidades nas finanças da entidade, que divulguei, em março.

Recentemente, a CBV contratou assessoria da Fundação Getúlio Vargas para formular proposta de gestão transparente no vôlei. É um recurso para, de forma discreta, tentar ajudar esquecer problemas.

Apoiado pelo Banco do Brasil há 23 anos, o vôlei conquistou 19 medalhas olímpicas e mais de 50 títulos mundiais na quadra e na areia, em todas as categorias. Estamos falando de uma potência esportiva dentro e fora das quadras.

Segredo

Mas, o que apurou a auditoria da Price? Segredo, como sugere a assessoria da CBV:

“O relatório foi entregue oficialmente à Confederação e está nas mãos do departamento jurídico da entidade. Algumas providências já foram tomadas e outras estão sendo analisadas. O relatório é interno”.

Memória

Em quatro décadas, entre 1975 e 2012, a CBV teve apenas dois presidentes, Carlos Arthur Nuzman e Ary Graça. E o atual, Walter Pitombo Laranjeira, foi vice-presidente desses dois dirigentes. Pitombo conhece muito bem os bastidores e a história desse esporte. Silenciará diante das denúncias, permitindo que seu nome figure entre os suspeitos de práticas ilegais, como as já denunciadas?

Enquanto isso…

Em março, por ocasião das denúncias, a direção do principal patrocinador assim se manifestou:

“A direção do Banco do Brasil condicionou a manutenção do apoio ao vôlei ao pronto esclarecimento dos fatos denunciados e à imediata adoção de medidas corretivas” … “Apesar de não ter responsabilidade legal ou contratual para fiscalizar a aplicação dos recursos do patrocínio, o Banco do Brasil entende que é necessário a CBV adotar novas práticas de gestão que tragam mais transparência para a aplicação dos recursos…”

Agora, ao ser indagado sobre os resultados da auditoria da Price, disse o Banco:

“O Banco do Brasil entende como positivas a contratação da auditoria externa e da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e permanece acompanhando atentamente as ações decorrentes das apurações realizadas.”

Indagado, o Ministério do Esporte não se manifestou.

Finalmente

E o que dizem os atletas e o próprio técnico Bernardinho, modelo de liderança e caráter, sobre essa questão?

Afinal, são eles que, por seus resultados, dão sustentação à parceria da CBV com o Banco do Brasil. Ficarão omissos nessa questão, contrastando os brilhantes resultados no esporte com suspeitas de desmandos de bastidores?

 

 

 


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