Blog do José Cruz

Arquivo : junho 2014

Chico 70, parabéns!
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José Cruz

Com licença, Leitor, temos um mês pela frente para falar mais e mais sobre a Copa, mas hoje é preciso homenagear o genial Chico Buarque de Holanda, 70 anos, inspirador poético-musical de uma geração que protestava de cara limpa.

Chico dos festivais, compositor nostálgico ou de geniais marchinhas; poeta inibido mas apaixonado ou de versos contando velhas malandragens. Chico das composições de protesto, enfim:

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa”

Ou do genial Vai Passar”, com versos ainda bem atuais …

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia, a nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações…”

Parabéns, Chico. Em frente!


O Mundial de 2014 e a Casa da Mãe Joana
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José Cruz

A beleza dos estádios cheios, a confraternização entre torcedores, a emoção dos gols e a discussão sobre a falta deles, a atuação dos goleiros fantásticos e dos frangueiros não podem esconder uma discussão que foi longa, mas precisa continuar. A falta de planejamento para preparar o Brasil à Copa do Mundo, constatada pelo TCU, influencia diretamente no orçamento dos governos federal, estadual e municipal, como mostra este artigo de Gil Castello Branco, da Associação Contas Abertas, publicado em O Globo.

 

“Enfim, a Copa 2014 será marcada por falta de planejamento, má gestão, obras inacabadas, excessivas cidades-sede, desperdícios evitados pelo TCU (R$ 700 milhões), denúncia de superfaturamento do “Mané Garrincha” (R$ 431 milhões), arenas entre as mais caras do mundo e repulsa à Fifa, entidade que merece um “chute no traseiro”.
O artigo completo está aqui


“O maior homem da época é do Brasil”
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José Cruz

“É simples: — porque mudaram o futebol e não mudaram os homens. Os brasileiros têm recursos que só eles próprios sabem usar. Por outro lado, a sua qualidade humana é muitíssimo melhor. Amigos, vamos reconhecer com sóbria e exata autocrítica: — não há, presentemente, no mundo, uma figura humana tão complexa, tão rica, tão potencializada como o brasileiro. Eis o óbvio, que nem todos enxergam: — o maior homem da época é o do Brasil.” (Nelson Rodrigues)

Agora vai

Os aeroportos funcionam, voos sem atraso, não há problemas de mobilidade urbana, os estádios, maravilhosos e lotados, turistas encantados com a recepção, a organização da Copa, gols, o “detalhe”, em profusão, turistas sorridentes Brasil afora, confraternização universal. Viva a bola!.

Nem a tragédia das águas em Natal, Paraná e Santa Catarina, as vaias à Presidenta Dilma, as obras que ficaram pelo caminho, os livros escolares que ainda não foram entregues, enfim – essas coisas de “ranzinza “-  tiram o brilho da festa da Fifa e seus bilionários patrocinadores. Até os protestos foram para o espaço! Que magia! o jogo da bola coloca muitos num só rumo, num só ritmo, como diz o slogan da Copa no Brasil.

A crônica de Nelson Rodrigues, escrita em 20 de junho de 1962, continua atual.

 

O homem formidável do Brasil

“Amigos, vamos admitir esta verdade eterna e inapelável: — a Copa de 1962 foi mais importante do que a de 1958. Algum lorpa, algum pascácio poderá objetar que, na Suécia, houve mais facilidade. De acordo. Naquela ocasião, com efeito, o Brasil deu um passeio, um autêntico passeio. Sofremos um pouco, nos dois primeiros jogos iniciais, com a Áustria e a Inglaterra; já contra a Rússia, foi um deslumbramento total. Garrincha entrou e o Mané deu novo élan ao quadro, libertou-o de suas pesadas inibições. Sofremos ainda um pouquinho contra o País de Gales, que se aferrolhou, se tapou, se trancou, com unhas e dentes.

Em momento nenhum, porém, o nosso escrete deixou de dominar. O País de Gales limitou-se a uma desesperada, uma obtusa defesa. Uma vez na vida, outra na morte, dava um contra-ataque insignificante, impotente. No segundo tempo, Pelé enfiou o seu. Era vitória. Já na semifinal e na final, o Brasil enfiou os franceses e os suecos numa banheira de Cleópatra e os lavou em leite de cabra. Pois bem. Eu digo que a Copa de 62 foi mais importante pelo seguinte; — porque foi mais difícil, mais árdua, mais áspera, mais dramática. A facilidade humilha.

Na Suécia, o escrete era um ilustre desconhecido. Ninguém sabia dos nossos dons, ninguém imaginava a graça, o sortilégio do nosso futebol. Os europeus lançaram em campo o seu futebol todo medido, todo acadêmico, sem um toque de fantasia, quadradíssimo. Muito bem. E o Brasil entrou com os seus dons maravilhosos de molecagem, de malandragem. Cada jogada de um Pelé, ou de um Mané, ou de um Didi, ou de um Zito vinha pesada, vinha encharcada de imaginação. Os do Velho Mundo entraram pelo cano, e vamos admitir: — tinham de entrar.

E quando, finalmente, os brasileiros voltaram da Suécia com o caneco no bolso, os europeus raciocinaram: “Bem, a forra vai ser em 62!” Eles se prepararam para 62. Estudaram planos formidáveis. E largaram-se para o Chile, radiantes da vida e crentes que iam anular os Garrinchas, os Pelés. De fato, o futebol da Europa está mudando. Mas isso não bastava. E tanto não bastava que eles entraram pelo cano, outra vez. Cabe então a pergunta: — e por quê?

É simples: — porque mudaram o futebol e não mudaram os homens. Os brasileiros têm recursos que só eles próprios sabem usar. Por outro lado, a sua qualidade humana é muitíssimo melhor. Amigos, vamos reconhecer com sóbria e exata autocrítica: — não há, presentemente, no mundo, uma figura humana tão complexa, tão rica, tão potencializada como o brasileiro. Eis o óbvio, que nem todos enxergam: — o maior homem da época é o do Brasil.

Os europeus podiam, sim, copiar, tanto quanto possível, o nosso futebol. Mais não podiam imitar o inimitável, ou seja: — o homem brasileiro. Garrincha é, por excelência, o incopiável. Pode-se imitar um europeu, porque eles se parecem, como soldadinhos de chumbo. Mas quem pode assemelhar-se a um Pelé? Ou a um Mané? Ou a um Zagalo? Ou a um Amarildo, o Possesso? Para ter a agilidade, a imaginação, a molecagem, o gênio de brasileiro o tcheco não pode ser tcheco, precisa ser um brasileiro nato.

O que se faz, na Europa, é uma imitação de vida. Ao passo que nós “vivemos” de verdade, e repito: — nós vivemos a vida, em todas as suas possibilidades e consequências. Numa simples jogada, nós pomos uma carga de vontade, de caráter, de personalidade, de invenção que o europeu sequer compreende.

Eu diria ainda que nós também “vivemos” o futebol, ao passo que o inglês, ou o tcheco, o russo apenas o joga. Há um abismo entre a seca objetividade europeia e a nossa imaginação, o nosso fervor, a nossa tensão dionísica.

Eis a verdade: no Chile o homem brasileiro teve mais audácia, mais sangue, mais élan, mais loucura que em 58. Amigos, desde Pedro Álvares Cabral, nunca o Brasil conquistou uma vitória tão gigantesca.”


Basquete: para o grande campeão Tiago Splitter
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José Cruz

Por Eduardo Fischer

Às vezes sou erroneamente interpretado por minhas fortes opiniões “político-esportivas”. Contudo, antes de mais nada, deixemos aqui um fato incontroverso bem claro: eu amo meu país e tenho extremo orgulho pelos feitos conquistados pelos desportistas brasileiros.

Na condição de ex-atleta olímpico, conheço bem as dificuldades e percalços enfrentados por aqueles que escolhem o esporte como profissão em nosso Brasil varonil, e quando refiro-me a ofício não descrevo apenas o futebol (que tem carteira profissional legalmente instituída), mas sim sobre aqueles que optam pelo “desporto amador” como fonte primária de subsistência.

Considero-me um aficionado por esportes. Sempre que possível acompanho, via televisão, jornal ou internet, as mais diversas modalidades desportivas, e tenho grande prazer em assistir disputas acirradas.

Um desses esportes, que costumeiramente tenho reverência, é o basquetebol.

Para quem aprecia um bom jogo de basquete, não há como deixa de lado as maravilhas da liga americana da NBA (National Basketball Association), e eu o faço como certa religiosidade.

No domingo, um atleta catarinense (e nascido em Joinville) fez história ao tornar-se o primeiro jogador brasileiro – dentre vários hoje na NBA – a integrar um time campeão da liga de basquete mais forte e disputada do mundo.

Tive oportunidade de conhecer o Tiago Splitter, bem como sua família, e lembro-me muito bem da decisão deles em buscar novos horizontes no basquetebol europeu em 2001 (Espanha), quando no Brasil ainda não tínhamos a NBB (Liga Brasileira de Basquetebol).

Uma opção difícil quando tem-se apenas 16 anos, entretanto, uma decisão acertada que contribuiu muito para a conquista desse feito inédito.

Tiago ainda viera, ao transcorrer de sua gloriosa carreira, sofrer uma grande perda. Sua irmã, também jogadora de basquete, vítima de leucemia. Algo não muito fácil de superar, provando ainda mais a força desse grande atleta. Tenho certeza que essa vitória na NBA está sendo parcialmente dedicada à ela.

Sim, sou bairrista! E falo com muito orgulho do meu estado e minha cidade. Santa Catarina já provou ser um berço para grandes desportistas, e talvez proporcionalmente (em razão de sua população), talvez o estado que mais forme atletas olímpicos.

As “Esporas de Santo Antônio” (ou San Antonio Spurs), derrotaram no domingo a fortíssima equipe do Miami Heats, em uma partida marcada por grandioso toco de Tiago Splitter em cima de um dos melhores jogadores da atualidade, Dwane Wade. No quinto jogo da série, o San Antonio derrotou o Miami Heat por 104 x 87.

Parabéns Tiago! Sempre torci muito pelo seu sucesso! Você nos enche de orgulho: como brasileiros, como catarinenses e como joinvilenses. Realizastes o sonho de fazer parte do melhor basquete do mundo, e não só isso, chegastes ao lugar mais alto do pódio.

São os sinceros votos de seu conterrâneo Eduardo Fischer.

Eduardo Fischer é ex-atleta olímpico de natação e medalhista em campeonato mundial. Atualmente, é advogado, da área tributária

 eduardo@eduardofischer.com.br


Copa 2014: Lula quer saber sobre corrupção. TCU diz que chance é real
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José Cruz

O ex-presidente Lula da Silva sugeriu que os deputados federais peçam ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma investigação para apurar se houve corrupção nas obras para a Copa do Mundo. A proposta foi feita ontem, em São Paulo, durante convenção do PT

Realidade

O TCU faz o acompanhamento sugerido desde que o Brasil foi escolhido sede da Copa. E, em vários relatórios, o órgão de fiscalização alertou que há, sim, reais riscos de corrupção.

Em setembro de 2012, o então ministro relator, Valmir Campelo, escreveu o seguinte:

“A julgar pela experiência dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, existe o risco de que a despesa total (nos gastos com a Copa)venha a ser muito superior à inicialmente prevista, principalmente em função de deficiências no planejamento e do consequente atraso na execução das obras, o que pode gerar correria e descontrole nas etapas finais de preparação da Copa.”

Alerta

Observem que é o próprio TCU fazendo o alerta para os riscos de corrupção “por falta de planejamento”!

Portanto, o governo pode se orgulhar: a “Copa das Copas” deve ser, também, a primeira sem planejamento.  O que, convenhamos, não está fazendo qualquer falta, a julgar pelo “sucesso” que está sendo o bilionário evento.

Mais:

No relatório do TCU de setembro de 2012 há um parágrafo que demonstram a fragilidade da preparação do país à Copa da Fifa e, por isso, aberto à corrupção, combatida por Lula da Silva.

Além da falta de planejamento, “o agente financiador – BNDES – não dispunha de pessoal qualificado para análise técnica de engenharia dos projetos, o que pode ensejar o risco de aprovação da operação de crédito com base em documentos que não representam de fato o Projeto Executivo da obra.”

Entenderam?

Os projetos de financiamentos para os estádios (R$ 400 milhões para cada um) foram aprovados sem parecer de especialistas na área de engenharia.

Assim como no Pan, de R$ 4 bilhões de gastos aos cofres públicos, de que adiantam, efetivamente, os alertas do TCU? Portanto, a sugestão de Lula da Silva é bobagem. Até porque, deputado se envolvendo com fiscalização de verba pública, como ele sugere?

Bah!


Copa 2014: investimentos em estádios superam os da saúde e os da educação
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José Cruz

Os R$ 8 bilhões gastos com a construção dos estádios para a Copa do Mundo equivalem ao dobro do investido pelo governo federal em Saúde em 2013 e é maior que valor de investimentos  em Educação no ano passado. Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 3,9 bilhões. No Ministério da Educação, os valores aplicados no exercício passado foram de R$ 7,6 bilhões.

Este é o primeiro parágrafo de mais uma esclarecedora reportagem da equipe do Contas Abertas, sobre os gastos e investimentos públicos na preparação do país à Copa do Mundo, a propósito dos valores mencionados pela presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento na TV, na quarta-feira.

Lembrando que os números obtidos pela equipe do Contas Abertas são oficiais, do SIAFI, Sistema Integrado de Administração Financeira, a contabilidade do governo federal.

O texto final é da repórter Marina Dutra, aqui

Para saber mais:

http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2014/06/dados-do-governo-sobre-copa-saude-e-educacao-estao-errados/

 

 


Comparações do Governo sobre Copa, saúde e educação estão erradas
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José Cruz

Mais um tropeço no discurso da presidente Dilma Rousseff, na última terça-feira, quando disse que seu governo já “investiu” R$ 1,7 trilhão em saúde e educação.

Nada disso. A grana foi gasta em “despesas correntes”. E quem esclarece o “engano” presidencial é a equipe Contas Abertas, em matéria bem detalhada e que não deixa dúvidas, pois a fonte de consulta é oficial, isto é, do próprio governo federal.

Na terça-feira registrei dois tropeços presidenciais. Na verdade, da assessoria de Dilma, que preparou o discurso.

Os órgãos de fiscalização (TCU e CGU) estão analisando os gastos e se houver abusos os responsáveis serão punidos com o maior rigor”;

“Nossa Seleção está acima de interesses de qualquer grupo”.

A reportagem do Contas Abertas começa assim:

A comparação utilizada por Dilma Rousseff em pronunciamento realizado na terça-feira (10), em rede nacional, foi, no mínimo, inadequada. O que ela chamou de “investimento”, termo utilizado pela presidente para classificar os R$ 1,7 trilhão desembolsados para Saúde e Educação, na realidade envolve, predominantemente, despesas correntes.

A natureza de despesas “Investimentos” engloba apenas os dispêndios com obras e compra de equipamentos, ou seja, aqueles que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. É nessa modalidade de despesa que se encaixam os gastos com os estádios.”

O texto completo está aqui


A Copa da transição política
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José Cruz

Excelente artigo de Clóvis Rossi, na Folha de S.Paulo, hoje.

Lembrando o momento da conquista da sede do Mundial de Futebol, em 2007, com Lula no comando, e a realização da Copa, com Dilma na presidência,

Brasil mostra a sua cara. Está feia

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2014/06/1469008-brasil-mostra-a-sua-cara-esta-feia.shtml

Enquanto isso…

Para não dizer que não falei de futebol, apenas duas questões:

Na terra do samba e dos lindos desfiles de carnaval, a abertura da Copa foi padrão Fifa: fria e decepcionante.
Sobre o jogo: ótima vitória, mas esse juiz japonês joga bem pra caramba.

Boa leitura, bons jogos.


Copa no Brasil e o poderoso jogo da bola
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José Cruz

A partir de hoje, o milenar “jogo da bola” congrega presidentes, reis, rainhas chefes de Estado, primeiros-ministros, líderes mundiais, enfim, com a presidente Dilma Rousseff de anfitriã.

Todos se rendem à poderosa Fifa, praticamente um Estado, com poderes fabulosos que a tornam o centro do mundo. E é diante dessa instituição que todos se dobram e a reverenciam. Tão poderosa que atraia as marcas mais famosas do mundo, garantindo ao evento “Copa” um faturamento de US$ 10 bilhões, com muito poucos tendo acesso a essa fatura.

Emoções e negócios. O futebol provoca emoções e emoções vendem. E suborna, corrompe, subfatura. Mas quem liga? O jogo é mais atrativo e dá legalidade a tudo, tornando-se instrumento de congraçamento político internacional.

Os governantes presentes à Copa no Brasil sabem o que esse jogo poderoso esconde. Todos sabem os motivos da ausência da tribuna de honra do Itaquerão do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e do ex-presidente da Fifa, João Havelange. Acusados de receberem propinas, tiveram que largar seus cargos para fugir de processos.

Mas o que importa são os jogos. As cores dos uniformes, hinos e bandeiras das 32 seleções são representativas dos países, e isso dá legalidade até aos negócios suspeitos do futebol. O jogo da bola é capaz disso.

Boa Copa!

REGISTRO

Futebol à parte, hoje se comemora vinte anos da conquista do Mundial de Basquete feminino, na Austrália. Vitória sobre a China, 96 x 87, com as seguintes atletas na delegação: Adriana Santos, Alessandra, Cíntia Tuiu, Dalila, Helen Luz, Hortência, Janeth, Leila Sobral, Magic Paula, Roseli, Ruth e Simone Pontello. Era um tempo em que a Confederação Brasileira de Basquete tinha credibilidade. Leia mais no blog Bala na Cesta.

http://balanacesta.blogosfera.uol.com.br/2014/06/12/20-anos-do-mundial-de-1994-titulo-e-a-consagracao-da-selecao-brasileira/