Campo de golfe: Eduardo Paes libera construtora de taxa de R$ 1,8 milhão
José Cruz
Além dos R$ 3 bilhões de isenções fiscais do governo federal ao Comitê Olímpico Internacional, a Prefeitura do Rio de Janeiro contribui para amenizar as despesas também de construtora de espaços esportivos para os Jogos Rio 2016. A beneficiada foi a empresa Fiori Empreendimentos, que constrói o campo de golfe, na região de Marapendi, com custo estimado em R$ 60 milhões
Conforme a Folha de S.Paulo do último sábado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, “livrou a construtora do campo de golfe da Olimpíada do pagamento de uma taxa de R$ 1,8 milhão”. O dinheiro seria pago pela remoção de vegetação de 61 m² para a construção do campo.
A decisão de Eduardo Paes está sendo analisada pelo Ministério Público do Estado do Rio, que poderá enquadrá-lo em “improbidade administrativa”…
Crise e benefícios
Certo é que, em plena crise da economia, o Poder Público carioca abre mão de quase R$ 2 milhões em benefício de uma construtora. Construtoras e empreiteiras são as principais financiadoras de campanhas eleitorais, como tem demonstrado a Operação Lava-Jato.
A legalidade dessa obra está sob suspeita, pois a área está em conflito imobiliário, atualmente na Justiça do Rio. Além disso, o campo de golfe invadiu área de proteção ambiental, através de lei do prefeito Eduardo Paes, que alterou os limites do Parque Natural de Marapendi para permitir a obra e, por isso, provocando constantes manifestações de ambientalistas do Rio de Janeiro.
Foto: esportes.yahoo.com