Tênis continua patinando na Copa Davis
José Cruz
Onze anos depois de ter assumido a presidência da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Rosa continua colecionando derrotas no Grupo Mundial da Copa Davis, num jejum de três ciclos olímpicos e meio.
A derrota de Thomaz Belucci para o argentino Federico Delbonis, por três sets a um, fechou o confronto de cinco jogos, em Buenos Aires, com vitória dos donos da casa por três jogos a dois. A crônica desse jogo está no UOL Esporte.
O destaque da campanha brasileira foi João Souza, o Feijão (foto), que mostrou excelente regularidade e desempenho técnicos, aliados a um impressionante equilíbrio emocional, mesmo diante da provocativa torcida argentina. Feijão é o melhor brasileiro no ranking da ATP, em 72º lugar, com Thomaz Bellucci em segundo, 85º.
Investimentos
O tênis brasileiro é patrocinado pelos Correios que, destinou R$ 34 milhões à Confederação de Tênis, nos últimos sete anos. Porém, esses investimentos não repercutem no surgimento de um número expressivo de novos valores, num país de 50 milhões de estudantes. O esporte ainda carece de um projeto de massificação de longo prazo.
ANO | R$ milhões |
2008/2009 | 3,8 |
2009/2010 | 4,2 |
2010/2011 | 4,5 |
2011/2012 | 5,7 |
2012/2014 | 15,9 |
Total | 34,1 |
Memória
Fora das quadras e em nível de gestão das verbas públicas, continua a espera do relatório do Ministério Público de São Paulo, que desde 2012 investiga denúncias de irregularidades nas contas do presidente da CBT, Jorge Rosa.
A mais recente informação sobre o assunto é de dezembro último, quando a ex-contadora da CBT, Kátia Mueller, prestou depoimento ao Ministério Público paulista.
Na ocasião, ela apresentou recibos de pagamento de contas pessoais de Jorge Rosa, como salários de empregadas domésticas e compromissos financeiros de uma empresa de confecção da família. Cópias dos documentos foram entregues à imprensa.
''Muitas prestações de contas da Confederação Brasileira de Tênis de verbas recebidas dos Correios e do Ministério do Esporte foram feitas com notas fiscais frias ou fabricadas'', revelou a contadora aos promotores paulistas.
Além disso, aguarda-se resultado das investigações sobre a novimentação de seis contas correntes “emprestadas” à CBT, logo que Jorge Rosa assumiu a Confederação, em 2004.
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